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Demografia do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Demografia do Brasil é um domínio de estudos e conhecimentos sobre as característicasdemográficas da população noterritório brasileiro. OBrasil possuía 203 080 756habitantes em 1 de agosto de 2022, segundo ocenso demográfico do Brasil de 2022, realizado peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacando-se naquele ano, como asétima nação mais populosa doplaneta.[1]

Os indicadores demográficos e as características da população no Brasil são verificadas diretamente por meio deoperações censitárias realizadas pela primeira vez em 1872 e, desde sua criação em 1936, a cada dez anos pelo IBGE. Nocenso demográfico brasileiro, a população é contada em todo oterritório do Brasil e os resultados são usados pelogoverno no desenvolvimento depolíticas públicas.[2][3]

Índices demográficos

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Distribuição e densidade demográficas

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Ver artigo principal:Povoamento brasileiro
Densidade demográfica brasileira pormunicípio.
Densidade populacional dos estados do Brasil.

A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente das regiõesSudeste eNordeste. Outro núcleo importante é aregião Sul. As regiões menos povoadas são asCentro-Oeste eNorte.

O Brasil apresenta uma baixadensidade demográfica — apenas 23,8 habitantes por quilômetro quadrado[4], inferior à média dospaíses do mundo (60 habitantes/km2), menor que a dos EUA (35 habitantes/km2) e bem menor que a de países intensamente povoados, como oJapão (330 habitantes por quilômetro quadrado).

População das regiões do Brasil
RegiãoEstadosMunicípiosPopulação (2022)[5]%
Norte Acre
 Amapá
 Amazonas
Pará Pará
 Rondônia
 Roraima
 Tocantins
45017 354 8848%&0000000000000009.0000009%
Nordeste Alagoas
Bahia Bahia
 Ceará
 Maranhão
 Paraíba
 Pernambuco
 Piauí
 Rio Grande do Norte
 Sergipe
1 79354 658 51527%&0000000000000027.00000027%
Centro-Oeste Distrito Federal
 Goiás
 Mato Grosso
 Mato Grosso do Sul
46716 289 5388%&0000000000000008.0000008%
Sudeste Espírito Santo
 Minas Gerais
 Rio de Janeiro
 São Paulo
1 66884 840 11342%&0000000000000042.00000042%
Sul Paraná
 Santa Catarina
 Rio Grande do Sul
1 19129 937 70614%&0000000000000015.00000015%
Brasil26 e um distrito federal5 570203 080 756

Crescimento natural

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Crescimento populacional
CensoPop.
18729 930 478
189014 333 91544,3%
190017 438 43421,7%
192030 635 60575,7%
194041 236 31534,6%
195051 944 39726,0%
196070 992 34336,7%
197094 508 58333,1%
1980121 150 57328,2%
1991146 917 45921,3%
2000169 590 69315,4%
2010190 755 79912,5%
2022203 080 7566,5%
Fonte(s):[6]
Crescimento das capitais brasileiras.

O crescimento anual da população brasileira, em 2021, foi de 0,52% ao ano[4]. A população de um país aumenta em função da combinação docrescimento natural (endógeno) e do saldo migratório. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações internacionais para a variação populacional. A estimativa para 2022[7] é de umataxa bruta de natalidade de 12,8‰ — ou seja, 12,8 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 9,1‰ — ou seja 9,1 mortes por mil pessoas ao ano.

Ao longo das últimas quatro décadas, ocrescimento demográfico do Brasil tem desacelerado rapidamente. Em 1980, o recenseamento indicava 121 150 573 habitantes; em 1991, 146 917 459 habitantes; em 2000, 169 590 693; em 2010, 190 755 799 habitantes; e em 2022, 203 080 756 habitantes. Em 50 anos, a população brasileira dobrou em relação aos 95 milhões de habitantes do início da década de 1970. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2020, o grupo de 0 a 14 anos representava 20% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram 10%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. Segundo a Projeção da População do IBGE publicada em 2024, o número de brasileiros vai começar a declinar a partir de 2041. A população brasileira será de aproximadamente 220 milhões e meio em 2041 e irá diminuir até alcançar aproximadamente 199 milhões em 2070.[8]

As razões para uma diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com aurbanização eindustrialização e com incentivos à redução da natalidade (como a disseminação de anticoncepcionais). Embora ataxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde adécada de 1940, a queda nataxa de natalidade foi ainda maior.

