Gustavo Bebianno | |
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Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2019 até 18 de fevereiro de 2019 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Ronaldo Fonseca |
Sucessor(a) | Floriano Peixoto |
Presidente Nacional do PSL | |
Período | 7 de março de 2018 até 28 de outubro de 2018 |
Antecessor(a) | Luciano Bivar |
Sucessor(a) | Antonio de Rueda |
Dados pessoais | |
Nome completo | Gustavo Bebianno Rocha |
Nascimento | 18 de janeiro de1964 Rio de Janeiro,RJ |
Morte | 14 de março de2020 (56 anos) Teresópolis,RJ |
Nacionalidade | Brasil |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
Partido | PSL(2018–2019) PSDB(2019–2020) |
Profissão | advogado |
Gustavo Bebianno Rocha (Rio de Janeiro,18 de janeiro de1964 —Teresópolis,14 de março de2020) foi umadvogado epolíticobrasileiro. Exerceu o cargo de ministro-chefe daSecretaria-Geral da Presidência da República em 2019.[1]
Em 2014, Gustavo dispôs seus serviços como advogado para o então deputado federalJair Bolsonaro, o que foi recusado de início. Entretanto, em 2017 sua ajuda foi aceita visando a seu apoio na campanha presidencial.[2]
Depois de filiar-se aoPSL em 2018, Bebianno foi eleito vice-presidente nacional do PSL, tornando-se Presidente Nacional devido ao licenciamento deLuciano Bivar, presidente e fundador do partido. Com a eleição de Bolsonaro, Bebianno foi nomeado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República em janeiro de 2019, deixando o cargo no mês seguinte após conflito com o vereadorCarlos Bolsonaro, filho do presidente.
Morreu na madrugada do dia 14 de março de 2020, em Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, vitimado por um infarto fulminante.[3]
Gustavo Bebianno formou-se emdireito pelaPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) em 1990[4] e exerceu a advocacia junto ao escritórioSérgio Bermudes Advogados.[5]
Em 2017, ofereceu seus serviços como advogado ao então deputado federalJair Bolsonaro, que era pré-candidato à presidência da República. Bebianno tornou-se um dos principais colaboradores de Bolsonaro na campanha presidencial.[4][5]
Filiou-se aoPartido Social Liberal (PSL) em janeiro de 2018 e articulou candidaturas da legenda para cargos legislativos estaduais e federais, além da candidatura de Bolsonaro. Também foi vice-presidente e presidente do PSL no mesmo ano.[4]
Em 21 de novembro de 2018, quase um mês depois da vitória de Bolsonaro naeleição presidencial no Brasil em 2018, Bebianno foi indicado para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência da República, substituindoRonaldo Fonseca.[6]
Em fevereiro de 2019, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o esquema decorrupção que ficou conhecido como oLaranjal do PSL.[7][8][9][10] Bebianno disse que havia conversado com Jair Bolsonaro sobre o assunto, masCarlos Bolsonaro, seu filho, veio a público numa rede social e desmentiu Bebianno, chamando-o de "mentiroso" na quarta-feira, 13 de fevereiro. Bebianno sustentou sua posição e disse à imprensa que não iria se demitir do cargo. Outros ministros, nos bastidores, defenderam Bebianno e trabalharam para sua permanência.
Bebianno conversou a portas fechadas com Jair Bolsonaro no fim da tarde de sexta-feira, e no final de semana declarou que havia perdido a confiança no Presidente, por este estar usando seus filhos em manobras políticas. Na segunda-feira, 18 de fevereiro, foi anunciada sua demissão.[11][12] No dia seguinte à sua exoneração, a revistaVeja publicou áudios de Jair Bolsonaro e Bebianno conversando durante a crise, o que mostraria que Bebianno não mentiu, contradizendo as afirmações do Presidente e seu filho.[13]
Após sua saída do governo, Bebianno retornou à advocacia, manifestando intenção de disputar futuramente a eleição para a prefeitura do Rio de Janeiro.[14]
No dia 5 de março de 2020, Gustavo Bebianno foi anunciado como pré-candidato àPrefeitura do Rio de Janeiro peloPartido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O anúncio foi feito porJoão Doria, na época governador deSão Paulo, em evento que ocorreu na sede paulista do PSDB. Segundo Doria, a candidatura de Bebianno faria parte de uma estratégia nacional do partido visando a eleição presidencial de 2022. O lançamento oficial da candidatura aconteceria em 4 de abril de 2020 no Rio de Janeiro.[15] Na época, o governador fluminenseWilson Witzel elogiou a pré-candidatura de Gustavo Bebianno ao cargo de prefeito do Rio de Janeiro e não descartou a formação, para o pleito, de uma chapa única entre o PSDB e oPartido Social Cristão (PSC), partido ao qual Witzel é filiado.[16]
Em 14 de março de 2020, Bebianno estava com seu filho em um sítio emTeresópolis. Por volta das 4 horas da manhã, sentiu-se mal e sofreu um desmaio, sendo então levado ao hospital de Teresópolis, onde foi tentada a reanimação, mas acabou falecendo em decorrência de uminfarto. A morte foi confirmada publicamente pelo amigo e presidente do diretório fluminense do PSDB,Paulo Marinho.[3] Bebianno tinha 56 anos.[17]
Precedido por Ronaldo Fonseca | Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil 2019 - 2019 | Sucedido por Floriano Peixoto |