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Síria

35° 13′ N, 38° 35′ L
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deGeografia da Síria)
 Nota: Para outros significados, vejaSíria (desambiguação).

República Árabe Síria
اَلْجُمْهُورِيَّةُ الْعَرَبِيَّةُ السُّورِيَّةُ (Árabe)
al-Jumhūriyya al-ʿArabiyya as-Sūriyya
Hino:"حُمَاةَ الدِّيَار"
("Ħumāt ad-Diyār""Guardiões da Pátria")
Localização República Árabe da Síria
EstadoEstado-membro da ONU sob umgoverno de transição
Capital
e maior cidade
Damasco
33° 30′ N, 36° 18′ L
Língua oficialÁrabe
Gentílicosiríaco(a),sírio(a)[1]
GovernoGoverno de transição
 • PresidenteAhmed al-Shar’a
Formação
 • Reino Árabe da Síria8 de março de1920
 • Estado da Síria sobMandato Francês1º de dezembro de1924
 • Primeira República Síria14 de maio de1930
 • Independênciade jure24 de outubro de1945
 • Independênciade facto17 de abril de1946
 • Deixou aRepública Árabe Unida28 de setembro de1961
 • Queda do regime de Bashar al-Assad8 de dezembro de2024
Área
 • Total185 180[nota 1]km² (86.º)
 • Água (%)0,06
FronteiraTurquia (N),Iraque (E e S),Jordânia (S),
Israel eLíbano (W)
População
 • Estimativa para 202525 255 139[2][3] hab. (57.º)
 • Densidade118,3 hab./km²
PIB (basePPC)Estimativa para 2010
 • TotalUS$ 107,831 bilhões*[4]
 • Per capitaUS$ 5 040[4]
 • TotalUS$ 59,957 bilhões*[4]
 • Per capitaUS$ 2 802[4]
IDH (2019)0,567 (151.º) – médio[5]
MoedaLibra síria (SYP)
Fuso horário(UTC+2)
 • Verão (DST)(UTC+3)
Cód. ISOSYR
Cód. Internet.sy
Cód. telef.+963
Website governamentalSite do Parlamento sírio

Síria (emárabe:سورية;romaniz.:Sūriyyaħ; ouسوريا; transl.:Sūriyā), oficialmenteRepública Árabe Síria (emárabe:ٱلْجُمْهُورِيَّةُ ٱلْعَرَبِيَّةُ ٱلْسُوْرِيَّة;romaniz.:al-Jumhūriyya al-ʿArabiyya as-Sūriyya) é umpaís localizado naÁsia Ocidental. O território síriode jure faz fronteira com oLíbano e oMar Mediterrâneo a oeste; aTurquia ao norte; oIraque a leste; aJordânia ao sul eIsrael ao sudoeste. Um país de planícies férteis, altas montanhas e desertos, é o lar de diversos grupos étnicos e religiosos, inclusive árabes,gregos,armênios,assírios,curdos,circassianos,[7]mandeus[8] eturcos. Os grupos religiosos incluemsunitas,cristãos,alauitas,drusos, mandeus eiazidis. Osárabes sunitas formam o maior grupo populacional do país.

Antigamente, o nome de "Síria" erasinônimo deLevante (conhecido em árabe comoXame ou Axame), enquanto oEstado moderno abrange os locais de vários reinos e impérios antigos, como a civilizaçãoeblana, doterceiro milênio a.C. Suacapital,Damasco, está entre asmais antigas cidades continuamente habitadas do mundo.[9] Na era islâmica, a cidade se tornou a sede doCalifado Omíada e uma capital provincial doSultanato Mameluco do Egito. A Síria moderna foi estabelecida após aPrimeira Guerra Mundial durante oMandato Francês e era o maior Estado árabe a surgir na região do Levante, que antigamente era dominada peloImpério Otomano. O país conquistou a independência como umarepúblicaparlamentar em 24 de outubro de 1945, quando a Síria tornou-se membro fundador daOrganização das Nações Unidas, um ato que legalmente pôs fim ao antigodomínio francês — embora as tropas francesas não tenham deixado o país até abril de 1946.

O período pós-independência foi tumultuado e váriosgolpes militares e tentativas de golpe abalaram a nação árabe no período entre 1949 e 1971. Entre 1958 e 1961, a Síria entrou em umabreve união com o Egito, que foi encerrada depois dogolpe de Estado de 1961. A República Árabe Síria surgiu no final de 1961 depois doreferendo de 1 de dezembro, mas se tornou cada vez mais instável até ogolpe de Estado de 1963, após o qual oPartido Baath assumiu o poder. A Síria esteve sob uma lei de emergência entre 1963 e 2011, o que efetivamente suspendeu a maioria das proteçõesconstitucionais de seus cidadãos, além de seusistema de governo ser amplamente considerado comoautoritário.[10] Por cinquenta e três anos, a Síria foi governada pelaFamília Assad. Primeiro porHafez al-Assad, no poder de 1971 a 2000, e depois por seu filhoBashar, que governou o país por vinte e quatro anos. O regime Assadcaiu em dezembro de 2024, após quase uma década e meia de umaviolenta guerra civil que matou mais de 500 mil pessoas.[11] Atualmente, a Síria segue arruinada e politicamente fragmentada, com sua infraestrutura interna devastada, cidades em ruínas e milhões de refugiados.[12]

Um país de planícies férteis, altas montanhas e desertos, a Síria é lar de diversos grupos étnicos e religiosos. Osárabes são o maior grupo étnico e osmuçulmanossunitas são o maior grupo religioso. Até acaptura de Damasco por forçasrebeldes, era o único país governado porneo-baasistas. O governo baasista era umaditaduratotalitária com umculto de personalidade abrangente em torno dafamília Assad, atraindo ampla condenação por sua severa repressão interna ecrimes de guerra. Antes da queda de Assad, a Síria era classificada como o quarto pior país noÍndice de Estados Frágeis de 2024 e era um dos lugares mais perigosos do mundo para jornalistas. Aliberdade de imprensa era extremamente limitada e o país ocupava a segunda pior posição noÍndice Mundial de Liberdade de Imprensa de 2024. Era o país mais corrupto da regiãoMENA e estava classificado como o segundo pior globalmente noÍndice de Percepção de Corrupção de 2023. A Síria também havia se tornado o epicentro de uma indústria deCaptagon patrocinada por Assad, exportando anualmente bilhões de dólares em drogas ilícitas, tornando-se um dos maiores cartéis de drogas do mundo.[13][14]

Etimologia

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Ver artigo principal:Nome da Síria

O nomeSíria é derivado do termoluvitaSura/i doséculo VIII a.C. e dos nomes derivados dogrego antigo (Σύριοι,Sýrioi,Σύροι ouSýroi), ambos originalmente derivados deAššūrāyu (Assíria), no norte daMesopotâmia.[15][16] No entanto, desde oImpério Selêucida (323–150 a.C.), este termo também tem sido aplicado ao Levante como um todo e, a partir deste ponto, os gregos passaram a aplicar o termo, sem distinção, para se referir aos assírios e sírios daMesopotâmia e doLevante.[17][18] As principais opiniõesacadêmicas defendem que a palavra grega relacionada aocognatoἈσσυρία, em última análise, deriva doacadianoAššur.[19] No passado, acreditava-se que o nome do país era derivado deSiryon, o nome que ossidônios davam aoMonte Hermon.[20]

A área designada pela palavra mudou ao longo do tempo. Classicamente, a Síria se encontra na extremidade oriental doMediterrâneo, entre aArábia, ao sul, e aÁsia Menor, ao norte, e se estende para o interior até incluir partes doIraque, além de ter uma fronteira incerta a nordeste, quePlínio, o Velho descreveu como incluindo, de oeste a leste,Comagena,Sofena eAdiabena.[21]