Taxa de natalidade

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Ataxa de natalidade noBrasil é estimada em 12,8‰ — ou seja, 12,8 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano[7]. Essa taxa já foi mais elevada, acima de 40‰ nos anos 1950, em patamar similar a de outrospaíses subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nas últimas décadas, que pode ser explicada pelo aumento da população urbana — já que anatalidade é bem menor nas cidades, em consequência da progressiva integração da mulher nomercado de trabalho — e da difusão docontrole de natalidade. Além disso, o custo social da manutenção eeducação dos filhos é bastante elevado, sobretudo no entorno urbano.

Taxa de mortalidade

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Esta seçãonão citafontes confiáveis. Ajude ainserir referências. Conteúdo nãoverificável pode ser removido.—Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)(Março de 2024)

OBrasil apresentou uma taxa demortalidade de 7,5‰ — ou seja 7,5 mortes por mil pessoas ao ano em 2022.

Essa taxa era maior que 16‰ nos anos 1950. Desde então, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma progressiva popularização de medidas dehigiene, principalmente após aSegunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimentomédico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas devacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimentohospitalar.

A taxa de mortalidade alcançou seu mínimo nos anos 2000 quando era aproximadamente 6‰. O aumento observado a partir de 2010 ocorre pelos efeitos do envelhecimento da população e dapandemia de COVID-19 no Brasil que causa um aumento no número absoluto e relativo de óbitos.

Taxa de mortalidade infantil

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OBrasil apresenta uma taxa demortalidade infantil de 13,31 mortes em cada mil nascimentos[9](estimativa para 2022). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. ONorte e oNordeste têm os maiores índices demortalidade infantil, que diminuem naregião Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada sobretudo por fatores endógenos. Já a populaçãobrasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia.

Taxa de fecundidade

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Mapa dasunidades federativas brasileiras por taxa de fecundidade.
  até 2,10 filhos por mulher
  + 2,10 filhos por mulher (taxa de reposição populacional)
  + 2,55 filhos por mulher (média mundial)

Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[10], ataxa média de fecundidade no Brasil era de 1,57 filho por mulher em 2023, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva. Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etniabranca e elevando-se entre aspardas. Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.

Há também variações regionais: as taxas são menores noSudeste (1,48 filho por mulher), noSul (1,56 filho por mulher) e noNordeste (1,56 filho por mulher). As regiõesRegião Norte (1,83 filho por mulher) eCentro-Oeste 1,71 filho por mulher, apresentam as maiores taxas de fecundidade do país, ainda assim abaixo da média mundial.

Expectativa de vida

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NoBrasil, aexpectativa de vida está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres,[9] conforme estimativas para2010. Dessa forma, esse país se distancia das nações menos desenvolvidas, em que essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia,Guiné,Níger), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos (Noruega,Suécia).

Composição da população

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Composição por sexo

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Pirâmide etária em 2022

A razão de sexo no país é de 94,2 homens para cada grupo de 100 mulheres,[9] conforme estimativas do Censo Demográfico de 2022.

Até os 23 anos de idade[11], há um leve excesso de homens na população, após essa faixa etária a proporção se inverte levemente com excesso de mulheres. Esse fato pode ser explicado por um número maior de mortes entre os homens durante a juventude devido a causas externas, como homicídios e acidentes de trânsito. Essa disparidade cresce ainda mais, em decorrência de outras razões, como o fato de mulheres serem menos atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte após os 40 anos.

O número de mulheres, na população rural brasileira, pode-se dizer que noNordeste, por ser uma região de repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já nas regiõesNorte eCentro-Oeste predomina a população masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como oextrativismo vegetal, apecuária e, sobretudo, amineração.

Um relativo equilíbrio entre os sexos, entretanto, só se estabeleceu a partir dosanos 1940 — pois até adécada de 1930 o país apresentava nítido predomínio da população masculina, devido principalmente à influência da imigração — e, ainda que nascessem mais meninos que meninas, a maiormortalidade infantil masculinas (até a faixa de 5 anos de idade) fez com que se estabelecesse o equilíbrio.

Composição por faixa etária

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O Brasil passa por um rápido processo detransição demográfica com envelhecimento da população e aumento da idade média. A queda na taxa de natalidade e número de nascimentos por ano situam o Brasil na passagem da fase 3 para fase 4 dessa transição, com um pequeno acréscimo de 910 mil pessoas em 2021. Foram registrados 2,89 milhões de nascimentos em 2018 e 2019, mas somente 2,68 milhões em 2020 e 2021 e 2,54 milhões em 2022. Já o registro civil de óbitos foi de 1,29 milhão em 2018, 1,33 milhão em 2019, aumentando para 1,52 milhão em 2020 e 1,78 milhão em 2021 recuando depois para 1,52 milhão em 2022. Esse aumento da mortalidade ocorre pelos efeitos dapandemia de COVID-19 no Brasil e pelo envelhecimento da população que causa um aumento no número absoluto de óbitos.[carece de fontes?]

