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František Kupka | |
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Nascimento | 23 de setembro de 1871 Opočno |
Morte | 24 de junho de 1957 (85 anos) Puteaux |
Sepultamento | Crematório-columbário de Père-Lachaise, Grave of Kupka |
Cidadania | Checoslováquia,Cisleitânia |
Alma mater | |
Ocupação | pintor,designer gráfico,professor universitário,desenhista,ilustrador, artista gráfico,professor, Czechoslovak legionary |
Distinções |
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Empregador(a) | Academia de Belas Artes de Praga |
Obras destacadas | A Catedral, The Archaic, The smokestacks, Amorpha, Fugue in Two Colours, Disks of Newton (Study for Fugue in Two Colors) |
Movimento estético | Orfismo,simbolismo,arte abstrata |
Ideologia política | comunismo |
Assinatura | |
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František Kupka (Opočno,23 de setembro de1871 –Puteaux,24 de junho de1957) foi umpintorcheco. Nascido em Opocno naBoémia oriental, era filho de um escriturário de notário.
A sua vida de artista começa a formar-se aos treze anos, quando trabalhou num atelier de estofagem. Neste atelier, Kupka é influenciado pelos temas doocultismo, através do seu chefe, e desde os 14 anos foi introduzido aoespiritualismo. Ele teve sucessomediúnico emséances de Praga e Viena a ponto de ser remunerado e Kupka pôde pagar aulas de arte em academias dessas duas cidades, reconhecido em seus dotes artísticos.[1] Ele ingressa na Escola de Artes Aplicadas de Jaromer. Mais tarde, entra naAcademia de Belas Artes de Praga, onde se licencia em1892.
Após a licenciatura, Kupka parte paraViena,Áustria, onde estuda naAkademie der Bildenden Küste, e toma contacto comGustav Klimt,Arnold Schönberg eSigmund Freud, aprofundando o seu lado oculto.
Em1896 viaja paraParis, onde se instala definitivamente. ACidade das Luzes irá ter um efeito libertador da influência obscura de Viena. Estuda naAcadémie Julian e naÉcole des Beaux-Arts. Trabalha, nos primeiros anos passados em Paris, em ilustrações para publicações, de conteúdosatírico, comoCocorico eL'Assiette au Beurre, e na elaboração de cartazes.
Inscreveu-se naSorbonne em 1905 para estudar a física doeletromagnetismo e, motivado pelas recentes descobertas de ondas, dohipnotismo deCharcot e o reavivamento de pesquisas do neomesmerismo nofin de siècle, fez experimentos e amalgamou essas teorias em sua arte, junto com suas crenças dobudismo,teosofia e sua prática de médium, que continuou em Paris e ao longo de sua vida. Assim, estudou as aplicações domagnetismo animal para o acesso aoinconsciente na pintura. Chegou a especular sobre uso de habilidadestelepáticas na arte e em propostas do pintor como um médium, tal como escreve em 1910:[1]
"Levando em conta o progresso [...] teríamos motivos para acreditar na possibilidade de novos meios de comunicação, até então desconhecidos, digamos uma comunicação mais direta que pudesse aproveitar o caminho das ondas magnéticas empregadas pelos hipnotizadores [...]. Poderemos esperar a invenção de umraio X capaz de ler a atividade mais sutil, ora invisível ou obscura, tanto do mundo exterior quanto da alma do artista. Seria decidido se o magnetismo pode substituir a pintura. A comunhão seria absoluta, a arte inútil, o universo decifrável à vontade. E o artista seria, no sentido estrito da palavra, um médium."
Também empregou a busca de um estado de consciência superior ("superconsciência") em sua advocacia doanarcocomunismo e de umautopia cósmica, apontando que haveria umprogresso no movimento do tempo baseado emvibrações de ondas das pessoas, que formam "ritmo da história":[1]
"Desde o início dos tempos registrados, a amplitude das oscilações nunca parou de crescer e os milhares de pequenos ritmos locais se fundiram gradualmente em um ritmo mais amplo: as oscilações mais gerais das nações sucedem aos minúsculos movimentos da vida das cidades, então vem a grande oscilação mundial que faz vibrar a terra inteira e seu povo em um único movimento."
Por volta de1906, Kupka dedica-se ao estudo da cor, elaborando pinturas de colorido intenso, e de pinceladas arbitrárias. Influenciado pelos irmãosDuchamp Villon, seus vizinhos no bairro Puteaux, onde residia, Kupka frequenta reuniões dedicadas àsartes plásticas, e à ligação damatemática aocubismo. Kupka inicia, assim, o caminho para aabstracção, através de pinturas comoDiscos de Newton (1911) ouAmorfa (1912). Em1912, Kupka, juntamente comRobert Delaunay,Fernand Léger eFrancis Picabia, faz parte de um grupo de artistas integrados no movimentocubismo órfico.
Durante a1ª Grande Guerra, Kupka alista-se noexército, e chega à posição decapitão. Nos anos seguintes, e com as influências recebidas pela guerra, Kupka inicia o chamadociclo orgânico. A sua primeira exposição individual, em1920, é bem aceite pela crítica, mas fracassa em vendas. Este período é uma fase difícil para Kupka, dado o seu trabalho não ser reconhecido, e retira-se da vida artística.
A década de 30 é uma fase de mudança positiva para Kupka. É convidado para fazer parte daassociaçãoAbstraction-Création, e expõe durante três anos as suas obras. Neste período, a sua obra dedicada aoabstraccionismo geométrico retorna.
Os anos 40 marcam, de novo, uma fase negativa para Kupka, que se vê obrigado a retirar deParis, em1940. A2ª Guerra Mundial leva a que Kupka, dado sercheco se refugie na cidade deBeaugency. Só no pós-guerra é que, finalmente, é reconhecida a obra de Frantisek Kupka. Morre na sua casa dePuteaux em1957.
Cada vez é mais reconhecida a contribuição deste pintor para a definição das primeiras fases do movimento daarte abstracta.