Diu nos princípios doséculo XVI (Braun et Hogenberg, 1582)Cidade de Diu (gravura inglesa, 1729)Planta de Diu (Didot, "Histoire Générale des Voyages", 1750)
O território de Diu possui uma área de 40 km² e situa-se na península indiana deGuzerate e é composto pelailha de Diu (separada da península pelo estreitorio Chassis e que mais propriamente pode ser considerado um braço de mar) e pelos pequenos enclaves continentais deGogolá eSimbor.[2][3]
Diu era uma cidade de grande movimento comercial quando os portugueses chegaram àÍndia. Em 1513, tentaram os portugueses estabelecer ali umafeitoria, mas as negociações não tiveram êxito. Em 1531 a tentativa de conquista levada a efeito por D.Nuno da Cunha também não foi bem sucedida. No entanto, Diu veio a ser oferecida aos portugueses em1535 como recompensa pela ajuda militar que estes deram ao sultãoBahadur Xá de Guzerate, contra oGrão-Mogol deDeli.[4] Assim, cobiçada desde os tempos deTristão da Cunha e deAfonso de Albuquerque, e depois das tentativas fracassadas deDiogo Lopes de Sequeira, em 1521, de Nuno da Cunha em1523, Diu foi oferecida aos portugueses, que logo transformaram a velhafortaleza emcastelo português.
Arrependido da sua generosidade, Bahadur Xá pretendeu reaver Diu, mas foi vencido e morto pelos portugueses, seguindo-se um período de guerra entre estes e a gente do Guzerate que, em 1538, veio pôr cerco a Diu.Coja Sofar, senhor daCambaia, aliado aos turcos deSulimão Paxá, tendo-se, então, deparado com a heroica resistência deAntónio Silveira. Um segundo cerco será depois imposto a Diu, pelo mesmo Coja Sofar, em 1546, saindo vencedores os portugueses, comandados em terra porD. João de Mascarenhas e, no mar, porD. João de Castro. Pereceram nesta luta o próprio Coja Sofar e D. Fernando de Castro (filho do vice-rei português).[5][6][7][4]
Depois deste segundo cerco, Diu foi de tal modo fortificada que pôde resistir, mais tarde, aos ataques dos árabes deMascate e dosholandeses (nos finais doséculo XVII). A partir doséculo XVIII, declinou a importância estratégica de Diu, que veio a ficar reduzida a museu ou marco histórico da sua grandeza comercial e estratégica de antigo baluarte nas lutas entre as forças islâmicas do Oriente e as cristãs do Ocidente.[4]
Diu permaneceu na posse dos portugueses desde 1535 até 1961, vindo a cair na posse das tropas daUnião Indiana, que invadiram todo o antigo Estado Português da Índia, no tempo deNehru.[1]
Estes doisarquipélagos, localizados noAtlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início doséculo XV e fizeram parte do Império Português até 1832, quando se tornaramprovíncias de Portugal. A partir de então passaram a ser consideradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadasIlhas Adjacentes) e não como colónias. Hoje sãoregiões autónomas de Portugal.