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Fogo sobre Terra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fogo sobre Terra
Informações gerais
FormatoTelenovela
Gêneros
Criado porJanete Clair
Dirigido porWalter Avancini
Vinicius de Moraes
ElencoRegina Duarte
Jardel Filho
Juca de Oliveira
Dina Sfat
Marcos Paulo
Fúlvio Stefanini
Edson França
Sônia Braga
Herval Rossano
Tema de abertura"Fogo sobre Terra",Coral Som Livre
País de origem Brasil
Idioma originalportuguês
Episódios209
Produção
Duração50 minutos
Formato
Formato de imagemPreto e branco
Exibição original
EmissoraTV Globo
Transmissão8 de maio de 1974 – 4 de janeiro de 1975
Cronologia

Fogo sobre Terra é umatelenovela brasileira produzida e exibida pelaTV Globo entre 8 de maio de 1974 e 4 de janeiro de 1975, às 20 horas, substituindoO Semideus e sendo substituída porEscalada.[1] Foi a14ª "novela das oito" exibida pela emissora.

Escrita porJanete Clair e dirigida porWalter Avancini e pelo poetaVinicius de Moraes, contou com 209 capítulos. Foi produzida empreto-e-branco e teve supervisão deDaniel Filho.

TeveJuca de Oliveira,Regina Duarte,Dina Sfat,Jardel Filho,Neuza Amaral.Jayme Barcellos eFúlvio Stefanini nos papéis principais.

Enredo

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No final dosanos 1950, dois irmãos separados na infância se reencontram na condição de rivais ao decidir o destino de uma cidade e disputar o amor da mesma mulher. Pedro (Juca de Oliveira) e Diogo (Jardel Filho), filhos de fazendeiros deMato Grosso, foram separados aos três anos de idade após perderem os pais em um desastre de avião. Pedro foi criado pela tia Nara, em Divineia, cidade fictícia localizada nosertão de Mato Grosso, enquanto Diogo foi levado para oRio de Janeiro e criado pelo engenheiro Heitor Gonzaga, ex-amante de Nara.

No Rio, Diogo frequentou as melhores escolas e desenvolveu um temperamento prático que o levou a se formar em engenharia e a se transformar em um profissional muito bem-sucedido, contratado da empresa de Heitor Gonzaga, de quem adotou o sobrenome e a quem trata como pai. Foi casado e teve uma filha, mas carrega na consciência a culpa pela morte da ex-mulher, que cometeu suicídio logo após a separação.

Em Divineia, Pedro Azulão foi educado pelo beato Juliano (Ênio Santos) – piloto do avião em que seus pais morreram – e aprendeu desde cedo a tomar conta dos negócios do pai, firmando-se como o boiadeiro dono da maioria das terras de sua região. Valente, de temperamento explosivo e respeitado como uma autoridade pelos moradores, ele demonstra o amor que tem pela cidade, batizada com o nome da sua mãe, vigiando com austeridade os forasteiros e viajantes que por acaso atravessam o seu território.

Representando essas duas realidades – a modernidade e a tradição, o urbano e o rural –, os dois irmãos se reencontram 30 anos mais tarde, quando a empresa de Heitor Gonzaga envia Diogo a Mato Grosso para chefiar a construção de umarepresa no local ocupado por Divineia. Situada às margens do rio Jurapori, a cidade deveria ser inundada pelas águas do rio. Os seus habitantes seriam, então, realocados em outra cidade, a ser construída quilômetros adiante, onde poderiam usufruir dos benefícios da irrigação do solo proporcionados pelabarragem. Pedro Azulão, entretanto, não quer pagar o preço de ver sua cidade desaparecer em prol de um progresso no qual não acredita e estimula a população a se insurgir contra a obra.

Enquanto tenta convencer Pedro de que está propondo o melhor para a cidade, Diogo conhece e se apaixona por Chica Martins (Dina Sfat), namorada de infância do irmão. A mulher, que passa a ser o objeto da disputa dos dois irmãos, cresceu sonhando em ser rica e morar na cidade grande e, por isso, odeia tudo o que a lembre da sua origem humilde. Ela odeia até o próprio nome, a ponto de dizer que se chama “Débora” ao ser apresentada a desconhecidos. No passado, ela chegou a abandonar Pedro Azulão para fugir com um fazendeiro que passava pela cidade, mas se arrependeu e voltou. No início, seu interesse por Diogo reside essencialmente na perspectiva de deixar Divineia para viver na cidade grande, mas depois ela se apaixona pelo engenheiro.

