Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Cocaína

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aseção introdutória deste artigo é inexistente, incompleta, malformatada ou excessiva. Se puder, ajude-nos amelhorá-la, de acordo com olivro de estilo.(Março de 2025)
Esta página cita fontes, mas não cobrem todo o conteúdo
Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Setembro de 2020)
Cocaína
Nomes
Nome IUPACMetil(1R,2R,3S,5S)-3-(benzoiloxi)-8-metil-8-azabiciclo[3.2.1]octano-2-carboxilato
Nome sistemático(1R,2R,3S,5S)-3-(benzoiloxi)-8-metil-8-azabiciclo[3. 2.1]octano-2-carboxilato
Outros nomes
  • benzoilmetilecgonina
  • éster do ácido benzoico
  • coca
  • farinha[1]
  • crack(em forma debase livre)
  • cloridrato de cocaína
Cocaína
Identificadores
AbreviaçãoCOC[2]
Número CAS50-36-2
PubChem446220
Número EINECS200-032-7
Número EINECS26628-22-8
DrugBankDB00907
KEGGD00110
MeSHcocaine
ChEBI27958
Número RTECSYM2800000
Código ATCN01BC01,AD03{{{2}}},HA01{{{2}}},DA02{{{2}}}
SMILES
 
  • N1[C@H]2CC[C@@H]1[C@@H](C(OC)=O)[C@@H](OC(C3=CC=CC=C3)=O)C2
InChI
 
  • InChI=1S/C17H21NO4/c1-18-12-8-9-13(18)15(17(20)21-2)14(10-12)22-16(19)11-6-4-3-5-7-11/h3-7,12-15H,8-10H2,1-2H3/t12-,13+,14-,15+/m0/s1
Cocaína
Propriedades
Fórmula químicaC17H21NO4
Massa molar303.331 g mol-1
Aparênciageralmente um pó branco e fino
Densidade355.1 g
Ponto de fusão98 °C
Ponto de ebulição187 °C
Solubilidade emágua≈1.8
log P2.28
Pressão de vapor4.30E-11
kH2.07E-18
Atmospheric OH rate constant4.70E-11
Acidez (pKa)8.61 a 15 °C
Basicidade (pKb)5.59 a 15 °C
Cocaína
Farmacologia
Biodisponibilidade
  • Oral: ≈33%[3]
  • Intranasal: ≈60%[4]–80%[5]
  • Spray nasal: ≈25%[6]–43%[3]
Via(s) de administraçãotópico,oral,intranasal,intravenoso
Metabolismohepático(CYP3A4)
Excreçãorenal
Riscos na gravidez
elactação
C(EUA)
Cocaína
Riscos associados
Classificação UEB
Cocaína
Compostos relacionados
Compostos relacionados(metabólitos: norcocaína, benzoilecgonina,cocaetileno)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedadesn,εr, etc.
Dados termodinâmicosPhase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectraisUV,IV,RMN,EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sobcondições normais de temperatura e pressão.

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Acocaína,benzoilmetilecgonina ouéster do ácido benzoico, também conhecida porcoca, é umalcaloide,estimulante, com efeitos anestésicos[7] utilizada fundamentalmente como umadroga recreativa.[8] Pode ser aspirada, fumada ou injectada.[9] Os efeitos mentais podem incluirperda de contacto com a realidade, umintenso sentimento de felicidade ouagitação.[9] Os sintomas podem envolveraceleração do ritmo cardíaco, transpiração edilatação das pupilas.[9] Quando consumido em doses elevadas pode provocarhipertensão arterial ouhipertermia.[10] Os efeitos têm início dentro de alguns segundos ou minutos após a sua utilização e duram entre cinco e noventa minutos.[9] A cocaína tem um pequeno número de utilizações médicas aceites, tais como entorpecimento e diminuição da hemorragia durante uma cirurgia nasal.[11]A cocaína é muito viciante, graças aos efeitos provocados sobre avia mesolímbica no cérebro.[8] Existe um sério risco de dependência, mesmo se consumida por um curto período de tempo.[8] A sua utilização aumenta ainda o risco deacidente vascular cerebral,infarto do miocárdio, problemas pulmonares em pessoas que a fumam,infecções sanguíneas eparagem cardiorrespiratória súbita.[8][12] A cocaína vendida na rua é normalmente misturada comanestésicos locais,amido de milho,quinina ou açúcar, o que aumenta ainda mais a sua toxicidade.[13] No seguimento de administração repetida das doses, a pessoa pode verdiminuída a sua capacidade de sentir prazer e fisicamente sentir-se muito cansada.[8]

A cocaína é um estimulante do sistema nervoso central e um supressor do apetite. Actua por meio da inibição da recaptação deserotonina,noradrenalina edopamina;[8] isto traduz-se em maiores concentrações destes trêsneurotransmissores no cérebro.[8] Pode atravessar facilmente abarreira hematoencefálica, podendo inclusive danificá-la.[14][15] A cocaína é uma substância natural que se encontra nas folhas da plantaErythroxylum coca, que é cultivada sobretudo na América do Sul.[9] Em 2013, foram legalmente produzidos 487 kg,[16] no entanto, estima-se que o valor da cocaína comercializada no mercado clandestino ronde os 88 a 500 mil milhões de dólares a cada ano.[8] Ocrack pode ser produzido a partir de cocaína.[8]

Depois dacannabis, a cocaína é o estupefaciente ilegal mais consumido a nível mundial,[17] e calcula-se que entre 18 e 22 milhões de pessoas utilizaram a substância em 2014[8] com a América do Norte como seu principal consumidor, seguido da Europa e da América do Sul.[8] Estima-se que entre 1 e 3% das pessoas nomundo desenvolvido tenham experimentado a cocaína em algum momento da sua vida[8] e é responsável directa por milhares de mortes a cada ano.[18] As folhas dacoca têm sido utilizadas pelos habitantes do atualPeru desde a antiguidade.[13] Só em 1860 é que a cocaína foi pela primeira vez isolada.[8] Desde 1961 que se encontra incluída naConvenção Única sobre Entorpecentes internacional, com o propósito de combater o seu tráfico e consumo.[19]