Na época de Plínio, no entanto, esta Síria maior tinha sido dividida em uma série de províncias sob o domínio doImpério Romano (mas politicamente independentes entre si): aJudeia, mais tarde renomeada comoPalestina em 135 (a região correspondente ao atualIsrael, aterritórios palestinos e àJordânia), no extremo sudoeste;Fenícia (estabelecida em 194) correspondente às regiões modernas doLíbano,Damasco eHoms;Celessíria, ao sul do rio Eleutéris, e o Iraque.[22]

História

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Ver artigo principal:História da Síria

Pré-história e primeiras civilizações

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Ver artigos principais:Amoritas,Arameus,Estados neo-hititas,Fenícia,Síria (província romana), eSíria Palestina
Ver também:Ebla,Mari,Cele-Síria, eTell Ramad

Habitado há dezenas de milhares de anos, o território sírio está localizado noCrescente Fértil, onde, por volta de 12 mil anos atrás, a agricultura e a pecuária foram descobertas. Mil anos depois, o cultivo decereais já era generalizado nessa região.[23]

Por volta de 3 500 a.C., surgiu o Reino de Ebla, sediado nacidade de mesmo nome, o primeiro da atual Síria. As tábuas de argila encontradas em sítios arqueológicos em Ebla mostram a intensa vida desse reino. A língua falada por esses povos era oeblaíta, da famíliasemita do noroeste.[24][25]

Ruínas deEbla

Por volta de 2 300 a.C., oImpério Acádio, deSargão, conquistou o reino de Ebla, destruindo a sua capital por volta de 2 275 a.C. No entanto, os acádios caíram pouco tempo depois, sendo substituídos pela dinastia dosgútios e depois peloImpério de Ur.[24]

Entre 2 000 e 1 800 a.C., osamoritas, umpovo semita oriundos do atual território sírio, criaram seus estados no que hoje é a Síria e oIraque, um dos quais deu origem aoImpério Babilônico. Por volta de 1 600 a.C., oshititas, uma civilização naÁsia Menor, invadiram o norte sírio e destruíram as cidades deAlalaque,Alepo e Ebla. Décadas depois, oshurritas se estabeleceram naAlta Mesopotâmia e fundaram oReino de Mitani, que, no século XV a.C., se tornou a força dominante na Síria, sendo alvo de disputa de influência entre osegípcios e hititas. Por volta de 1 350 a.C., os hititas dominaram Mitani, ao mesmo tempo que osassírios criaram o seu primeiroreino.[24]

No século XIV a.C., osarameus, oriundos do norte da Síria, criaram reinos pelo território sírio. Por volta do século XI a.C., foi criado, por esse povo, oReino de Aram-Damasco, sediado emDamasco, cujas batalhas com oReino de Israel, criado pelosisraelitas na mesma época, formam muito doAntigo Testamento.[24]

No século VIII a.C., oImpério Assírio conquistou grande parte doLevante, mas falhou em conquistar os reinos arameus e neo-hititas do norte da Síria. No final daquele século, oscimérios,medos ecitas,povos indo-europeusirânicos. Em 612 a.C., oImpério Neobabilônico, criado peloscaldeus e liderado porNabucodonosor II,conquistouNínive, a capital assíria, por conseguinte dominando todo o império.[24]

Em 539 a.C.,Ciro, o Grande, líder dopersaImpério Aquemênida, conquistou aBabilônia e o território sírio passou a fazer parte dos seus domínios. Na organização territorial do imperador Dario I, a Síria, junto com aPalestina, aFenícia e oChipre, era parte da satrápia “Do outro lado do rio”, dentre cujos principais centros estavam Damasco e as cidades fenícias.[24]

Gregos, romanos e bizantinos

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Em 333 a.C., as tropas deAlexandre, o Grande derrotaram os persas naBatalha de Isso. Com isso, todo oOriente Próximo cai nas mãos doImpério Macedônico. Após a morte de Alexandre, em 323 a.C., seus generais disputaram o domínio da Síria entre si até que, naBatalha de Ipso (301 a.C.), foi decidido que o norte da região em disputa pertenceria aoImpério Selêucida e o sul, aoReino Ptolemaico. Os ptolemaicos respeitaram a autonomia e a cultura dos povos dominados, enquanto que os selêucidas fundaram colônias militares e cidades, comoAntioquia,Apameia eSelêucia Piéria. Por volta de 200 a.C., os selêucidas conquistaram o sul da Síria. Durante os quase três séculos dedomínio helênico, houve uma forte influência cultural grega nos povos levantinos e muitos dos locais foramhelenizados.[24]

Cidade antiga dePalmira antes da Guerra Civil

No final do período helênico, as disputas pelo poder no Império Selêucida fizeram-no perder o controle de muitas regiões do Oriente Próximo. Ao norte, conseguiram manter seus domínios, mas, ao sul, houve o surgimento de três reinos: o daItureia,da Judeia eNabateu. Em 83 a.C., a Síria foi tomada peloReino da Armênia, que governou essa porção até osromanos, liderados porPompeu, conquistarem a região entre 64 e 63 a.C., transformando-a em umaprovíncia romana, renomeada durante o reinado do imperadorAdriano paraSíria Palestina.[24]

No início doImpério Romano, a Síria era uma das províncias mais importantes. A prosperidade dessa região durante o domínio romano dependia dos cultivos deuvas,oliveiras e frutas, das indústrias de tintura, tecelagem e metalurgia e das rotas comerciais vindas do leste para oMediterrâneo, passando por cidades comoPalmira,Bosra e Damasco.[24]

Com a divisão do Império Romano, a Síria passou a fazer parte da sua porção oriental, oImpério Bizantino. A Síria se tornou uma importante base de operações bizantina durante asGuerras bizantino-sassânidas. Houve vezes em que essa região foi invadida pelossassânidas, a mais duradoura das quais durou de 606 a 628.[24]

Civilização árabe

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Interior daMesquita Omíada, em Damasco, construída durante a conquista da cidade pelos árabes

Aconquista árabe da Síria se iniciou entre 633 e 634, tendo como líder mais importanteKhalid ibn al-Walid. Em 634, Damasco foiconquistada peloCalifado Ortodoxo. O imperador bizantinoHeráclio tentou contra-atacar os árabes naBatalha de Jarmuque (636), mas não deu certo; em 640, a conquista já estava completa. Em 660, foi estabelecido oCalifado Omíada, tendo como capital Damasco, que se torna um importante centro cultural e religioso islâmico, acumulando ainda mais riquezas.[24]

Os califados toleraram os hábitos e a religião dos cristãos e judeus que viviam em seus domínios, mediante pagamento de imposto. Os sírios, em grande parte, foramarabizados eislamizados ao longo do tempo.[24]

Em 750, osabássidas tomaram o poder do califado e transferiram sua capital paraBagdá. A Síria foi uma província resistente ao domínio dessa nova dinastia e ainda leal aos omíadas; a última revolta pró-omíada foi em 905. Ao mesmo tempo, os cristãos foram tratados com menos tolerância, acelerando a islamização.[24][25]

Conforme o Califado Abássida se desintegrava, essa região saía da área de influência de Bagdá. Em 877, o território sírio foi anexado peloReino Tulúnida, o primeiro dos Estados baseados noEgito a governar essa região do Levante. O século IX na Síria foi marcado pelo surgimento doReino Hamadânida, fundado por uma dinastia baseada em Alepo, e pelo domínio ao sul dosiquíxidas (941–69) e dosfatímidas, estes últimos dominando a a região por um século.[24]