Acompanhando Diogo, também chega a Divineia a jovem Bárbara (Regina Duarte). Ela é a filha que Heitor Gonzaga (Jayme Barcellos) teve com Nara (Neuza Amaral), quando esta tinha 16 anos. Foi levada ainda criança para a cidade grande e criada pelo pai, que nunca lhe contou a verdade a respeito da identidade da mãe. Seu maior drama são as frequentes crises nervosas que lhe provocam cegueira psicológica, uma consequência do trauma de ter sido afastada da mãe. Em Divineia, ela se aproxima de Pedro e de Nara e, a partir do relacionamento com os dois, consegue superar seu problema. Nara vai gradualmente ocupando o seu lugar no coração da filha, até que lhe revela a verdade. E Pedro se apaixona pela moça, que termina sendo a razão pela qual ele abandona o conflito com o irmão.

No decorrer da trama, enquanto os engenheiros dão início aos preparativos para a demolição da cidade, Pedro Azulão tenta tudo o que pode para impedir que o irmão leve a cabo seu empenho. Por causa disso, acaba temporariamente preso. Quando é libertado, ele se convence de que é inútil resistir e decide se trancar em casa e se deixar levar pelas águas, como forma de protesto. Mas Bárbara revela que está esperando um filho dele e lhe pede para pensar na felicidade da criança. Emocionado, Pedro abandona a cidade. No capítulo final, o progresso triunfa, e Divineia é submersa pelas águas do rio Jurapori. Nara, que insiste em permanecer na cidade, morre durante a inundação.

Produção

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A trama teve título provisório de "A Cidade Vazia".[2]

Fogo sobre Terra é uma das novelas que mais sofreu censura e intervenção por parte da ditadura militar. Escrita em 1973, a trama foi liberada para exibição apenas no ano seguinte[3]. Lançada na época em que o governo planejava a construção daUsina Hidrelétrica de Itaipu, os censores temiam que a novela gerasse uma revolta popular contra a construção da usina. Para isso, exigiram que a autora não matasse o protagonista Pedro Azulão (previsto para morrer afogado no último capítulo) para que ele não se tornasse um mártir anti-Itaipu[3]. Além disso, o protagonista da trama foi visto com maus olhos pelos censores, pois ele representava uma espécie de líder revolucionário. Como na época os militares temiam alguma revolta popular, o personagem Pedro Azulão que era um líder comunitário foi visto como mau exemplo. Em retaliação a isso, a censura ordenou mudanças no comportamento do personagem, fazendo a autora Janete Clair reescrever várias cenas, além de argumentar com o governo para que as cenas fossem liberadas para exibição[3].

Exibição

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Outras mídias

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Foi disponibilizada na plataforma destreamingGloboplay em 27 de maio de 2024, através do projetoFragmentos, que visa resgatar obras com poucos capítulos preservados. Foram postados os capítulos 1, 2, 104, 105, 208 e 209.[4][5]

Recepção

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O crítico Valério Almeida avaliando o primeiro mês da telenovela, elogiou a trama por ser "mais bem elaborada e menos fantasiosa queO Semideus" destacando a direção e a participação deDina Sfat.[6][7]

Elenco

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Ator / AtrizPersonagem
Juca de OliveiraPedro Fonseca (Pedro Azulão)
Dina SfatFrancisca Peixoto Martins (Chica Martins)
Regina DuarteBárbara Gonzaga
Jardel FilhoDiogo
Neuza AmaralNara
Jaime BarcelosDr. Heitor Gonzaga
Fúlvio StefaniniGustavo de Almeida
Édson FrançaNilo Gato
Marcos PauloAndré
Sônia BragaBrisa
Herval RossanoArthur Braga
Gessy FonsecaCeleste
Gilberto MartinhoZé Martins (José Martins)
Aracy CardosoDra. Lisa
Ida GomesFrida
Dary ReisTonho (Antônio)
Léa GarciaTiana
Darcy de SouzaIvone
Germano FilhoQuebra-Galho
Tamara TaxmanJamile
Isaac BardavidSalin
Tony FerreiraDelegado de polícia Amaro
Lícia MagnaIsabel
Ênio SantosJuliano
Françoise FortonEstrada de ferro
Maria Zilda BethlemMaria Fumaça
Roberto BonfimSaul
Mary DanielDona Hilda Maria
Jorge CherquesCoronel João Aires de Brito
Edson Silva (ator)Kalin
Ada ChaseliovMaria Paula
Monique LafondJudi
Hélio AryCustódio
Lourdinha BittencourtSueli
Rosana GarciaVivi
Ricardo garcia costaÔnibus
José MiziaraAmadeu
Dartagnan MelloBicho Brabo
Regina linharesMimi
CarapanãTamaê