Usos

[editar |editar código-fonte]

Clínicos

[editar |editar código-fonte]
Cloridrato de cocaína

A cocaína administrada porvia tópica pode ser usada como umanestésico local, tendo sido o primeiro desta classefarmacológica a ser usado, de modo a reduzir ador em procedimentos cirúrgicos na boca ou nariz.[20] Ela é um bloqueador doscanais de sódio nos neurônios dosnervos periféricos.[21] O influxo de sódio desencadeia opotencial de ação e sem esse influxo são incapazes de enviar os seus impulsos. Os nervos sensitivos são geralmente os primeiros a ser bloqueados.[22]

Além disso, a cocaína pode ser utilizada em cirurgias doducto nasal educto lacrimal. Os principais efeitos colaterais do uso clínico são o potencial da cocaína em causarcardiotoxicidade,glaucoma edilatação das pupilas.[22] O uso médico de cocaína diminuiu, já que outros anestésicos locais sintéticos, comobenzocaína, proparacaína,lidocaína etetracaína, os quais possuem menor potencial adictivo, foram introduzidos no prática clínica.[22] Caso a vasoconstrição seja necessária em um procedimento cirúrgico, o anestésico pode ser administrado em conjunto com um vasoconstritor, a exemplo dafenilefrina ouepinefrina. Na prática clínica, algunsotorrinolaringologistas utilizam a cocaína ao realizar procedimentos como acauterização nasal. Neste caso, a cocaína é dissolvida e embebida emalgodão, que é inserido nas narinas em até 15 minutos antes do procedimento cirúrgico. Assim, a cocaína desempenha uma função dupla, a capacidadeanestética e avasoconstrição sobre a área a ser cauterizada . Mesmo quando administrada dessa forma, a cocaína pode ser absorvida pelasmucosas orais e nasais e causar efeitos sistêmicos.

Ocloridrato de cocaína de nome comercialGoprelto, que se trata de um anestésico tópico à base deéster, foi aprovado para uso médico nosEstados Unidos em dezembro de 2017, sendo indicado para indução de anestesia local em membranas mucosas, em casos de procedimentos diagnósticos e cirurgias que precisem de anestesia nas cavidades nasais de adultos.[23][24] O cloridrato de cocaína de nome comercialNumbrino foi aprovado para uso médico nos Estados Unidos em janeiro de 2020.[25][26]

Os efeitos colaterais mais comuns em pessoas tratadas com Goprelto sãocefaleia eepistaxe.[27] Os efeitos colaterais mais comuns em pessoas tratadas com Numbrino são hipertensão, taquicardia etaquicardia sinusal.[28]

Recreativos

[editar |editar código-fonte]

A cocaína é um estimulante de alta potência que atua sobre osistema nervoso central (SNC).[29] Quando aspirada, seus efeitospsicotrópicos se estendem de quinze minutos a uma hora. A duração dos efeitos da cocaína depende da dosagem da droga e davia de administração.[30] Em geral, sua aparência é em forma de um pó branco e fino, com sabor amargo. Ocrack é uma droga derivada da cocaína, sintetizado através do processamento da cocaína combicarbonato de sódio e água.[31][32] A etimologia da palavracrack deriva dos estalos que a droga emite quando é aquecida.[31]

O uso da cocaína aumenta oestado de vigília, causa sensação de bem-estar,euforia, estimula aatividade motora, gera sensação de autoconfiança e eleva alibido.[33] Embora eleve a libido, dificulta aereção do pênis.[34]

Uma análise decorrelação que avaliou o uso de dezoitodrogas psicoativas concluiu que o uso de cocaína está ligado a outras drogas estupefacientes, comoecstasy ouanfetaminas, bem como com aheroína e asbenzodiazepinas, de modo que a cocaína está fortemente associada com adependência de polissubstâncias.[35]

A cocaína administrada porvia oral leva cerca de 30 minutos para entrar na corrente sanguínea. Normalmente, apenas um terço de uma dose oral é absorvido, mas esta absorção pode chegar a 60% em ambientes clínicos controlados. Dada a lenta taxa de absorção pela via oral, os efeitosfisiológicos epsicotrópicos máximos são atingidos em cerca de 60 minutos após a cocaína ser ingerida. Embora o início dos efeitos seja mais lento se comparado a outras vias de administração, estes são mais prolongados e se estendem por aproximadamente 60 minutos após o pico plasmático ser atingido.

Folhas de coca

[editar |editar código-fonte]

Tradicionalmente, as folhas decoca são misturadas com uma substância alcalina (como ohidróxido de cálcio) e mastigadas em um chumaço (geralmente feito dealgodão) que é retido na boca entre a gengiva e a bochecha e sugado aos poucos. Os líquidos embebidos no chumaço são absorvidos lentamente pelas mucosas da bochecha e pelotrato gastrointestinal. Alternativamente, as folhas de coca podem ser infundidas em líquido e consumidas comochá.

Como a cocaína sofrehidrólise, ela se torna inativa no estômago devido à acidez deste, e não é absorvida eficazmente quando consumida sozinha. Mas quando misturada com uma substânciaalcalina, a cocaína é absorvida pela corrente sanguínea através do estômago. A eficiência da absorção da cocaína administrada por via oral é limitada por fatores adicionais. Primeiro, a droga é apenas parcialmentemetabolizada pelofígado. Segundo, as terminações nervosas da boca e do esôfago se contraem após o contato com a droga, reduzindo aárea de superfície sobre a qual a droga pode ser absorvida. No entanto, os metabólitos da cocaína podem ser detectados na urina de indivíduos que consumiram tão somente uma xícara de chá de infusão de folha de coca.