Na segunda metade do século XI, toda essa área passa a ser domínio dosturcos seljúcidas, cuja capital estava na Anatólia. No final daquela centúria, começaram asCruzadas, cujo objetivo era a recuperação deJerusalém, e seus integrantes criaram osEstados cruzados na região costeira do Levante. Grande parte dos cruzados foram expulsos entre 1175 e 1187 pelo lídercurdoSaladino, fundador doImpério Aiúbida. Em 1250, foi criado, no lugar deste último, oSultanato Mameluco, cujo domínio em território sírio foi caracterizado por um surgimento de uma atividade intelectual e pela perseguição a minorias religiosas que viviam noAntilíbano, temerosos de que elas ajudassem os cruzados em uma nova empreitada.[24]

Em 1260, oImpério Mongol invadiu a Síria e saqueou suas cidades, mas os mongóis foram derrotados por tropas mamelucas naBatalha de Ain Jalut naquele mesmo ano. Em 1291, a cidade deAcre, o último reduto cruzado, foi reconquistada. Em 1401, o conquistadorTamerlãosaqueou Damasco e Alepo.[24]

Síria otomana

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Ver artigo principal:Síria otomana
Mapa de 1851 daSíria otomana

Em 1516, as tropas otomanas derrotaram o exército mameluco naBatalha de Marj Dabiq e ainda no mesmo ano anexaram a Síria aoImpério Otomano, sendo o Egito anexado no ano seguinte.[24]

A administração otomana seguia um sistema que levou à coexistência pacífica. Cada minoria étnico-religiosa, como cristãosortodoxos emaronitas ejudeus, constituía ummillet.[26] Os chefes religiosos de cada comunidade administravam-nas e também realizavam algumas funções civis.[27]

Damasco adquiriu grande destaque por ser um importante ponto de parada naperegrinação à Meca. A administração dividiu essa região nas províncias deDamasco eAlepo.[24]

Os primeiros governantes otomanos deram ênfase à agricultura e incentivaram-na na Síria, sendo cultivados cereais para consumo interno ealgodão eseda produzidos para exportação. Alepo e Damasco não eram apenas destacados centros artesãos, mas também pontos importantes em rotas comerciais que iam até oGolfo Pérsico,Pérsia e aEuropa.[24]

Os primeiros séculos de domínio desse império foram caracterizados por uma estabilidade. Na maior parte do século XVIII, a província de Damasco foi governada por uma família leal ao sultão, mas com mais autonomia local, controlando osjanízaros, afastando a região de ataques dosbeduínos e mantendo a segurança local. Os governantes otomanos na Síria e noLíbano nos setecentos criaram seus próprios exércitos, o que demandava a criação de novos impostos, piorando a situação dos camponeses. A agricultura floresceu em distritos montanhosos, que não eram atacados pelos beduínos.[24]

No início do século XIX, a região da Síria tinha algumas ilhas de prosperidade, como Alepo, Damasco,Monte Líbano e alguns distritos isolados. No geral, o quadro local era de decadência, as pequenas cidades viviam do comércio local e os aldeões recuavam diante dos ataques dos beduínos. Não havia mais uma estabilidade nas províncias. Além disso, os wahabitas daArábia central e os sultões doEgito ameaçavam invadir essa área.[24]

Em 1831, o líder do Egito, um Estado vassalo dos otomanos,Muhammad Ali Pasha, mandou seu filhoIbrahim Pasha para invadir o Levante, conquistando-o e passando-o para mãos egípcias. As potências europeias (exceto aFrança) se opuseram ao domínio egípcio na Síria por considerarem uma ameaça ao Império Otomano, cuja fraqueza causaria problemas na Europa. Então, em 1839 estourou umaguerra entre egípcios e otomanos, os quais, apoiados peloReino Unido eÁustria, conseguiram recuperar o território sírio dois anos depois.[24]

As décadas de 1840 a 1860 foram marcadas por crises. No Líbano, houve uma forte tensão entredrusos e maronitas, gerando uma guerra civil em 1860. Na Síria, a aplicação do novo sistema administrativo imperial não foi aceita pela população e a entrada de produtos estrangeiros substituiu alguns produtos locais, diminuindo a prosperidade da classe artesã, predominantemente muçulmana, e aumentando o prestígio de comerciantes, sobretudo cristãos e judeus.[24]

Nas últimas décadas do século XIX, houve mudanças significativas na região da Síria. Houve a construção de ferrovias etelégrafos, fatores que, somados a um aumento na segurança, estimularam a agricultura local. Alepo e Damasco ainda tinham um comércio florescente, mas o artesanato estava em declínio e as rotas do deserto diminuíram com a abertura de ferrovias e doCanal de Suez.[24]

ARevolução dos Jovens Turcos (1908), que levou ao poder um grupo militar turco, levou a um descontentamento dosárabes que viviam sob domínio otomano e intensificou onacionalismo sírio.[24]

Em 1914, o Império Otomano entrou naPrimeira Guerra Mundial ao lado dasPotências Centrais, junto com oImpério Alemão e aÁustria-Hungria. Com isso, a Síria se tornou uma base militar otomana.[24] Durante o conflito, ocorreu os genocídiosArmênio eAssírio, dos quais a cidade síria deDeir ez-Zor era o destino final dessas marchas da morte.[28]

Também durante a Guerra, por meio dacorrespondência Hussein-McMahon, o Reino Unido prometeu aoxerife de Meca,Hussein bin Ali, que apoiaria a criação de um grande e unificado Estado árabe que se estenderia desde Alepo atéÁden (Iêmen), desde que os árabes que viviam em domínios otomanos se revoltassem contra esse império, o que ocorreu naGrande Revolta Árabe (1916–18).[29] Ao mesmo tempo, em 1916 britânicos e franceses fizeram oAcordo Sykes-Picot, por meio do qual dividiriam o Oriente Próximo entre si.[24] Inicialmente, a região deMossul pertenceria à França, mas a descoberta de petróleo ali pouco antes do fim da Guerra levou a uma nova negociação para ceder esta zona para a área de influência britânica.[30]

Em 1918,Faisal bin Hussein, filho de Hussein, conquistou a cidade de Damasco. Os árabes e britânicos ocuparam a região da Síria.[25]

Mandato Francês

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Ver artigo principal:Mandato Francês da Síria
Posse do presidenteHashim Al-Atassi em 1936

Em março de 1920, foi proclamado oReino Árabe da Síria e um Congresso Sírio escolheu Faisal bin Hussein como rei. No entanto, essa monarquia durou apenas alguns meses, pois, em julho de 1920, com aBatalha de Maysalun, tropas francesas derrotaram as forças de Faisal e, no lugar do reino, estabeleceram oMandato Francês da Síria, proposto pelaConferência de San Remo, em abril daquele ano.[24] Dentro do mandato, foram estabelecidos dois estados autônomos: oalauíta edruso.[31]

A administração francesa fez muitas realizações, como a construção de rodovias, estímulo à agricultura, reforma agrária e o estabelecimento daUniversidade de Damasco.[24]

Entre 1925 e 1927, ocorreu na Síria umarevolta nacionalista, liderada porSultan al-Atrash, contra o domínio francês. Os exércitos metropolitanos bombardearam Damasco.[25][31]

Síria e França negociaram um tratado de independência em setembro de 1936 eHashim al-Atassi foi eleito presidente. No entanto, o tratado nunca entrou em vigor porque o legislador francês se recusou aratificá-lo. Com aqueda da França em 1940, durante aSegunda Guerra Mundial, a Síria ficou sob o controle daFrança de Vichy, que era umEstado-fantoche daAlemanha nazista, até as tropas daFrança Livre e do Reino Unido ocuparem o país naCampanha da Síria, em julho de 1941.[32]

Independência e baathismo

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Ver artigos principais:República Árabe Unida,Revolução de 8 de Março,Síria Baathista, eBaathismo