O número absoluto e proporcional de crianças e jovens está em queda. As crianças (0 a 14 anos) atingiram 53 milhões em 1994 e são aproximadamente 43 milhões em 2022.[7] Os jovens (15 a 24 anos) atingiram 36 milhões em 2005 e são aproximadamente 28 milhões em 2022.

O número de adultos (25 a 64 anos) ainda está em crescimento, porém lento, totalizando aproximadamente 118 milhões de pessoas.[12] O número de idosos (acima de 65 anos) é de aproximadamente 22 milhões e sua proporção na população cresce rapidamente.

As proporções dos diferentes grupos etários da população brasileira estão convergindo rapidamente às observadas nos países de altoíndice de desenvolvimento humano (IDH). Nos países de alto IDH, anatalidade é baixa e aexpectativa de vida bastante alta, o que explica o grande número de idosos na população total. No Brasil, a progressiva redução das taxas denatalidade verificada nas últimas três décadas, causou a redução no número de crianças e jovens na população.[carece de fontes?]

PaísCrianças (de 0 a 14 anos)Jovens (de 15 a 24 anos)Adultos (de 25 a 64 anos)Idosos (a partir de 65 anos)
 Brasil20,0%11,7%60,1%3,2%
 Reino Unido17,1%11,8%52,3%18,8%
 México24,3%17,0%50,8%7,9%
 Nigéria41,0%20,6%35,3%3,1%
Fonte: US Census Bureau 2022.


Composição por religião professada

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Religiões no Brasil(censo de 2010)[13]

  Catolicismo romano (64.6%)
  Protestantismo (22.2%)
  Sem religião (8%)
  Espiritismo (2%)
  Outro (3.2%)
Ver artigos principais:Religiões no Brasil,Lista dos principais grupos religiosos do Brasil, eAscensão das igrejas evangélicas na América Latina

O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre asreligiões. Segundo o Censo de 2010, a população brasileira é majoritariamente cristã (86,8%), sendo sua maior partecatólica. Em uma população recenseada de 190 755 799 habitantes, 123 280 172 (64,6%) declararam-se católicos e 42 275 440 (22,2) declararam-se evangélicos.[14] Herança dacolonização portuguesa, ocatolicismo foi areligião oficial do Estado até aConstituição Republicana de 1891, que instituiu oEstado laico. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas sãoprotestantes:pentecostais,episcopais,metodistas,luteranas ebatistas. Ainda segundo o Censo de 2010, naquele ano 3 848 876 (2%) declararam-seespíritas.[14] Existem também seguidores daIgreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria dejudeus,muçulmanos,budistas,neopagãos[15] e seguidores docandomblé e daumbanda, que segundo o Censo de 2010, eram 588 797 (0,3%). 15 335 510 (8%) declararam-sesem religião.[14]

AConstituição prevê aliberdade de religião e aIgreja e oEstado estão oficialmenteseparados, sendo o Brasil umEstado oficialmente laico,[16] embora muitos grupos tenham reivindicados direitos sociais no Brasil alegando que eles ainda não existem por questões religiosas.[nota 1] A legislação brasileira proíbe qualquer tipo deintolerância religiosa, no entanto, aIgreja Católica goza de um estatuto privilegiado[20] e, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial.[21]

Em dados de 2002, havia um grande aumento deigrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto daIgreja Católica quanto dasreligiões afro-brasileiras.[22] Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no últimocenso realizado.[23]

Em um estudo de 2020, estima-se que 70,57% da população era católica, 15,12% protestante, 12,23% independente, 0,12% ortodoxa (oriental ou oriental) e 0,09% cristã não filiada. Os espíritas foram a segunda maior religião praticada entre a população brasileira, com 4,83%. Outras religiões, incluindo a fé bahá'í, o budismo, as religiões populares chinesas, as religiões afro-brasileiras, o hinduísmo, o judaísmo, o islamismo e os novos movimentos religiosos, compuseram 1,37% da população no mesmo estudo.[24] De acordo com oAnnuario Pontificio de 2025 da Santa Sé, a Igreja Católica Brasileira continuou a crescer. Ela consistia em 182 milhões de uma estimativa de 212 milhões de residentes, ou 86% da população.[25] Isso contrastava com pesquisas que sugeriam que o protestantismo (especialmente o protestantismo evangélico) estava superando o catolicismo. A ascensão do evangelicalismo começou devido à colaboração daAgência Central de Inteligência com governos de direita e extrema direita na América Latina, buscando desestabilizar movimentos de esquerda e o catolicismo. Isso foi feito para que os Estados Unidos mantivessem a hegemonia sobre a religião e a política dos latino-americanos.[26][27]

Composição por idioma falado

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Ver artigos principais:Língua portuguesa,Português brasileiro,Línguas do Brasil, eLínguas indígenas do Brasil

Oportuguês é a língua oficial e é falado pela população. Oinglês é parte do currículo das escolas públicas e particulares, e o espanhol passou a fazer parte do currículo escolar nos últimos anos; o inglês é entendido e usado por poucas pessoas, especialmente nos centros comerciais e financeiros.