Tanto a ingestão porvia oral quanto ainsuflação resultam, aproximadamente, na mesma proporção da droga que é absorvida pelo organismo, que varia de 30 a 60%. Porém, em comparação com a ingestão oral, a absorção por via nasal produz os efeitos máximos da droga mais rapidamente. A insuflação da cocaína produz efeitos fisiológicos máximos por volta de 40 minutos e efeitos psicotrópicos máximos por volta 20 minutos. Os efeitos fisiológicos e psicotrópicos da cocaína insuflada se estendem por aproximadamente 40 a 60 minutos após opico plasmático ser atingido.[36]

O chá de coca, feito porinfusão das folhas de coca, também é um método tradicional de consumo. O chá é frequentemente recomendado para turistas nosAndes para prevenir omal da montanha.[37] No entanto, a eficácia deste tipo de uso ainda não foi estudada sistematicamente.[37]

Insuflação

[editar |editar código-fonte]

Ainsuflação ou administração nasal da cocaína (conhecida vulgarmente pela expressão "cheirar pó")[38] é o método mais comum de consumo para fins recreacionais.[39] A droga é absorvida pelasmucosas que revestem as terminações nervosas do nariz. Os efeitos eufóricos e estimulantes da cocaína, quando cheirada, começam em cerca de cinco minutos, de modo que a insuflação é mais lenta que a administraçãointravenosa. Este tempo de ação se deve ao efeito vasoconstritor sobre as terminações nervosas nasais, o qual retarda a absorção da cocaína, fazendo da aspiração uma via mais lenta que a injeção intravenosa.[40] Ao cheirar cocaína, a absorção através das membranas nasais é de aproximadamente 30 a 60%, com doses mais altas levando a uma maior taxa de absorção. Qualquer material não absorvido diretamente através das membranas mucosas é coletado nomuco e engolido (este "pigarro" é considerado agradável por alguns e desagradável por outros).

Em um estudo com usuários de cocaína, o tempo médio necessário para atingir o pico dos efeitos subjetivos foi de 14,6 minutos.[41] Os danos causados no interior do nariz ocorrem porque a cocaína contrai fortemente os vasos sanguíneos e, portanto, diminui o fluxo de sangue e oxigênio desta área. As hemorragias nasais após a insuflação de cocaína se devem à irritação e danos das membranas mucosas poragentes de corte e adulterantes, e não à própria cocaína; pois como um vasoconstritor, a cocaína atua na redução de sangramentos.

Instrumentos frequentemente utilizados para insuflar a cocaína sãocédulas de dinheiro enroladas,canetas,canudos cortados, pontas de chaves, colheres e as própriasunhas. Geralmente, a cocaína é despejada em uma superfície plana e firme, para em seguida ser dividida em linhas e ser insuflada.[42] A quantidade de cocaína em cada linha varia de acordo com o usuário, o ambiente de consumo e a pureza da cocaína, mas se estima que uma dose padrão varie de 10 a 120 mg. Porém, conforme a tolerância aumenta, algunstoxicodependentes chegam a consumir até 5 gramas por dia, pois a tolerância à droga faz com que sejam necessárias maiores doses para que se atinjam os mesmos efeitos.[43] Um estudo de 2001 relatou que o compartilhamento de canudos usados para insuflar cocaína é um fator de risco para contrairhepatite C.[44]

Intravenoso

[editar |editar código-fonte]

Ainjeção intravenosa de drogas, que consiste em dissolver a droga numasolução aquosa, é a via de administração que fornece os níveis mais altos de absorção da cocaína pelo organismo (pois possui maiorbiodisponibilidade), ao mesmo tempo que aumenta a intensidade dos efeitos e reduz sua duração. Os efeitos subjetivos da administração intravenosa de cocaína podem incluir um zumbido nos ouvidos logo após a injeção, que dura de dois a cinco minutos e pode ser acompanhado pordistorção auditiva. Em termo vulgar, esse efeito é conhecido como "baque".[45] Em estudo que avaliou trinta e dois usuários de cocaína, o tempo médio para que o pico dos efeitos fosse atingido foi de, em média, três minutos.[46] A euforia passa mais rapidamente, dada ameia-vida biológica da cocaína ser curta quando injetada, quando comparada àquela dos outros meios de administração. Além dos efeitoscardiotóxicos, também há possibilidade da cocaína causarembolia nosistema circulatório por conta das substâncias indissolúveis usadas comoagentes de corte da droga. Assim como ocorre com outras drogas injetáveis, há um risco maior de que os usuários contraiaminfecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e outras doenças transmitidas através do sangue, principalmente por causa do compartilhamento ou reutilização deseringas. Além disso, como a cocaína é vasoconstritora e o uso entre oscocainômanos envolve múltiplas injeções seguidas, de modo que estas se tornam gradativamente mais difíceis de se administrar, o que pode gerar outras complicações, como atrombose.

Uma solução injetável que mistura cocaína eheroína, conhecida porspeedball, é particularmente perigosa, pois os efeitos opostos das drogas podem mascarar sintomas de uma possível overdose. A mistura entre cocaína e heroína foi responsável por várias mortes poroverdose, incluindo as dos atoresJohn Belushi eChris Farley,Mitch Hedberg,River Phoenix, do cantorLayne Staley e do atorPhilip Seymour Hoffman. Emensaios clínicos, a cocaína injetável pode ser aplicadas em animais, como nasmoscas-da-fruta, para fins de estudo dos mecanismos de adicção da cocaína.[47]

Inalação ou fumo

[editar |editar código-fonte]
Linhas de cocaína preparadas para insuflação
Ver artigo principal:Crack

Ainalação oufumo da cocaína é outra via de administração pela qual a droga é consumida recreativamente. Por esta via, os efeitos estimulantes da droga se iniciam muito rapidamente, de 3 a 5 segundos.[48] Por outro lado, a inalação de cocaína causa um encurtamento dos efeitos (5–15 minutos).[48] A cocaína fumada é umabase livre, que se solidifica e se transforma nocrack.[49] Em estudo do Laboratório Nacional de Brookhaven, com base em autorrelatos de 32 pessoas que usaram cocaína por via inalatória, o pico dos efeitos foi atingido, em média, entre 30 e 84 segundos.[50] Os produtos gerados pelapirólise da cocaína, que ocorre quando esta é fumada, mostraram alterações em seu perfil farmacológico, pois o éster metilanidroecgonina (EMA), que é produto da queima do crack, aumenta a dopamina nas regiões cerebrais doputâmen (CPu) e donúcleo accumbens (NAc), além de possuir maior afinidade com osrecetores muscarínicos M1 e M3.[51]