Música

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Trilha sonora nacional

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  • "As Cores de Abril" -Toquinho eVinícius (tema de Bárbara)
  • "A Sanha do Lavrador" -Ruy Maurity (tema de Diogo)
  • "Uma Rosa Em Minha Mão" -Marília Barbosa (tema de Brisa e Chica)
  • "Calmaria e Vendaval" -Djavan (tema de Pedro Azulão e Chica)
  • "Pele de Couro" - Ruy Maurity (tema de André)
  • "Fogo Sobre Terra" - Coral Som Livre (tema de abertura)
  • "Com Licença, Moço" -Ruy Maurity (tema de Pedro Azulão)
  • "Divineia" - Eustaquio Sena (tema de locação: Divinéia)
  • "Planta Baixa" -Betinho (tema de Chica)
  • "Ai Quem Dera" - Instrumental (tema de Nara)
  • "Passarinhada" - Ruy Maurity (tema de Pedro Azulão, Diogo, Chica e Bárbara)
  • "Fogo Sobre Terra" -MPB-4 &Quarteto Em Cy (tema de encerramento)

Trilha sonora internacional

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  • "La Chanson Pour Anna" - Free Sound Orchestra (tema de Bárbara)
  • "It's All In The Game" - Tyrone Davis
  • "Machine Gun" -The Commodores (tema de locação)
  • "Seasons In The Sun" -Terry Jacks (tema de Brisa e André)
  • "Sleepin' " -Diana Ross
  • "Tic Tac" - Alarm Clock
  • "I Won't Be Following You" -B. J. Thomas
  • "Don't Be Down" -Papi (tema de Chica e Diogo)
  • "Rhapsody In White" -Barry White
  • "Can We Love Forever" -The Whispers
  • "Son Of Sagittarius" - Eddie Kendricks
  • "Bite You" -Bo Diddley
  • "I'll Love You Tenderly" - King Lou (tema de Bárbara e Pedro Azulão)
  • "Black & Roll" - Max B.

Remake cancelado

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Em 2005, o autorRicardo Linhares enviou a Globo uma sinopse deFogo Sobre Terra com uma história mais ampliada, mas o projeto foi engavetado por motivos desconhecidos, além de não ser revelado em qual faixa ela seria exibida.[8]

Referências

  1. «Fogo sobre terra». Teledramaturgia. Consultado em 15 de dezembro de 2015 
  2. «Novela Fogo sobre Terra». R7. 24 de agosto de 2015. Consultado em 11 de agosto de 2019 
  3. abcJames Cimino (20 de janeiro de 2013).«Censura impediu morte de herói de "Fogo Sobre Terra" para que ele não virasse mártir anti-Itaipu». UOL Televisão. Consultado em 11 de agosto de 2019 
  4. «Lançamentos de maio no Globoplay».Globo Imprensa. 30 de abril de 2024. Consultado em 30 de abril de 2024 
  5. «Globoplay disponibiliza 6 capítulos de novela com Regina Duarte detonada pela ditadura».Natelinha. 29 de maio de 2024. Consultado em 29 de maio de 2024 
  6. Almeida, Valério (23 de maio de 1974).«Fogo Sobre Terra - |».Jornal do Brasil.Televisão: 2. Consultado em 18 de julho de 2024 
  7. Almeida, Valério (29 de maio de 1974).«Fogo Sobre Terra - |||».Jornal do Brasil.Televisão: 3. Consultado em 18 de julho de 2024 
  8. Secco, Duh (4 de janeiro de 2021).«Dois remakes da Globo demoraram para sair do papel; outro foi para a gaveta».TV História – De A a Z, tudo sobre TV. Consultado em 28 de maio de 2024 

Ligações externas

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Década de 1960
Década de 1970
Década de 1980
Remakes
Regravações realizadas por redes de televisão do exterior
Década de 1970
Década de 1980
Década de 1990
Década de 2000
Década de 1960
Década de 1970
Década de 1980
Década de 1990
Década de 2000
Década de 2010
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