Cerca de 180 idiomas e dialetos dos povosindígenas são falados nas tribos, embora esse número esteja em declínio.

O português é a língua materna de 98% dos brasileiros, embora haja um expressivo número de falantes de línguas imigrantes, principalmente oalemão, falado em zonas rurais do Brasil meridional, sendo o dialetohunsrückisch o mais usado por cerca de 1,5 milhão de pessoas. Oitaliano é bem difundido por alguns descendentes de imigrantes que ainda não adotaram o português como língua materna em zonas vinícolas doRio Grande do Sul, sendo o dialetotalian o mais usado. Outra língua falada por minorias é ojaponês, entre outros idiomas imigrantes.

Composição étnico-racial

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Ver artigos principais:Composição étnica do Brasil,Brasileiros,Brasileiros brancos,Brasileiros pardos,Brasileiros pretos,Brasileiros asiáticos, ePovos indígenas do Brasil
Ver também:Racismo no Brasil



Grupos étnicos no Brasil(censo de 2022)[28][29]

  Pardos (45.34%)
  Brancos (43.46%)
  Pretos (10.17%)
  Indígenas (0.6%)
  Amarelos (0.42%)
Criança brasileira parda afrodescendente.

A população atual do Brasil é muito diversa, tendo participado de sua formação diversos povos eetnias. Atualmente, oIBGE utiliza para fins censitários 5 categorias no Brasil, baseado na raça e cor da pele:branco,indígenas,preto,pardo eamarelo. De forma geral, a população brasileira foi formada por cinco grandes ondasmigratórias:

Acredita-se que ocontinente americano foi povoado por três ondas migratórias vindas do Norte da Ásia. Osindígenas brasileiros são, provavelmente, descendentes da primeira leva de migrantes, que chegou à região por volta de 9000 a.C. Os principais grupos indígenas, de acordo com sua origem linguística, eram os de línguasmacro-tupis,macro-jês,aruaques (ou maipurés) ecaraíbas (ou caribes). A população indígena original do Brasil (entre 3-5 milhões) foi em grande parte exterminada ou assimilada pela população portuguesa. Osmamelucos (oucaboclos,mestiços debranco comíndio) se multiplicavam às centenas pela colônia.

Um outro elemento formador do povo brasileiro chegou na forma deescravo. Osafricanos começaram a ser trazidos para a colônia nadécada de 1530, para suprir a falta de mão de obra. Inicialmente, chegaram escravos deGuiné. A partir do século XVIII, a maior parte dos cativos era trazida deAngola e, em menor medida, deMoçambique. NaBahia, os escravos eram majoritariamente oriundos doGolfo de Benim (atualNigéria). Até o fim do tráfico negreiro, em 1850, entre três e cinco milhões de africanos foram trazidos ao Brasil[30] — 37% de todo o tráfico negreiro efetuado entre a África e aAmérica.

Aimigração europeia no Brasil iniciou-se noséculo XVI, sendo dominada pelosportugueses.Neerlandeses (a partir dasinvasões holandesas do Brasil) efranceses (a partir daFrança Antártica) também tentaram colonizar o Brasil noséculo XVII, mas sua presença durou apenas algumas décadas. Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte vieram 600 mil, em uma média anual de dez mil colonos. A primeira região a ser colonizada pelos portugueses foi oNordeste. Pouco mais tarde, os colonos passaram a colonizar o litoral doSudeste. Ointerior do Brasil só foi colonizado noséculo XVIII. Os portugueses foram o únicogrupo étnico a se espalhar por todo o Brasil, principalmente graças à ação dosbandeirantes ao desbravarem o interior do país no século XVIII.