Geralmente, o fumo do crack ou dabase livre de cocaína é realizado com cachimbos improvisados.[52] Quando fumada, a cocaína pode ser ser combinada com outras drogas, como acannabis . A cocaína em pó também é fumada algumas vezes, embora o calor degrade grande parte de sua estrutura química. A linguagem referente aos materiais e práticas relacionadas ao ato de fumar cocaína variam, assim como o teor de pureza da droga vendida nas ruas.[53]

Supositório

[editar |editar código-fonte]

Outra forma que os usuários utilizam para autoadministrar cocaína é avia retal, transformando-a em umsupositório que é inserido noânus ou navagina. Após inserida, a droga é absorvida pelas mucosas dessas partes do corpo. Este método de administração pode ser efetuado com a inserção de uma seringa sem agulha no ânus. Nesse caso, a cocaína costuma ser dissolvida em água e sugada para uma seringa, que pode então ser lubrificada e inserida no ânus ou vagina antes de empurrar oêmbolo. Evidências dos efeitos rectais da cocaína são inconclusivas, possivelmente devido a tabus sociais eestigmatização, presentes em muitas culturas.[54]

Efeitos colaterais

[editar |editar código-fonte]

Uso agudo

[editar |editar código-fonte]

Com o uso excessivo ou prolongado, a droga pode causar efeitos indesejáveis, comococeira,taquicardia,alucinações, delírios persecutórios e outros sintomas comparáveis àpsicose anfetamínica.[55] Os sintomas de uma overdose podem envolverhipertemia (temperatura corporal demasiadamente alta) ehipertensão (elevação acentuada da pressão arterial),[55] além dearritmia cardíaca[56] emorte súbita[56]

Ansiedade,paranoia eagitação psicomotora também podem ocorrer, especialmente quando os efeitos começam a diminuir. Em dosagens altas, foram observadostremores,convulsões e aumento da temperatura corporal.[57] Eventos cardíacos adversos graves, particularmente umaparada cardíaca, são mais frequente em altas doses devido ao efeito da cocaína que bloqueia os canais de sódio.[58] Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas:

Em estudo de 2010 que classificou várias drogas com base em declarações de especialistas, o crack e a cocaína foram considerados a terceira e a quinta droga mais perigosas, respectivamente.[59]

Uso crônico

[editar |editar código-fonte]

O consumo crônico de cocaína causa desequilíbrios nos níveis dosneurotransmissores e efeitos associados àtoxicidade crônica da droga. Este aspecto pode fazer com que os receptores desaparecem da superfície celular ou reaparecem nesta, de modo que altera seuperfil de ligação – através do que é chamado desuprarregulação e infrarregulação. No entanto, estudos sugerem que os usuários de cocaína apresentam atividade normal notransportador de dopamina (DAT), de modo que háevidência anedótica de que a cocaína tem propriedades neuroprotetoras para os neurotransmissores de dopamina.[60]

Os possíveis efeitos colaterais do uso crônico, quando o efeito da droga cessa, incluem aumento doapetite, dores,insônia ouhipersonia,letargia, agitação ou retardopsicomotor,sonhos lúcidos ecoriza. Adepressão comideação suicida também pode se desenvolver em usuários que fazem uso pesado da droga. Ainda, o consumo crônico da cocaína degrada ostransportadores vesiculares de monoamina (como oVMAT2), osneurofilamentos e provoca outras alterações morfológicas, o que indica a possibilidade de serem causados danos neurológicos de longo prazo na regulação dedopamina. Todos esses fatores, incluindo osefeitos reforçadores contribuem para o aumento da tolerância à droga, que passa a exigir doses maiores a fim de que os efeitos pretendidos sejam alcançados.[61]

A diminuição das quantidades de serotonina e dopamina no cérebro, que costumam se iniciar após o pico de efeito da droga, é uma das causas dadisforia e dadepressão após o uso. A retirada física da cocaína não desencadeia risco de morte e costuma ser menos intensa que a retirada deanfetaminas ebenzodiazepinas.[62]

Os efeitos colaterais físicos do uso crônico de cocaína em forma decrack incluemhemoptise (sangue expelido por tosse),broncoespasmos,coceira,febre,eosinofilia pulmonar e sistêmica, dor no peito, trauma pulmonar, dor de garganta,asma, voz rouca,dispneia (falta de ar) e sintomas semelhantes àgripe, como coriza e congestão nasal. A cocaínacontrai os vasos sanguíneos,dilata as pupilas e aumenta a temperatura corporal, a frequência cardíaca e a pressão arterial. Também pode causar dores de cabeça e complicações gastrointestinais, como dor abdominal e náuseas. Além disso, a cocaína costuma causar ranger de dentes involuntário, sintoma denominado porbruxismo, que pode deteriorar o esmalte dos dentes e causargengivite.[63] Além disso, estimulantes como cocaína, metanfetamina e até mesmocafeína causamdesidratação eboca seca. Como a saliva é um mecanismo importante na manutenção do nível dopH oral, usuários crônicos de cocaína que não se hidratam adequadamente podem sofrerdesmineralização em seus dentes devido à diminuição do pH oral. O uso de cocaína também promove aformação de coágulos sanguíneos.[64] Esse aumento na formação de coágulos sanguíneos é atribuído à ação que a cocaína exerce sobre oativador do plasminogênio tecidual e a um aumento no número, ativação e agregação dasplaquetas.[64]

O uso crônico por via intranasal (insuflação) degrada atecido cartilaginoso que separa asnarinas (septo nasal), podendo causar seu rompimento completo. Devido à transformação da cocaína por meio do cloridrato de cocaína, um ácido clorídrico diluído é formado no organismo.[65]

A cocaína também pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças raras dotecido conjuntivo oudoenças autoimunes, comolúpus,síndrome de Goodpasture,vasculite,glomerulonefrite,síndrome de Stevens-Johnson entre outras patologias.[66][67][68][69] Também pode causar uma grande variedade de doenças renais, incluindoinsuficiência renal.[70][71]

Efeitos colaterais do uso crônico de cocaína

Ainda, o uso crônico de cocaína aumenta o risco deacidente vascular cerebral (AVC), tanto do tipo hemorrágico como isquêmicos,[72] e o risco deataque cardiaco.[73] São comuns síndromes psiquiátricas comoesquizofrenia edepressão profunda unipolar.