Em 1943, o nacionalistaShukri al-Quwatli foi eleito o primeiro presidente síriode fato e liderou o país em direção à independência, obtida em abril de 1946, quando as tropas francesas se retiraram do mandato, após contínua pressão dos nacionalistas sírios e dos britânicos. Nesse momento, a Síria já era membro-fundador dasNações Unidas e daLiga Árabe.[24][25][31][32]

Em 1948, a Síria e uma coalizão de países árabes entraram em conflito contra o recém-criadoEstado de Israel, a chamadaGuerra árabe-israelense de 1948/49, havendo uma vitória israelense.[24]

Alepo em 1961

Os primeiros vinte anos após a independência foram caracterizados pela instabilidade política e um grande número de golpes de Estado.[25] Um deles, em 1949, levou os militares ao poder, derrubados em um novo golpe em 1954, que restaurou o regime constitucional.[33]

Nos anos 1950, a Síria alinhou-se àUnião Soviética e crescia cada vez mais a influência doPartido Baath, de ideologiasocialista,secular enacionalista.[33] Esse fato, aliado à ascensão do líderPan-árabeGamal Abdel Nasser, presidente egípcio, levou à incorporação da Síria ao Egito em 1958, formando aRepública Árabe Unida, dissolvida com um golpe de Estado sírio em setembro de 1961. Com isso, a Síria voltou a ser um país independente.[24]

O governo que assumiu após o golpe de 1961 desfez as conquistas socialistas obtidas durante a união com o Egito, desagradando o Partido Baath, que deu um golpe de Estado em março de 1963, governando a Síria até os dias atuais.[24]

Os baathistas, depois de tomarem o poder, começaram a implementar uma série de profundas reformas sociais e econômicas. Em fevereiro de 1966, o CoronelSalah Jadid deu um golpe de Estado e assumiu o poder.[24] Em 1967, a Síria lutou, junto com o Egito eJordânia, naGuerra dos Seis Dias contra Israel e novamente saiu derrotada, perdendo asColinas de Golã.[25]

Em 1969, o Baath foi divido em duas alas: uma majoritariamente civil, liderada por Jadid, e uma com maioria militar, liderada pelo GeneralHafez al-Assad. Em novembro de 1970, Al-Assad deu um golpe de Estado e assumiu a presidência, cargo no qual permaneceu até sua morte, em 2000, sendo reeleito diversas vezes, muitas delas sem oposição.[24]

Hafez al-Assad, presidente sírio, recebendo o seu homólogo estadunidense,Richard Nixon, durante seu desembarque emDamasco em 1974

O governo de Al-Assad adotou políticas como a reforma agrária, investimentos em educação e o fortalecimento das Forças Armadas. Foi caracterizado politicamente pela estabilidade de um lado e pelo autoritarismo do outro. No início, houve um certo desenvolvimento econômico.[24] A política externa síria nesses trinta anos teve como um de seus pontos principais a forte rejeição a Israel, atacado em 1973 pela Síria e Egito naGuerra do Yom Kippur, visando à recuperação dos territórios perdidos em 1967, e, apesar das vitórias iniciais dos árabes, os israelenses venceram novamente, e apresença de tropas sírias no Líbano, a partir da intervenção naGuerra Civil Libanesa iniciada em 1976.[24][25] A Síria liderou o bloco árabe contrário as negociações de paz entre Israel e Egito que resultaram nosAcordos de Camp David e contrariou a União Soviética, seu maior aliado, ao apoiar oIrã naGuerra Irã-Iraque (1980–1988), o que se deve à forte rivalidade e disputa de influência entre o Baath sírio eiraquiano.[24]

Em 1982, o grupo fundamentalista islâmicoIrmandade Muçulmana iniciou uma revolta emHama, reprimida pelas Forças Armadas, que cercou a cidade por meses. Osconflitos entre os radicais religiosos e militares resultaram em dezenas de milhares de civis mortos.[25]

Os anos 1980 foram caracterizados por uma crise econômica, devido às dificuldades enfrentadas pela agricultura, inflação, corrupção e os fortes gastos militares no Líbano.[25]

Com o fim da Guerra Civil Libanesa, em 1990, Damasco estabeleceu um governo aliado no Líbano e desarmou a maioria dos grupos paramilitares desse país, mas ainda manteve milhares de militares no vizinho. Naquele mesmo ano e no seguinte, o governo sírio apoiou a coalizão liderada pelosEstados Unidos contra o Iraque naGuerra do Golfo.[33] Na década de 1990, ocorreram também algumas conversas com Israel para a recuperação das Colinas de Golã a Damasco, mas não foram frutíferas.[24]

Em 2000, Hafez Al-Assad morreu e sucedeu-lhe o seu filho,Bashar al-Assad. Com a ascensão deste, houve esperança de uma abertura política, combate à corrupção e reformas, no movimento que ficou conhecido comoPrimavera de Damasco. Apesar de seus principais líderes terem sido detidos, o novo presidente adotou algumas reformas econômicas. Em 2005, o primeiro-ministro libanêsRafik Hariri, contrário à presença militar síria, foi assassinado e, após pressão internacional, Damasco retirou suas tropas do Líbano.[24]

Guerra civil (2011–2024)

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Ver artigo principal:Guerra Civil Síria
Ver também:Primavera Árabe,Inverno Árabe,Estado Islâmico do Iraque e do Levante, eCrise migratória na Europa
A situação militar antes dasofensivas da oposição no final de 2024. Territórios mantidos peloscurdos (amarelo), oEstado Islâmico (cinza), oExército Sírio deAssad (vermelho), oENS e aTurquia (verde claro),Tahrir al-Sham (branco), oExército do Comando Revolucionário e osEstados Unidos (azul-petróleo).

A contínua guerra civil síria foi inspirada pelas revoluções daPrimavera Árabe. Tudo começou no início de 2011, como uma cadeia de protestos pacíficos contra o regime autoritário de Assad, seguida por uma forte repressão doexército sírio.[34][35] Ao longo dos meses seguintes, grupos de civis participantes dos protestos se aliaram a militares desertores e formaram grupos armados, como oExército Livre da Síria (ELS), que se juntaram a partidos políticos anti-Assad, formando o que ficou genericamente conhecida comooposição síria.[24][35][36]

Bashar al-Assad comVladimir Putin, o presidente da Rússia e seu maior apoiador. Assad governou a Síria de 2000 a 2024.

Logo nos primeiros meses de conflitos, os Estados Unidos e aUnião Europeia impuseram sanções ao governo sírio pela repressão aos manifestantes.[24] Nos anos seguintes, foram propostas resoluções noConselho de Segurança das Nações Unidas para uma intervenção militar na Síria para derrubar Assad, masChina eRússia vetaram as propostas.[33]

A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil na Síria e no Iraque, um braço do grupo terroristaAl-Qaeda no Iraque se separou da organização original e deu origem ao grupoEstado Islâmico do Iraque e Levante (EI, ISIS, ISIL ou Daesh), que começou a ocupar territórios no leste sírio.[24] Lutando inicialmente ao lado da oposição síria, as forças desta organização passaram a atacar qualquer uma das facções (sejam apoiadoras ou contrárias a Assad) envolvidas no conflito, buscando hegemonia total. Em junho de 2014, os integrantes deste grupo proclamaram um Califado na região, com seu líder,Abu Bakr al-Baghdadi, como o califa. Eles rapidamente iniciaram uma grande expansão militar, sobrepujando rivais, cometendo execuções e atrocidades contra aqueles que se opunham ao seu domínio e minorias e impondo asharia (lei islâmica) nos territórios que controlavam. Então, diversos países, temendo que o fortalecimento do EI representasse uma ameaça a sua própria segurança e a estabilidade da região, iniciaramuma intervenção armada contra os extremistas.[37][38]