Antes da grande corrente migratória europeia que chegou ao Brasil no fim doséculo XIX, o país tinha uma população majoritariamenteparda, segundo vários autores:

Se nos indagarmos aqui [sobre] a população do Brasil em 1822, aglomerada no litoral, nas cidades, vilas, engenhos e fazendas, e aquela que se encaminhava para os sertões, verificaremos que essa população não excede 4 500 000 habitantes, dos quais oitocentos mil índios bravios, 2 288 743 pessoas livres e 1 107 300 escravos, adstritos ao trabalho da terra. Dois terços dessas pessoas livres erammamelucos,caribocas oucafuzos, mestiços de índios, de negros e portugueses.[31][32]

Geografia urbana

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Concentração urbana deSão Paulo a partir daEstação Espacial Internacional.

A populaçãourbana brasileira é maior que arural, mas nem sempre foi assim. Em 1950, por exemplo, a população urbana era muito menor que a rural. O censo de 2010 apontou que a população urbana correspondia a 84,4% da população total e a rural era de 15,6%.[33] , já o censo de 2022 constatou que 87,41% dos Brasileiros viviam em áreas urbanas, enquanto a população rural correspondia a 12,59%[34] Pelo censo de 2010, a distribuição conforme o local do domicílio era 160 contra 30 milhões de habitantes, aproximadamente.[33] Proporcionalmente também a predominância urbana tem aumentado, bastando contrapor os 84,36% de habitantes com domicílio na zona urbana em 2010 e os 67,70% em 1980.[33]

O processo daurbanização foi acompanhado daindustrialização,mecanização agrícola e concentração fundiária, ao substituir o modelo agrário-exportador pelo urbano-industrial.[35][36] Ocorrido essencialmente pela via do chamadoêxodo rural brasileiro, o processo é avaliado como rápido e desordenado e acarretou os problemas urbanos dafavelização, daviolência urbana, dapoluição e dasinundações.[36] A despeito da predominância urbana obtida no século XX, 90% dos municípios brasileiros possuem menos de cinco mil habitantes, o que leva a consideraçõessociológicas sobre a ruralidade dasrelações sociais dessa parte da população.[37]

Espacialmente as cidades se concentram nolitoral como resultado dacolonização de exploração.[38] A fundação deBrasília como capital contribuiu para a interiorização da população, como também outras capitais planejadas comoTeresina eBelo Horizonte.[38] Assim, destacam-se eixos de intensa concentração urbana como ovale do Paraíba do Sul,[38] simbolizando a conexão entre os dois principais núcleos de umamegalópole Rio–São Paulo; mas também aZona da Mata, onde estão seis das nove capitais nordestinas,[39][40][41] e o recenteEixo Goiânia–Anápolis–Brasília, longe da costa atlântica.[42][43][44]

Hierarquia e rede urbana

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Ver artigos principais:Hierarquia urbana do Brasil eHierarquia da gestão pública no Brasil

Ahierarquia urbana trata das influências que ascidades exercem sobre uma determinadaregião,território oupaís(es). São inúmeras as atividades desenvolvidas nas cidades, tanto nosetor secundário (indústria) como noterciário (comércio eserviços), e até mesmo noprimário (agropecuária). Essas atividades, dependendo de sua qualidade e diversificação, podem atender não só àpopulação urbana, mas a todo omunicípio, incluindo azona rural e a população de vários municípios ou de outrosestados. Assim, uma cidade pequena pode não ter um comércio ou serviço desaúde suficiente para sua população, que é atendida em outra cidade maior, mais bem equipada, que lhe ofereça serviços de melhor qualidade.

Os equipamentos de uma cidade (escolas,universidades,postos de saúde,hospitais,sistema de transporte,cinemas,teatros, entre outros), o parque industrial, os serviços, o setor financeiro determinam a sua área de influência, ou seja, a região por esta polarizada. Assim, é possível construir um sistema hierarquizado, no qual as cidades menores encontram-se subordinadas às maiores.

Sistema de hierarquização urbana, no qual várias cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espaço. Em cada nível, as maiores polarizam as menores. OIBGE classifica arede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importância das cidades.[45][46] As categorias de cidades são:

Metrópoles

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A partir dos principais centros urbanos do Brasil, foram identificadasredes urbanas associadas às metrópoles, denominadas "redes de influência".[46] Com base nesse estudo, as metrópoles brasileiras foram subdivididas em três níveis:     grande metrópole nacional,     metrópoles nacionais e     metrópoles.[46]