Outros efeitos a longo prazo são:

  • Perda de memória
  • Perda da capacidade de concentração mental
  • Perda da capacidade analítica.
  • Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas
  • Destruição total do septo nasal (se inalada).
  • Perda de peso até níveis de desnutrição
  • Cefaleias (dores de cabeça)
  • Síncopes (desmaios)
  • Distúrbios dos nervos periféricos (sensação do corpo ser percorrido por insetos)
  • Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.

Durante a gravidez

[editar |editar código-fonte]

A cocaína é conhecida por ter efeitos deletérios durante a gravidez. Pessoas gestantes que usam cocaína apresentam risco elevado dedescolamento prematuro da placenta, uma condição em que a placenta se desprende do útero e provocahemorragia.[74] Devido aos efeitos vasoconstritores e hipertensivos, a cocaína também eleva o risco dehemorragia intracerebral einfarto agudo do miocárdio. A cocaína também éteratogênica, o que significa que pode causar patologias congênitas e malformações do feto. A exposição intrauterina à cocaína está associada a anormalidades comportamentais, prejuízo cognitivo, malformações cardiovasculares,restrição de crescimento intrauterino (RCIU), parto prematuro e malformações notrato urinário e nafenda labial e palatina do feto.[75]

Toxicologia

[editar |editar código-fonte]
Ver artigo principal:Intoxicação por cocaína

Os sintomas de envenenamento pela cocaína referem-se sobretudo aosistema nervoso central. Ela estimula os centros respiratórios, elevando a velocidade e profundidade da respiração.

Overdoses de drogas mataram mais de 70 000 americanos em 2017, com asoverdoses de cocaína representando 13 942 destas mortes.[76]

Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo.

A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detectada nos cabelos durante muito tempo após consumo.[carece de fontes?]

Padrões de uso

[editar |editar código-fonte]

A cocaína tem o aspecto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidrocloreto de cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sanguínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por umaoverdose.[carece de fontes?]

A via intravenosa é mais perigosa devido às infeções. Ocrack é a cocaína alcalina, não salina e é obtido da mistura da pasta de cocaína combicarbonato de sódio. O crack é conhecido nosEstados Unidos como "cocaína dos pobres e mendigos", produz maior prazer e efeitos mais pronunciados, também provocando alucinações. A via inalatória é de início mais insidioso, pode levar ànecrose (morte por degeneração da células epiteliais ou outros tipos de degeneração de tecido) damucosa e septo nasais. O crack é uma forma básica livre, que é fumada. Os seus efeitos são similares aos da via intravenosa.[77]

Toxicodependência

[editar |editar código-fonte]

Adependência de cocaína ocorre por meio de elevação daexpressão génica da proteínaΔFosB nonúcleo accumbens, que resulta emmodificação pós-transcricional dos neurotransmissores presentes do núcleo accumbens. Os níveis de ΔFosB aumentam com o uso de cocaína.[78] Cada dose consecutiva de cocaína continua a aumentar os níveis de ΔFosB incessantemente. Níveis elevados de ΔFosB levam a aumentos nos níveis dofator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) que, por sua vez, aumenta o número de ramos eespinhasdendríticas presentes em neurônios do núcleo accumbens e em áreas docórtex pré-frontal do cérebro. Essa alteração pode ser identificada rapidamente e se prolongar por semanas após o último uso de cocaína.[78] Conjuga-se cometanol, presente nas bebidas alcoólicas, formandococaetileno, ainda mais tóxico.[7]

Cracolândia (2012), localizada na região central deSão Paulo

Testes preliminares com ratos mostraram que a indução da expressão de ΔFosB, principalmente no núcleo accumbens e noestriado dorsal, causamtolerância reversa à cocaína.[79][80][81] A proteínaΔFosB aumenta a expressão da subunidade GluR2 doreceptor AMPA,[79] além de diminuir a expressão dedinorfina e, deste modo, aumenta assim a sensibilidade à droga.[81]

É difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e de acordo com a pureza da cocaína. Em alguns organismos, com apenas 1 g, ou um papelote, os efeitos estimulantes já começam a aparecer. Os efeitos, em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranoia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em umaoverdose.

As overdoses de cocaína são rapidamente fatais. Caracterizam-se por arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória comasfixia.

Tratamento da toxicodependência

[editar |editar código-fonte]

A dependência de cocaína é tanto em forma dedependência psicológica comofísica, que se desenvolvem a partir do uso crônico de cocaína, de modo que produz sintomas deabstinência após a cessação deste uso.

A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o daheroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda),disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Há comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a maconha (cannabis), oálcool ou otabaco.

A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuída. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados comantipsicóticos eantidepressivos. É possível que os agonistas do recetor da dopaminaamantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação.[carece de fontes?]

Aimunização ativa (vacina contra cocaína) é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" osistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.[carece de fontes?]

