Guilherme Gracindo Soares Palmeira, mais conhecido comoGuilherme Palmeira,ComMM (Maceió,25 de dezembro de1938 —4 de maio de2020) foi umadvogado,sociólogo epolíticobrasileiro.[2] Foigovernador deAlagoas entre 1979 e 1982. No seu governo, nomeouFernando Collor como prefeito de Maceió, fato que levaria este último a iniciar uma trajetória que o levaria a ser eleito presidente da República num espaço de dez anos.
Filho deRui Soares Palmeira e Maria Gaby Gracindo. Bacharel emCiências Jurídicas e Sociais pelaFaculdade Nacional de Direito daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1963, retornou ao seu estado, sendo eleito deputado estadual pelaAliança Renovadora Nacional (ARENA) em 1966, 1970 e 1974, licenciado-se para ocupar a Secretaria de Indústria e Comércio no primeiro governoDivaldo Suruagy.Indicado governador deAlagoas em 1978, firmou um acordo para pacificar as correntes políticas arenistas, em especial a liderada pelo senadorArnon de Melo, que conseguiu a nomeação de seu filho,Fernando Collor, como prefeito de Maceió. Extinta a ARENA, Guilherme Palmeira ingressou noPartido Democrático Social (PDS) e foi eleito senador em1982 derrotando José Moura Rocha, que substituiuTeotônio Vilela, um dos próceres pela redemocratização do Brasil, mas que foi diagnosticado com câncer no início da campanha.
Eleitor deTancredo Neves noColégio Eleitoral em 1985, cerrou fileiras no antigoPartido da Frente Liberal (PFL; atual Democratas) e foi eleito presidente nacional do partido em1986, condição cumulativa com a de candidato ao governo de Alagoas sendo derrotado justamente por Fernando Collor, recém-filiado aoPMDB e adversário político nas disputas de outrora. Disposto a recuperar seu capital político foi eleito prefeito de Maceió em 1988, mandato ao qual renunciou em 1990 quando foi eleito para o seu segundo mandato como senador.
Em 1994 foi indicado candidato a vice-presidente na chapa deFernando Henrique Cardoso pela coligaçãoUnião, Trabalho e Progresso, e permaneceu nessa condição até agosto quando uma denúncia de favorecimento de uma empreiteira no Orçamento Geral da União resultou na substituição de seu nome pelo deMarco Maciel.
Candidato a reeleição em 1998, perdeu a vaga no Senado Federal para candidata doPTHeloísa Helena e, após tal revés, foi indicado ministro doTribunal de Contas da União onde chegou ao cargo de vice-presidente, aposentando-se em 2008.
Irmão deVladimir Palmeira, destacado líder estudantil e férreo opositor doRegime Militar de 1964, e que foi eleito deputado federal pelo PT doRio de Janeiro em1986 e1990, primo deJosé Thomaz Nonô e pai deRui Palmeira, prefeito eleito deMaceió em 2012 e reeleito em 2016.[3][4]
Em 2004, Palmeira foi admitido pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva ao grau de Comendador especial daOrdem do Mérito Militar.[1]
Morreu no dia 4 de maio de 2020, aos 81 anos.[2]
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