Rede urbanaUnidades federativas abrangidasPopulação (2018)
São Paulo São Paulo / Minas Gerais / Mato Grosso do Sul / Paraná49 295 747
Recife Pernambuco / Paraíba / Rio Grande do Norte / Alagoas / Sergipe /Bahia Bahia / Ceará / Piauí23 601 254
Belo Horizonte Minas Gerais / São Paulo / Rio de Janeiro / Espírito Santo / Goiás21 069 799
Fortaleza Ceará / Piauí / Maranhão / Tocantins /Pará Pará / Pernambuco20 109 664
Rio de Janeiro Rio de Janeiro / Minas Gerais17 296 239
SalvadorBahia Bahia / Minas Gerais14 471 227
Curitiba Paraná / Mato Grosso do Sul / Santa Catarina11 654 092
Brasília Distrito Federal / Goiás / Minas Gerais / Mato Grosso / Rondônia / Acre /Bahia Bahia / Tocantins / Maranhão / Piauí11 649 359
Porto Alegre Rio Grande do Sul11 293 956
BelémPará Pará / Amapá / Maranhão / Tocantins9 335 660
Goiânia Goiás / Minas Gerais / Tocantins /Pará Pará / Mato Grosso8 269 552
Florianópolis Santa Catarina / Rio Grande do Sul7 138 738
Manaus Amazonas / Roraima4 490 260
Vitória Espírito Santo /Bahia Bahia / Minas Gerais4 468 927
Campinas São Paulo4 396 180

Capitais regionais

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As capitais regionais constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos.[46] Subdividem-se em:

Municípios

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Ver também:Lista de municípios do Brasil por população

Ummunicípio no Brasil é uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo a menor unidade autônoma daFederação. A sede do município é categorizada comocidade e possui o seu mesmo nome.[47] Cada um tem sua própriaLei Orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal.[48] Os municípios dispõem apenas dos poderesExecutivo, exercido peloprefeito, eLegislativo, sediado nacâmara municipal (também chamada de câmara de vereadores). O Poder Judiciário organiza-se em forma de comarcas que abrangem vários municípios ou parte de um município muito populoso. Portanto, não há Poder Judiciário específico de cada município.[48]

Atualmente existem 5 570 municípios em todo território nacional.[49] O quadro abaixo apresenta os vinte mais populosos municípios brasileiros:

Municípios mais populosos doBrasil
Primeiros resultados docenso de 2022 doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[50][nota 2]

São Paulo

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.
1São PauloSão Paulo11 451 24511Porto AlegreRio Grande do Sul1 332 570
2Rio de JaneiroRio de Janeiro6 211 42312BelémPará1 303 389
3BrasíliaDistrito Federal2 817 06813GuarulhosSão Paulo1 291 784
4FortalezaCeará2 428 67814CampinasSão Paulo1 138 309
5SalvadorBahia2 418 00515São LuísMaranhão1 037 775
6Belo HorizonteMinas Gerais2 315 56016MaceióAlagoas957 916
7ManausAmazonas2 063 54717Campo GrandeMato Grosso do Sul897 938
8CuritibaParaná1 773 73318São GonçaloRio de Janeiro896 744
9RecifePernambuco1 488 92019TeresinaPiauí866 300
10GoiâniaGoiás1 437 23720João PessoaParaíba833 932

Regiões metropolitanas

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Ver artigo principal:Regiões metropolitanas do Brasil

Asregiões metropolitanas foram definidas originalmente em lei federal e, desde aconstituição de 1988, por meio de leis estaduais.[51] Das nove originais de 1973, a quantidade se aproxima das quatro dezenas em 2017.[51][52][53] Elas, a princípio, devem agrupar municípios vizinhos commalha urbana conurbada a fim de melhor lidar com os problemas e interesses comuns na realidade metropolitana de interdependência socioeconômica.[52][53] A criação e ampliação pelos estados gerou críticas por falta de correspondência entre as estruturas socioespaciais características de regiões metropolitanas e aquelas criadas por força de lei.[51][53] A situação foi parcialmente contornada com o Estatuto da Metrópole, que regulamentou as criações posteriores à vigência do estatuto.[54][55][56] As cinco regiões metropolitanas mais populosas no censo de 2010 (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife) concentravam mais de 44 milhões de habitantes diante do total registrado de mais de 190 milhões.[57] O quadro abaixo apresenta as vinte mais populosas regiões metropolitanas, incluindo aquelas formações interestaduais criadas por legislação federal e denominadas especificamenteregiões integradas de desenvolvimento econômico (RIDE).