Testes para detecção

[editar |editar código-fonte]
Cloridrato de cocaína

Os testes usados para apontar o uso de cocaína, basicamente são os mesmos usados para descobrir o consumo de outras drogas. Os principais tipos de testes utilizados podem analisar osangue, aurina, osuor ou ocabelo epelos. Os exames de sangue possuem uma janela de detecção de até dois dias, possuem baixa eficiência do resultado e podem apontar falsos positivos, enquanto os exames de urina além de submeter o paciente a certo constrangimento durante a coleta do material também pode acusar falsos positivos, embora em menor escala. A janela de detecção vai até três dias após o uso de determinadas substâncias, porém o grau de eficiência do resultado é baixo. Já os exames que baseiam-se em amostras de pelos ou cabelos, possuem larga janela de detecção (90 dias), eficiência nos resultados e não há possibilidade de falsos positivos.[82]

Detecção em fluidos corporais

A cocaína e seus metabólitos podem ser detectados no sangue, plasma ou urina, seja para monitorar o uso, confirmar o diagnóstico deintoxicação por cocaína ou auxiliar investigações criminais. A maioria dos testes comerciais de triagem porimunoensaio moestaram reação cruzada considerável entre os principais metabólitos da cocaína, mas as técnicascromatográficas são capazes de medir separadamente cada uma dessas substâncias[83] Em 2011, um artigo relatou que os suplemento dietéticos de zinco podem mascarar a presença de cocaína e outras drogas na urina, mas as evidências ainda não são conclusivas.[84]

Detecção em ambientes

A cocaína pode ser detectada emciência forense usando oreagente de Scott. O teste de detecção pode gerar falsos positivos e seus resultados deve ser, posteriormente, confirmados por exames laboratoriais.[85][86]

Farmacologia

[editar |editar código-fonte]

Farmacodinâmica

[editar |editar código-fonte]

Afarmacodinâmica da cocaína envolve complexas relações entre os neurotransmissores, pois a droga inibe a captação daserotonina,dopamina enorepinefrina.[87][88] Em estudos. o efeito melhor estabelecido da cocaína é o modo como esta atua nosistema nervoso central, que é através do bloqueio dotransportador de dopamina (DAT). A cocaína tem forte afinidade com o DAT, de modo que bloqueia ia a função deste transportador, fazendo que a dopamina passe a se acumular nafenda sináptica do cérebro. Este aumento ativa os receptores pós-sinápticos dedopamina, promovendo o uso compulsivo da droga.[89]

Em menor grau, a cocaína também age nos receptores de serotonina (5-HT), sendoantagonista doreceptor 5-HT3, que é umreceptor ionotrópico. No entanto, o mecanismo de ação da cocaína sobre os receptores 5-HT3 ainda não estão totalmente claros.[90] Oreceptor 5-HT2 (particularmente os subtipos5-HT2A,5-HT2B e5-HT2C) são responsáveis pelos efeitos sobre osistema locomotor exercidos pela cocaína.[91]

Foi demonstrado que a cocaína se liga diretamente ao transportadorDAT, de forma a inibir a ligação dehidrogênio, uma função inata ao DAT. Uma pesquisa sugere que a afinidade pelo transportador de dopamina não é por si só um fator determinante nos mecanismos de adicção da droga, mas sim a conformação e as propriedades de ligação relacionadas a onde e como a molécula se conecta neste transportador.[92]

Os receptores sigma também são afetados pelo consumo de cocaína, de modo que a droga atua nestes comoagonista.[93] Outros receptores específicos em que a cocaína demonstrou afetar são oNMDA e oreceptor D1 de dopamina.[94]

A cocaína bloqueia oscanais de sódio, interferindo em seupotencial de ação.[95][96] A cocaína também causavasoconstrição, reduzindo o sangramento durante procedimentos cirúrgicos. As propriedades de agitação locomotora da cocaína podem ser atribuídas ao aumento na transmissão dopaminérgica dasubstância negra, que é responsável pela produção de dopamina no cérebro. Pesquisas sugerem que a cocaína também desrregula oritmo circadiano, especialmente em usuários crônicos.[97][98]

Além disso, a cocaína pode causar redução da ingestão de alimentos por promover perda deapetite, de modo que usuários crônicos podem sofrerdesnutrição severa e perda significativa de peso. Os efeitos da cocaína são potencializados quando esta é consumida em ambientes novos ou quando associada a novosestímulos.[99]

Farmacocinética

[editar |editar código-fonte]

A cocaína tem umameia-vida biológica curta, estimada entre 42 e 90 minutos. A droga é extensamentemetabolizada pelascolinesterases (principalmente nofígado eplasma sanguíneo), e somente cerca de 1% da droga é excretada na urina em sua forma inalterada.[100]

O metabolismo da cocaína é afetado por clivagemhidrolítica, de modo que os metabólitos eliminados são vários: benzoilecgonina (BE), seu principalmetabólito, e outros metabólitos menores, como a ecgonina o éster metílico de ecgonina (EME), que é produzido pelo metabolismo dapseudocolinesterase plasmática.[100] Outros metabólitos da cocaína são a norcocaína, p-hidroxicocaína, m-hidroxicocaína, p-hidroxibenzoilecgonina (pOHBE) e m-hidroxibenzoilecgonina.[101] Se consumida em associação comálcool, a cocaína é conjugada nofígado e forma ococaetileno.[100] Estudos sugerem que o cocaetileno possui maior potencialeufórico ecardiotoxicidade mais elevada do que a cocaína consumida por si só.[100]

Os metabólitos da cocaína são detectáveis na urina em período de tempo variável, a depender das funçõeshepáticas erenais de cada indivíduo. A benzoilecgonina pode ser detectada na urina em cerca de quatro horas após a ingestão de cocaína, permanecendo detectável por até oito dias após o uso quando em concentrações plasmáticas superiores a 150 ng/mL. A detecção dosmetabólitos da cocaína em testes de cabelo nos usuários crônicos pode detectar os metabólitos por até anos, de modo que se tornam indetectáveis apenas quando as partes do cabelo que cresceram durante o uso da cocaína sejam cortadas ou caiam.[102]

Mecanismo de ação

[editar |editar código-fonte]
Cocaína em pó comprimida

A cocaína é um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nosneurônios. A dopamina e a noradrenalina sãoneurotransmissores cerebrais que são secretados para asinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos dasanfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.[carece de fontes?]

Anoradrenalina e aadrenalina são neurotransmissores ehormona dosistema simpático (sistema nervoso autônomo). Elas são normalmente ativadas em situações de stress agudo ("lutar ou fugir") em que o indivíduo necessita de todas as forças e agem junto aos órgãos de modo a obtê-las: aumentam a contração e frequência cardíacas, aumentam a velocidade e clareza do pensamento, destreza dos músculos, inibem a dor, aumentam atensão arterial. O indivíduo sente-se invulgarmente consciente e desperto, eufórico, excitado, com mente clara e sensação de paragem do tempo. A cocaína é um forte potenciador do sistema nervoso simpático, tanto no cérebro, como na periferia.[carece de fontes?]