Em 2015, o governo Assad se encontrava na situação mais complicada desde o início do conflito. Com isso, a Rússia, grande aliada de Damasco, interveio na guerra, lutando contra o Estado Islâmico, junto com outros países, e lançando ataques aéreos a grupos rebeldes anti-Assad. O governo sírio, junto com a ajuda militar russa e iraniana, foi recuperando muitos territórios.[24]

A mobilização de todos os lados contra o Estado Islâmico deu certo e atualmente o grupo terrorista não controla mais territórios na Síria, embora ainda seja uma ameaça por atuar internacionalmente.[35]

Ruínas deAlepo apósa batalha na região em 2016

A mobilização da minoria curda do norte da Síria contra o Estado Islâmico permitiu o surgimento do autogoverno localRojava, atacado militarmente pelaTurquia, grande inimiga dos curdos, alegando que sua segurança nacional está ameaçada com o fortalecimento dessa etnia em território sírio. Com a retirada do apoio estadunidense aos curdos, em 2019, Ancara reforçou os ataques.[35]

Em fevereiro de 2023, ocorreu umforte terremoto, com epicentro do sul da Turquia, mas que afetou também diversas regiões da Síria. A guerra civil e as sanções impostas ao governo de Al-Assad dificultaram que o país árabe recebesse ajuda humanitária.[39]

A Guerra Civil Síria deixou o país em ruínas. A infraestrutura, como estradas, hospitais e escolas, foi destruída, afetando diretamente a economia e os indicadores sociais. Grande parte da população síria vive abaixo da linha da pobreza e 600 mil pessoas morreram.[35]

Mais de treze milhões de sírios foram forçados a se deslocar, pouco mais da metade destes comodeslocados internos e o restante deixando o país comorefugiados, a maioria dos quais emigraram para a Turquia.[40]

Ruínas deHoms durante a guerra civil.

Segundo aONU e outras organizações internacionais,crimes de guerra econtra a humanidade vêm sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.[41] Na fase inicial da guerra, as forças leais ao governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis.[42] Milícias leais ao presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusadas de perpetrarem vários assassinatos e cometerem inúmeros abusos contra a população.[43] Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acusadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.[44] Com a entrada do Estado Islâmico no conflito, o grupo terrorista cometeu diversas atrocidades.[38]

A guerra se arrastou por treze anos até que, ao final de novembro de 2024, as forças daoposição síria lançaramvárias ofensivas e em poucos dias assumiram o controle das grandes cidades do país. Em 8 de dezembro, os rebeldestomaram a capitalDamasco, derrubando o governo deBashar al-Assad eencerrando o regime dafamília Assad que governava o país havia 53 anos.[45]

Síria pós-Ba'athista

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Após a queda do regime Assad, o então primeiro-ministroMohammad Ghazi al-Jalali, com apoio da oposição e do líder jihadistaAhmed Hussein al-Shar’a, anunciaram que seria formado um governo interino até que umgoverno de transição pudesse ser formado.[46] Al-Jalali pediu novas eleições para que o povo sírio possa escolher seus novos líderes, embora o futuro do país parecesse incerto.[47][48]

Geografia

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Mapa da Síria, feito pelaCIA em 2004

A Síria tem uma área de cerca de 185 000km2. A oeste, faz limites comMar Mediterrâneo,Líbano eIsrael; ao sul, com Jordânia; a leste, com Iraque e Turquia.

Relevo

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A Síria possui um litoral relativamente pequeno, de 180 km de extensão, ao longo doMar Mediterrâneo. A estreita planície costeira é marcada pela presença de dunas, promontórios rochosos e falésias baixas. Paralelamente à costa, está a cordilheira deAl-Ansariyyah, com uma altitude média de pouco mais de 1 200 m e largura média de 30 km, cujo barlavento é relativamente úmido e, portanto, de terras mais férteis e maior densidade demográfica.[24][49]

No litoral sul, próximo àfronteira com o Líbano, aparece, entre as cordilheiras de Al-Ansariyyah e doAntilíbano, uma região plana, conhecida comoCorredor de Homs, um dos principais pontos de ligação entre o litoral e o interior da Síria.[49]

A cordilheira do Antilíbano marca grande parte da fronteira entre Síria e Líbano. A altitude média está entre 1 800 e 2 100 m acima do nível do mar. Nesse conjunto de montanhas, está o ponto mais alto da Síria, oMonte Hermon (2 814 m), na região da tríplice fronteira com o Líbano e Israel.[24]

Regiões montanhosas de menores altitudes estão espalhadas pelo território sírio. No extremo sul, na fronteira com a Jordânia, estáJabal al-Druze. Na região central, em meio ao deserto, estão as montanhas Abu Rujmayn e Bishri.[24]

ODeserto Sírio, com altitudes entre 300 e 500 m, domina a maioria do território.[24] Há uma região deestepe encaixada entre o deserto de um lado e as montanhas do Antilíbano e Al-Ansariyyah do outro.[49]

A nordeste doRio Eufrates, está a fértil região deJazirah, banhada pelos rios dabacia hidrográfica do Eufrates.[50]

A maioria dos solos sírios são inférteis. Os solos das regiões de estepes e do litoral não são tão férteis.[24]

Hidrografia

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O Rio Eufrates é o maior rio que passa pelo território sírio e o único navegável em seu território. As nascentes deste rio estão na Turquia e, em seu curso, já na Síria, emAl-Tabqa,província de Raqqa, está aBarragem de Tabqa, represando suas águas, formando oLago Assad.[24]

ORio Orontes, que corta o oeste da Síria, é outro rio bastante importante para o país. Suas nascentes estão no Líbano e sua foz está no Mar Mediterrâneo, próximo a Antioquia, na Turquia. ORio Jarmuque, ao sul, que drena a região de Jabal Al-Druze, delimita parte da fronteira entre Síria e Jordânia.[24]

Climas da Síria segundo aclassificação climática de Köppen-Geiger

Lagos dispersos são encontrados pelo território, muitos deles intermitentes. Além disso, a geologia da região favorece a presença de aquíferos.[24]

Clima

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A região litorânea e montanhosa da Síria possui umclima mediterrâneo. As regiões montanhosas possuem um clima mais frio.[24]

Quanto mais se afasta do litoral, o clima se torna cada vez mais seco e há um aumento na amplitude térmica ao longo do ano. Por isso que, no território sírio, há um predomínio dos climasárido esemiárido.[24]

Biodiversidade

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As encostas das montanhas possuem espécies vegetais como osteixos eabetos, além de ser bastante comum encontrar a vegetação do tipogarrigue. As regiões montanhosas originalmente possuíam florestas, mas já foram bastante exploradas.[24]

Nas regiões de estepe, a vegetação encontrada é de gramíneas.[24]

Dentre as espécies animais que podem ser encontradas no território sírio, estãolobos,hienas,texugos,raposas,javalis,veados,ursos,esquilos,gazelas,águias,abutres elagartos.[24]

Demografia

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Crianças emAlepo

A Síria possui uma população de 25,2 milhões habitantes (estimativa de 2025), o que dá uma densidade demográfica de pouco mais de 118,3 habitantes por km2.[2] A população síria está concentrada ao longo da planície litorânea, na região de estepes entre as montanhas e o deserto e na região de Jazirah e, portanto, está mal distribuída.