Regiões metropolitanas mais populosas doBrasil
Estimativa populacional doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 1º de julho de 2020.[58]

São Paulo

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.
1São PauloSão Paulo21 893 84211ManausAmazonas2 722 014
2Rio de JaneiroRio de Janeiro13 131 59012GoiâniaGoiás2 654 860
3Belo HorizonteMinas Gerais6 006 09113Vale do ParaíbaSão Paulo2 576 250
4BrasíliaDistrito Federal4 693 79314BelémPará2 529 178
5Porto AlegreRio Grande do Sul4 363 02715SorocabaSão Paulo2 166 860
6FortalezaCeará4 137 56116VitóriaEspírito Santo2 006 486
7RecifePernambuco4 103 78017Baixada SantistaSão Paulo1 881 706
8SalvadorBahia3 957 56618Ribeirão PretoSão Paulo1 738 000
9CuritibaParaná3 693 89119São LuísMaranhão1 644 923
10CampinasSão Paulo3 304 33820NatalRio Grande do Norte1 631 016

Concentrações urbanas

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Ver também:Lista de concentrações urbanas do Brasil por população

Em estudo chamadoArranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil, o IBGE tratou das interações entre as cidades brasileiras em termos de conurbação e migração pendular. Nele, introduziu os conceitos de "arranjo populacional" e "concentração urbana". O primeiro corresponde aos conjuntos formados por dois ou mais municípios que se encontram integrados porcontiguidade da mancha urbana oufluxos para trabalho ou estudo. O segundo conceito está dividido em faixas conforme o quanto é populoso. A faixa mais populosa são as "grandes concentrações urbanas", que abrangemarranjos populacionais "acima de 750 mil habitantes e os municípios isolados (que não formam arranjos) de mesma faixa populacional". O IBGE identificou 26 delas no país com base nocenso demográfico de 2010. A seguir, há as "médias concentrações urbanas" (municípios isolados e arranjos populacionais entre 100 mil e 750 mil habitantes) e as "pequenas concentrações populacionais" (arranjos compopulação inferior a 100 mil habitantes). As maiores concentrações urbanas estão identificadas abaixo.[59][60]

Concentrações urbanas mais populosas doBrasil
Censo de 2022 doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)[61][nota 3]

São Paulo

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop.
1São PauloSão Paulo20 673 28011CampinasSão Paulo2 093 118
2Rio de JaneiroRio de Janeiro11 760 55012ManausAmazonas2 063 689
3Belo HorizonteMinas Gerais4 963 70413BelémPará1 957 533
4BrasíliaDistrito FederalGoiás3 858 76014VitóriaEspírito Santo1 756 172
5RecifePernambuco3 783 63915Baixada SantistaSão Paulo1 672 991
6Porto AlegreRio Grande do Sul3 679 29816S. J. dos CamposSão Paulo1 589 875
7FortalezaCeará3 424 97817São LuísMaranhão1 458 836
8CuritibaParaná3 382 21018NatalRio Grande do Norte1 263 738
9SalvadorBahia3 320 56819MaceióAlagoas1 194 596
10GoiâniaGoiás2 481 04320FlorianópolisSanta Catarina1 183 874

Movimentos populacionais

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Imigração

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Ver artigo principal:Imigração no Brasil
Monumento aosimigrantes italianos emCaxias do Sul,Rio Grande do Sul.

NoBrasil, a política migratória externa pode ser dividida em duas fases : a primeira, de estímulo à imigração, principalmente após aabolição da escravatura, em1888, visando a substituição damão de obra escrava na lavoura cafeeira;[62] a segunda, de controle à imigração, a partir de1934, nogoverno Vargas, devido à crise econômica internacional dadécada de 1930.[63][64] O afluxo de imigrantes para oBrasil pode ser dividido em três períodos principais.[65]

O primeiro período (de1808 a1850[carece de fontes?]) foi marcado pela chegada da família real, em1808, o que ocasionou a vinda dos primeiros casais de imigrantesaçorianos para serem proprietários de terras no país[carece de fontes?]. Devido ao receio doeuropeu de fixar-se num país de economia colonial eescravocrata, nesse período houve uma imigração muito pequena.[66]

O segundo período (de1850 a1930) foi marcado pela proibição domercado de escravos. Foi a época mais importante para a nossa imigração, devido ao grande crescimento da atividade monocultora (café) e aos incentivos governamentais dados ao imigrante. Em1888, com aabolição da escravidão, estimulou-se ainda mais o fluxo imigratório, tendo oBrasil recebido, nessa época, praticamente 80% dos imigrantes entrados no país.[67][68]

O terceiro período (de1930 até os dias de hoje) é caracterizado por uma sensível redução na imigração, devido, inicialmente, àcriseeconômica de1929, ocasionada pela quebra dabolsa de valores de Nova Iorque, com o consequente abalo dacafeicultura brasileira. Além disso, contribuiu também a crise política interna no país, decorrente daRevolução de 1930, e a criação de uma lei sobre imigração, através daConstituição de 1934. Essa lei restringia a entrada de imigrantes, estipulando que, anualmente não poderia entrar no país mais que 2% do total de imigrantes de cadanacionalidade entrados nos últimos 50 anos. Determinava ainda que 80% dos imigrantes deveriam dedicar-se àagricultura, além de estabelecer uma discutível e discriminatória "seleção ideológica", ou seja, conforme as ideias políticas que professava, o imigrante poderia ou não entrar no país.[carece de fontes?]