Adopamina é o neurotransmissor principal das vias meso-limbicas e meso-estriadas. Essas vias têm funções de produzir prazer em resposta a acontecimentos positivos na vida do indivíduo, recompensando a aquisição de novos conhecimentos ou capacidades (aprendizagem), progresso nas relações sociais, relações emocionais e outros eventos. O aumento artificial da dopamina nas sinapses pela cocaína vai ativar anormalmente essas vias. O consumidor sente-se extremamente autoconfiante, poderoso e hiperativo, de uma forma que não corresponde à sua real situação ou habilidade. Com a regularização do consumo, as vias dopaminérgicas são modificadas e pervertidas ("highjacked") e a cocaína passa de facilitadora do sentimento de sucesso e confiança face a situações externas, para simples recompensa derivada diretamente de um distúrbio bioquímico cerebral criado pela própria droga, que é dela dependente. O bem-estar desliga-se de condicionantes externas, passando a ser apenas uma medida do tempo passado desde a última dose. A motivação do indivíduo torna-se "irreal", desligando-se dos interesses sociais, familiares, emocionais, ambição profissional ou aprendizagem de formas de lidar com novos desafios, para se concentrar apenas na droga, que dá um sentimento de auto-realização artificial de intensidade impossível de atingir de outra forma.[carece de fontes?]

Química

[editar |editar código-fonte]

Aparência

[editar |editar código-fonte]
Uma porção de cloridrato de cocaína

Em sua forma mais pura, a cocaína possui um aspecto branco e brilhoso. A cocaína em pó é umsal, normalmente em forma decloridrato. Geralmente, a cocaína vendida nas ruas é adulterada comagentes de corte, comotalco,lactose,sacarose,glicose,manitol,inositol,cafeína,procaína,fenciclidina,fenitoína,levamisol,lidocaína,estricnina,anfetamina ou mesmoheroína.[103]

A cor da cocaína em forma decrack depende de vários fatores, como a origem da droga, o método utilizado para sintetizá-la – comamônia oubicarbonato de sódio – e seu grau de impurezas. Geralmente, a coloração varia do branco a um tom amarelado, mas também pode ter um aspecto marrom claro. Sua textura também varia a depender dos adulterantes, da origem e do processamento da cocaína em pó e do método de biossíntese da base livre. Pode variar de uma textura quebradiça, por vezes extremamente oleosa, a uma natureza de maior dureza e quase cristalina.

Formas

[editar |editar código-fonte]
Sais

A cocaína é umalcaloidetropano levemente alcalino e pode, portanto, combinar-se com compostos ácidos para formarsais. O cloridrato da cocaína (HCl) é a forma mais comum da droga como sal, embora os sais desulfato (SO42-) enitrato (NO3-) também sejam encontrados. Os sais se dissolvem em maior ou menor grau a depender dos solventes e do tipo de sal, a exemplo do cloridrato, que é bastante solúvel em água e, por isso, comumente injetado.[104]

Pasta base
Pedras de crack

A pasta base oubase livre é a formabásica da cocaína, em oposição à forma desal. Quando em base livre, a cocaína é praticamente insolúvel em água. Adicionalmente, o fumo da base livre libera metilecgonidina no organismo do usuário, produto dapirólise da substância (um efeito colateral que ainsuflação ou injeção não produzem). Por este fato, pesquisas sugerem que fumar cocaína em forma de base livre possui maiorcardiotoxicidade se comparada a outrasvias de administração,[105] justamente por causa dos efeitos da metilecgonidina no tecido pulmonar[106] e hepático.[107] A cocaína pura é sintetizada por meio da neutralização de seu sal em solução alcalina, que é posteriormente refinado por meio deextração líquido-líquido em solvente aquoso.

Crack

O ato de fumarcrack, que é a forma solidificada da cocaína, produz efeitos intensos e que se iniciam em segundos. Embora os efeitos estimulantes possam durar horas, a sensação de euforia é muito breve, de modo que osestímulos reforçadores levam o usuário a fumar repetidas vezes. A cocaína em pó (cloridrato de cocaína) se degrada facilmente quando queimada, de modo que o crack pode ser fumado mais facilmente porque sofre pouca ou nenhuma degradação porpirólise.

O crack é uma forma de base livre de cocaína, mas com menor pureza, e é geralmente sintetizado pela neutralização do cloridrato de cocaína em solução debicarbonato de sódio e água, gerando um produto duro e quebradiço.[108] A origem do nomecrack vem dos estalidos produzidos quando a cocaína em forma de crack e suas impurezas são aquecidas.[109]

Infusões de folhas de coca

Ainfusão de folhas de coca (também conhecida comochá de coca) é tradicionalmente consumida em países que cultivam aplanta de coca extensivamente. A comercialização gratuita e legal das folhas secas de coca sob a forma de chá foi promovida pelos governos doPeru e daBolívia por muitos anos, sob alegação de ser uma bebida com propriedades medicinais. No Peru, aNational Coca Company, uma empresa estatal, vende chás e também exporta as folhas de coca para osEstados Unidos para fins medicinais.[110]

Os turistas que chegam à cidade deCusco, no Peru, e deLa Paz, na Bolívia, são recepcionados com ofertas de chá de coca, para supostamente ajudá-los a lidar com omal da montanha. Os efeitos de beber o chá de coca são levemente estimulantes, além de que este não produz um entorpecimento significativo nas mucosas orais, nem uma sensação de euforia como ao insuflar ou injetar cocaína.[111] Porém, a benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, pode ser detectada na urina das pessoas em horas após beber o chá de coca.[112]

Biossíntese

[editar |editar código-fonte]
Biossíntese da cocaína

A molécula de cocaína foi sintetizada pela primeira vez em 1898, pelo químico alemãoRichard Willstätter.[113] A síntese de Willstätter isolou a cocaína da tropinona (uma percursora daatropina) em forma de nitrato (-NO3). Após o trabalho pioneiro de Willstätter, os químicosRobert Robinson e Edward Leete deram contribuições significativas para a síntese da droga.