De acordo com aPesquisa Mundial de Refugiados de 2008, publicada pelo Comitê dos Estados Unidos para Refugiados e Imigrantes, a Síria abrigava uma população derefugiados e requerentes deasilo que somava aproximadamente 1 852 300 pessoas. A grande maioria desta população era do Iraque (1,3 milhão), mas populações consideráveis ​​da antigaPalestina (543 400) e daSomália (5 200) também vivem no país.[51]

Cerca de 9,5 milhões de sírios, ou um-terço da população do país, saíram do território desde a eclosão daGuerra Civil Síria, desde março de 2011, o que aONU classificou como "a maior emergência humanitária da nossa era";[52] 4 milhões de sírios estão fora do país como refugiados.[53]

Grupos étnicos

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Ossírios são um povolevantino nativo, estreitamente relacionado com os seus vizinhos imediatos, comolibaneses,palestinos,iraquianos,malteses,judeus ejordanianos.[54][55][56] Os árabes sírios, juntamente com cerca de 600 mil árabespalestinos, representam cerca de 74% da população (se os cristãossiríacos são excluídos).[57]Antes da conquista árabe, quearabizou a região, a população síria era composta porpovos semitas autóctones, comoassírios,arameus ecananeus.[24]

Mapa étnico-religioso da Síria

Os cristãos que falam alíngua neoaramaica ocidental eassírios são estimados em cerca de 400 mil pessoas.[58] Pessoas que falam neoaramaico ocidental vivem em todo o país, particularmente nos grandes centros urbanos, enquanto os assírios residem principalmente no norte e nordeste (Homs,Alepo,Qamishli eHasakah). Muitos (particularmente o grupo assírio) ainda mantêm váriosdialetosneoaramaicos como línguas faladas e escritas, enquanto os moradores de vilas comoMaalula, Jubb'adin e Bakh'a ainda utilizam oaramaico ocidental.[59]

O segundo maior grupo étnico na Síria são oscurdos. Eles constituem cerca de 9% da população, ou cerca de 2 milhões de pessoas.[60] A maioria dos curdos residem na região nordeste e a língua falada por essa etnia é ocurdo, em sua maioria a variantecurmânji. O país também é o lar de vários outros grupos étnicos, principalmente osturcomanos (cerca de 500 000–1 000 000),[61]circassianos (cerca de 100 mil),[50]gregos[62] earmênios (aproximadamente 100 mil), sendo que a maioria chegou durante o período doGenocídio Armênio. A Síria detém a sétima maior população armênia no mundo. Eles estão principalmente reunidos em Alepo,Qamishli, Damasco eKesab. A nação árabe também abriga uma população substancial dejudeus, cujas comunidades estão concentradas em Damasco, Alepo e Qamishii. Devido a uma combinação de perseguição e de oportunidades em outros lugares, os judeus começaram a emigrar na segunda metade doséculo XIX para países comoReino Unido,Estados Unidos eIsrael. Hoje, apenas alguns poucos judeus permanecem na Síria.[63]

A maior concentração dadiáspora síria fora domundo árabe está noBrasil, que tem milhões de pessoas de ascendência árabe e de outros povos doOriente Próximo.[64] O Brasil foi o primeiro país daAmérica a oferecervistoshumanitários aosrefugiados sírios.[65] A maioria dosargentinos árabes também tem origemlibanesa ou síria.[66]

Religião

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Grande Mesquita deAlepo

Osárabessunitas representam 59–60% da população, a maioria doscurdos (9%) eturcomanos (3%) é também sunita, enquanto 13% sãoxiitas (alauítas,duodecimanos eismaelitas combinados),[67] 10% sãocristãos[67] e 3%drusos.[67] A população drusa é estimada em cerca de 500 mil e vive principalmente emJabal al-Druze.[68]

A família do presidenteBashar al-Assad é alauíta, grupo que domina o governo e ocupa os principais cargos militares.[69] Em maio de 2013, oObservatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que ao menos 41 mil alauítas foram mortos durante a guerra civil.[70]

Os cristãos (2,5 milhões de pessoas) estão divididos em váriasdenominações. AIgreja Ortodoxa Grega de Antioquia daCalcedônia compõem 35,7% da população cristã do país; oscatólicos romanos (seguidores daIgreja Greco-Católica Melquita,Igreja Católica Arménia,Igreja Católica Siríaca,Igreja Maronita,Igreja Católica Caldeia e daIgreja Católica de Rito Latino) compõem 26,2%; aIgreja Apostólica Armênia conta com 10,9%; aIgreja Ortodoxa Síria compõem 22,4%; aIgreja Assíria do Oriente e várias outras denominações cristãs menores representam o restante. Muitos dos sírios cristãos pertencem a uma classe socioeconômica alta dentro da sociedade local.[71]

Idiomas

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Oárabe é alíngua oficial do país. Váriosdialetos árabes modernos são utilizados na vida cotidiana, mais notavelmente o levantino, no oeste, e omesopotâmico, no nordeste. Alíngua curda (na sua formacurmânji) é amplamente falado na região conhecida comoCurdistão Sírio. Oarmênio e oturco são falados entre as minorias de armênios e turcomanos.

Oaramaico era alíngua franca da região antes do advento do árabe e ainda é falado entre osassírios. Osiríaco clássico ainda é usado comolíngua litúrgica de várias denominações cristãs siríacas. Mais notavelmente, neoaramaico ocidental ainda é falado na aldeia deMaalula, bem como duas aldeias vizinhas, a 56 km a nordeste de Damasco. Muitos sírios com alta escolaridade também falaminglês efrancês.

Cidades mais populosas

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Cidades mais populosas daSíria
Censo de 2004

Alepo

Damasco
PosiçãoLocalidadeProvínciaPop.
1AlepoAlepo2 132 100
2DamascoDamasco1 711 000
3HomsHoms652 609
4LatakiaLatakia383 786
5HamaHama312 994
6Ar-RaqqahAr Raqqah220 488
7Deir ez-ZorDeir ez-Zor211 857
8Al-HasakahAl-Hasakah188 160
9QamishliAl-Hasakah184 231
10Sayyidah ZaynabRif Dimashq136 427

Governo e política

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Ver artigo principal:Política da Síria

Período baathista

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Ver artigos principais:Assadismo eBaathismo
Bashar al-Assad foi o presidente da Síria de 2000 a 2024.

A Síria Baathista era formalmente umarepúblicaunitária. A constituição adotada em 2012 efetivamente transformou a Síria em uma repúblicasemipresidencial devido aodireito constitucional dos indivíduos que não fazem parte daFrente Progressista Nacional de serem eleitos.[72] O presidente era ochefe de Estado e o primeiro-ministro servia nominalmente comochefe de Governo.[73]

Opoder legislativo era representado pelo Conselho dos Povos, o órgão responsável pela aprovação de leis, pelasdotações do governo e pelo debate político.[74] No caso de umamoção de censura por umamaioria simples, oprimeiro-ministro era obrigado a apresentar propostas de renúncia de seu governo ao presidente.[75][76]

Por cinquenta e três anos, a Síria foi governada pelafamília Assad. Primeiro, por quase três décadas porHafez al-Assad e depois por vinte e quatro anos pelo seu filhoBashar. O reinado da dinastia Assad foi caracterizado por nacionalismo, repressão da oposição, assassinatos e torturas, corrupção efisiologismo. Hafez e seu filho Bashar concentravam poderes extraordinários em suas mãos, regendo um governo centralizado e totalitário.[77][78]

Síria pós-Guerra Civil

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Ahmed al-Shara é o líderde facto da síria atualmente.