O envolvimento daEuropa naSegunda Guerra Mundial também reduziu aemigração, e a recuperação econômica daquele continente, após a guerra, levou os europeus a emigrarem para outros países do própriocontinente. Intensificaram-se, nesse período, asmigrações internas.Mineiros[carece de fontes?] enordestinos, principalmente, dirigiram-se para o centro-sul do país, em virtude decrescimentourbano eindustrial.[69]

O grande fluxo imigratório em direção ao Brasil foi efetuado noséculo XIX e início doséculo XX. Para se ter uma ideia do impacto imigratório nesse período, entre 1870 e 1930, entraram no Brasil um número superior a cinco milhões deimigrantes. Esses imigrantes foram divididos em dois grupos: uma parte foi enviada para oSul do Brasil, onde se tornaram colonos trabalhando na agricultura. Todavia, a maior parte foi enviada para asfazendas decafé doSudeste. Os colonos mandados para o Sul do país foram, majoritariamente,alemães (a partir de 1824, sobretudo daRenânia-Palatinado,Pomerânia,Hamburgo,Vestfália, etc) eitalianos (a partir de 1875, sobretudo doVêneto e daLombardia). Ali foram estabelecidas diversascomunidade (colônias) de imigrantes que, ainda hoje, preservam os costumes do país de origem. Para o Sudeste do país chegaram, majoritariamente, italianos (sobretudo do Vêneto,Campânia,Calábria e Lombardia),portugueses (notadamente oriundos daBeira Alta, doMinho eAlto Trás-os-Montes),espanhóis (sobretudo daGaliza eAndaluzia),japoneses (sobretudo deHonxu eOquinaua) eárabes (doLíbano e daSíria).[carece de fontes?]

De acordo com oMemorial do Imigrante, entre 1870 e 1953, entraram no Brasil cerca de 5,5 milhões de imigrantes, sendo os italianos (1 550 000),portugueses (1 470 000),espanhóis (650 000),alemães (210 000),japoneses (190 000),poloneses (120 000) e 650 000 de diversas outras nacionalidades.[carece de fontes?][carece de fontes?]

Migração interna

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Ver artigos principais:Migração interna no Brasil eMigração nordestina

Cerca de um terço dos brasileiros não vive onde nasceu. As migrações internas respondem por boa parte deste terço, e classificam-se basicamente em duas categorias: deslocamento do campo para a cidade, o chamado (êxodo rural) - causado frequentemente pela falta de oportunidades de trabalho e serviços no campo e pelaconcentração fundiária - e migrações regionais, das quais os exemplos mais importantes foram:[carece de fontes?]

Recentemente as migrações regionais mais importantes ainda são a de nordestinos para as regiões Sudeste eSul, em busca de trabalho nos setores industrial, comercial e de serviços; ocorre, também, noCentro-Oeste e Norte, um fluxo de famílias ligadas ao meio rural, vindas principalmente da região Sul, graças à expansão dafronteira agrícola.[carece de fontes?]

A partir dadécada de 1980, os fluxos inter-regionais e até intraestaduais tornaram-se mais significativos, especialmente naregião Nordeste, com a consolidação de várias metrópoles ao redor das capitais de cada estado nordestino. Por conta do Brasil já ser um país essencialmente urbano, os fluxos migratórios encontram-se em menor dimensão de décadas passadas, e concentram-se mais na ocupação de espaços com maior dinamismo (em geral cidades médias do interior e algumas capitais, além da fronteira agrícola). Ações sociais como oFome Zero e oBolsa Família também reduzem os fluxos migratórios, ao responder mais rapidamente situações de calamidade pública especialmente em função da seca, que intensificavam os fluxos no passado.[carece de fontes?]

  • Décadas de 1960 a 1980.
    Décadas de 1960 a 1980.
  • Décadas de 1980 a 1990.
    Décadas de 1980 a 1990.
  • Década de 1990.
    Década de 1990.

Migração externa

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Ver artigo principal:Diáspora brasileira

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. Vide o caso, por exemplo, dos homossexuais e osdireitos LGBT no Brasil.[17][18][19]
  2. Brasília não é município. Para efeitos legais, é considerada uma cidade.
  3. Os municípios que compõem cada uma das grandes concentrações urbanas estão relacionados nalista de concentrações urbanas do Brasil por população.

Referências

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Ligações externas

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