Como resultado daGuerra Civil Síria, váriosgovernos alternativos foram formados, incluindo o Governo Provisório da Síria, oPartido de União Democrática e regiões legisladas pelasharia. Representantes do governo provisório sírio foram convidados a assumir o assento do país naLiga Árabe em 28 de março de 2013[79] e foram reconhecidos como os "únicos representantes do povo sírio" por vários países, incluindoEstados Unidos,Reino Unido eFrança.[80][81][82]

A Síria está atualmente passando por uma transição política após aqueda do regime de Assad em 8 de dezembro de 2024. Umgoverno de transição, liderado porMohammed al-Bashir, foi formado para governar o país até 1 de março de 2025. A constituição e o parlamento sírios foram suspensos em 12 de dezembro de 2024 durante o período de transição.[83][84] Em janeiro de 2025, o governo interino da Síria apontouAhmed al-Shara como novo presidente do país enquanto uma nova constituição seria escrita.[85]

Direitos humanos

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A situação dosdireitos humanos na Síria tem sido uma preocupação significativa entre organizações independentes, como aHuman Rights Watch, que em 2010 se referiu ao caso do país como "entre os piores do mundo".[86] AFreedom House, financiada peloDepartamento de Estado dos Estados Unidos,[87] classificou a Síria como "não livre" no seu inquérito mundial da liberdade.[88]

Civis feridos são levados para um hospital em Alepo

As autoridades do regime eram acusadas de prenderativistas pelademocracia e os direitos humanos, além decensurar ainternet, através da prisão deblogueiros. Detenções arbitrárias,torturas e desaparecimentos eram crimes generalizados pelo país.[89] Embora aConstituição garanta aigualdade de gênero, algumasleis e ocódigo penal acabavam por discriminarmulheres emeninas. Além disso, também concediaclemência para o chamado "crime de honra".[89] Em 9 de novembro de 2011, durante o levante contra o presidente Bashar al-Assad, aOrganização das Nações Unidas informou que, das mais de 3 500 mortes, cerca de 250 eram de crianças, algumas de apenas 2 anos de idade. Além disso, meninos tão jovens quanto 11 anos de idade têm sidoestuprados coletivamente poroficiais dos serviços de segurança.[90][91]

Em agosto de 2014, a entãoAlto Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos Direitos,Navi Pillay, criticou acomunidade internacional por sua "paralisia" em lidar com a mais violenta guerra civil do país, que já matou mais de 200 mil pessoas emcrimes de guerra, de acordo com Pillay, sendo cometidos com totalimpunidade por todos os lados do conflito. Asminorias de alauítas e cristãos estão sendo cada vez mais atacadas por islâmicos e outros grupos que lutam na guerra civil síria.[92][93]

Forças armadas

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Ver artigo principal:Forças Armadas da Síria
Soldado dasForças Armadas da Síria

Naera Assad, oPresidente da Síria era ocomandante-em-chefe dasforças armadas, que contava com mais de 250 000 soldados profissionais e mais milhares demilicianos em 2014.[94] Sua força era formada porconscritos; o recrutamento era obrigatório para todos os homens quando completam 18 anos.[95]

Grande parte dos equipamentos militares sírios tinha origemsoviética (e posteriormenterussa). Além de armas, material e dinheiro, os russos também ajudavam as forças sírias com treinamento e especialistas. Com o passar dos anos, o país também buscou laços militares com Irã e Coreia do Norte. Recentes crises econômicas diminuíram o fluxo financeiro para as forças armadas.[96]

Durante a recenteguerra civil (iniciada em 2011), o exército perdeu enormes quantidades de equipamento e muitos soldados morreram. Outros 40 000 militares teriam passado para o lado dosrebeldes e centenas de outros simplesmentedesertaram.[97] Durante o conflito, o governo russo enviou várias novas armas e materiais para as forças do regime deAssad.[98]

Em 29 de janeiro de 2025, quase três meses após aqueda do regime Assad, as forças armadas baathistas foram oficialmente dissolvidas.[99]

Subdivisões

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Ver artigo principal:Subdivisões da Síria

A Síria está dividida em catorzeprovíncias:

N.ºProvínciaCapital
Províncias da Síria
1LatakiaLatakia
2IdlibIdlib
3AlepoAlepo
4Al-RaqqahAl-Raqqah
5Al-HasakahAl Hasakah
6TartusTartus
7HamaHama
8Deir ez-ZorDeir ez-Zor
9HomsHoms
10Damasco
11Rif Dimashq
12QuneitraQuneitra
13DaraaDaraa
14Al-SuwaydaAl-Suwayda

Economia

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Ver artigo principal:Economia da Síria
Principais produtos deexportação da Síria em 2019 (em inglês)
Edifícios comerciais emDamasco
Refinaria emHoms

Em 2015, a economia síria dependia de fontes dereceita inerentemente incertas, devido à drástica diminuição da arrecadação devido àguerra civil. O governo se mantinha graças a linhas decrédito oferecidas pelo governoiraniano.[100] Estima-se que oIrã esteja gastando entre 6 bilhões e 20 bilhões dedólares estadunidenses por ano com a Síria durante a guerra civil.[101] Desde o início do conflito, a economia síria contraiu-se em 60% e alibra síria perdeu 80% do seu valor, e o país tornou-se umaeconomia estatizada ede guerra.[102] No início da guerra civil, o país era classificado peloBanco Mundial como um país de renda "média-baixa".[103]

Em 2010, a Síria mantinha-se dependente dos setorespetrolífero eagrícola.[104] O setor de petróleo responde por cerca de 40% das receitas deexportação.[104] Expedições marítimas comprovaram que grandes reservas de petróleo existem no fundo do marMediterrâneo, entre a Síria e oChipre.[105] O setor agrícola contribui para cerca de 20% doproduto interno bruto (PIB) e 20% domercado de trabalho. No entanto, as reservas de petróleo deverão diminuir nos próximos anos e a Síria já se tornou um importador líquido deste recurso.[104] O governo depende cada vez mais de crédito daRússia eChina, além do já mencionado Irã.[106]

A economia é altamente regulada pelo governo, que aumentou ossubsídios e apertou os controles de comércio para amenizar os efeitos das manifestações populares e proteger asreservas de moeda estrangeira.[57] Entre os problemas econômicos de longo prazo, estão barreiras aocomércio exterior, o declínio da produção de petróleo, o elevadodesemprego, o aumento dosdéfices orçamentais e da pressão sobre oabastecimento de água, causada pelo pesado uso hídrico na agricultura, o rápido crescimento populacional, a expansão industrial e apoluição da água.[57] OPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento anunciou em 2005 que 30% da população síria vivia em situação depobreza e 11,4% vivem abaixo dalinha da miséria.[32]

A participação do país nas exportações mundiais erodiu gradualmente desde 2001.[107] O crescimento real do PIBper capita foi de apenas 2,5% ao ano no período entre 2000 e 2008.[107] Odesemprego é elevado, acima de 10%. Ataxa de pobreza aumentou de 11% em 2004 para 12,3% em 2007.[107] Entre os principais produtos de exportação da Síria, estãopetróleo bruto e refinado,algodão cru, têxteis, frutas e grãos. A maior parte das importações sírias sãomatérias-primas essenciais para a indústria, veículos, equipamentos agrícolas e máquinas pesadas (dados de 2007). Olucro das exportações de petróleo, bem como as remessas de trabalhadores sírios que vivem no exterior, são as fontes mais importantes do governo.[32]

A instabilidade política representa uma ameaça significativa para o desenvolvimento econômico futuro.[108] O investimento estrangeiro é limitado porviolência, restrições do governo, sanções econômicas eisolamento internacional. A economia local também continua a ser prejudicada pelaburocracia estatal, pela queda na produção de petróleo, pelo aumento dos défices orçamentais e pelainflação.[108]

As sanções económicas contra a Síria têm sido impostas desde 2011 pelaUnião Europeia, osEstados Unidos, aLiga Árabe e vários países. Estas incluem umembargo petrolífero, o congelamento dos activos financeiros do Estado e dos números governamentais, e medidas sobre o preço dos alimentos e dos produtos médicos, que têm, portanto, um amplo impacto sobre a população síria.[109]

As sanções estão a ter um impacto na população síria, particularmente no preço dos alimentos básicos e dos produtos médicos. A combinação das medidas dos EUA e da UE, incluindo a proibição das exportações dos EUA, o embargo petrolífero e as sanções financeiras, está a conduzir a um embargo virtual ao país devido às sanções que podem ser impostas às entidades que comercializam ou prestam ajuda humanitária ao país e às complexidades jurídicas envolvidas. O impacto das sanções afecta indirectamente a população síria. O impacto das sanções afecta indirectamente o sector médico.[109][110]

Infraestrutura

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Educação

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Universidade de Damasco

A educação é gratuita eobrigatória a partir dos 6 e 12 anos de idade. O sistema de ensino é composto por 6 anos deescolaridade primária, seguido por um período de treinamento geral ouvocacional de 3 anos e um programaacadêmico ou profissional de 3 anos. É necessário o segundo período de formação acadêmica de 3 anos para admissão nauniversidade. O total de matrículas em escolas pós-secundário é superior a 150 mil. Ataxa de alfabetização de sírios com quinze anos ou mais é de 90,7% para o sexo masculino e de 82,2% para o sexo feminino.[111][112] Desde 1967, todas as escolas, faculdades e universidades têm estado sob estreita supervisão do governo doPartido Baath.[113]

Há seisuniversidades públicas[114] e 15universidades privadas[115] no país. As duas principais universidades públicas são aUniversidade de Damasco (180 mil alunos)[116] e aUniversidade de Alepo. Há também muitos institutos superiores na Síria, como o Instituto Superior de Administração de Empresas, que oferece programas de graduação e pós-graduação em negócios.[117]

De acordo com oWebometrics Ranking of World Universities, as universidades mais conceituadas do país são as de Damasco (3 540.ª posição), de Alepo (7 176.ª) e de Tishreen (7 968.ª).[118]

Saúde

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Centro cirúrgico cardiovascular da Universidade de Alepo

Em 2010, os gastos com saúde representaram 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2008, havia 14,9 médicos e 18,5 enfermeiros por 10 000 habitantes.[119] A expectativa de vida ao nascer era de 75,7 anos em 2010, ou 74,2 anos para homens e 77,3 anos para mulheres.[120]

Em 2017, a taxa de prevalência de obesidade em adultos foi de 27,8 e em 2009 10% das crianças menores de 5 anos eram obesas.[121] Em 2016, a Síria ficou em 35º lugar na lista de países por índice de massa corporal, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde sobre Prevalência de Obesidade, publicados em 2017.[122]

Cerca de 95,7% da população tinha acesso ao saneamento básico e 90,1% da população tinha acesso à água potável em 2015.[121] A poluição da água vem representando uma ameaça à disponibilidade de água potável e saneamento, sendo que na região costeira, os poços utilizados estão contaminados com altas concentrações de nitratos e amônia por causa da descarga de esgoto e uso de fertilizantes, além da intrusão de água do mar nos aquíferos de água doce subterrânea.[123]

Em 2010, 20% das mulheres e 60% dos homens eram fumantes e 98% da população geral é afetada pelotabagismo passivo. O narguile (também conhecido como cachimbo de água) e cigarros são as duas principais formas de consumo de tabaco.[124] Apesar da prevalência do tabagismo na sociedade síria, ainda há um sentimento de vergonha associado ao tabagismo, principalmente no que diz respeito ao odor resultante que produz. Essa falta de aceitação social do tabagismo é relativamente contemporânea e pode ser vista como uma progressão positiva na sociedade síria.[125]

Transportes

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Autoestrada M5, perto deArrastã

A Síria tem quatroaeroportos internacionais (Damasco,Alepo,Latakia eAl-Qamishli), que servem comohubs para aSyrian Arab Airlines e também são servidos por uma variedade de companhias estrangeiras.

A maioria das mercadorias é transportada pelaChemins de Fer Syriens (a companhia ferroviária síria), que vincula-se com aTurkish State Railways (a homóloga turca). Para um país relativamentesubdesenvolvido, ainfraestrutura ferroviária está bem conservada, com muitos serviços expressos e trens modernos.[126]

A rede rodoviária da Síria se estende por 69 873 km, sendo que 1 103 km são devias expressas. O país também tem 900 km de viasnavegáveis, mas economicamente pouco significativas.[127]

Cultura

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Ver artigo principal:Cultura da Síria

Artes populares

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Galeria de arte emDamasco

A Síria conserva atividades artesanais tradicionais, como o trabalho em metal,tafetá e trabalhos em seda. Ainda se pode encontrar em Damasco, Hama e tecedores de seda trabalhando em seus teares de madeira, como faziam seus ancestrais em Ebla tempos atrás. Sopradores de vidro em fornos de cerâmica recordam a seus antepassados que inventaram como colorir o vidro há 3 mil anos. Os artistas ainda desenham heróis épicos quase idênticos aos gravados nas pedras por seus antepassados em3 000 a.C.[carece de fontes?]

Arquitetura

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No terreno arqueológico Síria conta com uma importante história. Entre 661 e 750, Damasco viveu uma idade de ouro com a Dinastia dosOmíadas que determinou a aparição de um grandioso estilo arquitetônico composto, que combinava influências antigas e bizantinas com tradições sírias e mesopotâmicas.[carece de fontes?]

A arquitetura civil atingiu um refinamento inigualado quando os turcos estenderam sua hegemonia sobre Síria noséculo XVI. A decoração predomina na arte da corte otomana, que mistura delicados motivos vegetais com caligrafias sutis.[carece de fontes?]

Festivais

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Durante todo ano se celebram na Síria acontecimentos culturais interessantes. Exposições, leituras e seminários são propostos nas Universidades, museus e centros culturais. A pintura e escultura dos artistas locais são expostas em galerias privadas em todo país. Entre os artistas de renome figura o pintor Fateh Mudarress, Turki Mahmud Beyk, Naim Ismail, Maysoun al-Jazairi, Mahmud Hammad y Abd al-Qader Arnaout entre outros.[carece de fontes?]

A repressão política manteve a produção literária quase morta. Com exceção do autodidata Zakariya Tamir, que viveu em exílio em Londres desde 1978. Sua obra gira em torno da vida diária na cidade, marcada pela frustração e desespero nascidos da opressão social.[carece de fontes?]

Um grande número de festivais musicais ocorre regularmente na Síria. Destaca-se o Festival de Música de Câmara de Palmira. A televisão conta com dois canais, um em árabe e outro inglês e francês. Além de jornais em árabe, existem jornais locais em inglês.[carece de fontes?]

Esportes

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A Síria participa das Olimpíadas regularmente desde 1968 e, antes disso, uma vez em 1948. O país ganhou medalhas olímpicas em três esportes diferentes. Seu primeiro medalhista foiJoseph Atiyeh, um lutador deestilo livre que ganhou a prata nosJogos Olímpicos de 1984. O primeiro vencedor olímpico do país foi o atletaGhada Shu’a, que venceu sete jogos nasOlimpíadas de Atlanta em 1996 disputando noatletismo. O terceiro medalhista olímpico do país é oboxeadorNaser Al Shami, que alcançou o bronze nosJogos Olímpicos de 2004 emAtenas.[128]

Aseleção síria de futebol nunca se classificou à final daCopa do Mundo de Futebol. A Síria participou daCopa da Ásia quatro vezes (1980, 1984, 1988 e 1996). No ranking mundial da FIFA, a seleção masculina de futebol foi classificada como a 80ª melhor seleção no mundo, enquanto a seleção feminina de futebol não recebeu posição pela entidade.[129][130]

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. Inclui asColinas de Golã, invadidas por Israel.

Referências

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Ligações externas

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