Os átomos adicionais de carbono necessários para a síntese de cocaína são derivados daacetilcoenzima A (acetil-CoA), reação que se dá por meio da adição de duas unidades de acetil-CoA ao cátionN-metil-Δ¹-pirrolino.[114] A primeira adição é uma reação do tipoMannich, com o ânion de acetil-CoA atuando comnucleófilo em sua interação com o cátion pirrolínico. A segunda adição ocorre por meio de uma condensação de Claisen, que produz umamistura racêmica da pirrolina ([2,3-13C2]4(Metil-2-pirrolidinil)-3-oxobutanoato), e por retenção do tioéster na condensação de Claisen.[115] Na biossíntese da cocaína, apenas oenantiômeroS- é capaz de se ciclizar para formar os anéis de tropano da cocaína[116] Isto se deve àquiralidade associada ao C-2.[117] Este processo ocorre por meio de uma oxidação, que regenera o cátion pirrolínico, forma umânion enolato por aminometilação do carbono ativado numareação de Mannich. O sistema de anéis do tropano sofrehidrólise e metilação por meio dofosfato de dinucleótido de nicotinamida e adenina (NADPH) e forma ametilecgonina. A porçãobenzoíla necessária para a formação do diéster de cocaína é sintetizada a partir dafenilalanina por meio deácido cinâmico.[118]

CátionN-metil-pirrolínio

Abiossíntese começa com aL-glutamina, que é derivada daL-ornitina presente em plantas. A principal contribuição daL-ornitina e daL-arginina como precursores do anel dotropano foi confirmada por Edward Leete.[119] Em seguida, a ornitina sofre descarboxilação porpiridoxal fosfato e forma a putrescina.[120]

Descarboxilação-acetona

A biossíntese do alcaloide tropano ainda é inconclusiva. Hipóteses sugerem que o acetonedicarboxilato de Robinson atua como um intermediário nesta reação.[121] Assim, por condensação deN-metilpirrolínio e acetonedicarboxilato seria formado o oxobutirato, ao passo que a descarboxilação levaria à formação de alcaloide tropano.

Redução da tropinona

A redução da tropinona é mediada por enzimas redutase, como onitrato redutase, os quais são dependentes doNADPH.[122] Várias espécies de plantas contêm a tropinona redutase I (TRI) e a tropinona redutase II (TRII). A TRI produz tropina, e a TRII produz pseudotropina. Devido às diferentes características cinéticas e de pH das enzimas, a maior parte da redução da tropinona é derivada da TRI, além de que sua atividade é cerca de vinte e cinco vezes maior em relação à TRII.[123]

História

[editar |editar código-fonte]

Andes e planta da coca

[editar |editar código-fonte]

Afolha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 5 000 anos pelospovos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio ativo, por esta via, é muito baixa). OsIncas e outros povos dosAndes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.

Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios aocristianismo, declararam a planta produto dodemónio.

O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas eossos partidos ou curar aconstipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em1580.

Primeiras experiências

[editar |editar código-fonte]

A cocaína é extraída das folhas do arbusto dacoca (Erythroxylon coca), que possuigineceu constituído de três carpelos, cálice de cincosépalas ecorola de cinco pétalas. Suas folhas são alternadas, elípticas e pecioladas.[carece de fontes?] O alcaloide (cocaína) foi isolado das folhas de coca porNiemann em1859[124] ou1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antesFriedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em1855[124] ou1856.[125]

Vinho Mariani

O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à América do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químicoAngelo Mariani desenvolveu, em1863 ovinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo doetanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado peloPapa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.

ACoca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado daItália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até1903 a incluir cocaína nos seus ingredientes,[7] e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atrativo inicial da bebida.

A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim doséculo XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-seUlysses Grant, oPapa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto eFrédéric Bartholdi (francês, criador daEstátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta.

Popularização

[editar |editar código-fonte]
Anúncio à Coca-Cola com cocaína, c. 1900

A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodependência demorfina.EmViena, Tedescos como[126]Sigmund Freud, o médico psiquiatra criador dapsicanálise experimentou-a em si para efeitos analgésicos por conta do tumor e posterior câncer que teve na região máxilo-buco-facial. Publicou inclusivamente um ensaio intituladoÜber Coca sobre a sua vivência.[127] Foi ele que a forneceu ao oftalmologistaKarl Köller, que em1884 a usou pela primeira vez enquantoanestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.

A popularidade da cocaína ganha terreno: Em1885 a companhia americanaParke-Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloquentes e os sofredores insensíveis à dor". O personagem fictícioSherlock Holmes (personagem deArthur Conan Doyle) chega mesmo a injetar cocaína nas veias numa das histórias. Em1909,Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem àAntártida, assim como o CapitãoRobert Scott.

Proibição

[editar |editar código-fonte]
Esta subseçãonão citafontes confiáveis. Ajude ainserir referências. Conteúdo nãoverificável pode ser removido.—Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)(Junho de 2021)

Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, inclusive nosEstados Unidos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos Estados Unidos sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado direto do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.[carece de fontes?]

Apesar dos motivos iniciais, é consensual entre a comunidade médica que os elevados efeitos autodestruidores do consumo de cocaína são plenamente justificativos da proibição atual.

O crack foi um desenvolvimento moderno do consumo da cocaína. É muito mais barato e fácil de consumir, e as comunidades pobres arruínam-se ainda mais por todo o mundo devido ao seu consumo.

Muitos usuários de cocaína, conhecendo o crack, começaram a utilizar somente ele, pois o efeito de euforia é mais forte do que da cocaína e por muitos não terem dinheiro para comprar ambas, compram somente o crack. Porém isso não é uma regra, muitos usuários de cocaína e crack, podem ter uso abusivo de ambas ou mais ainda da cocaína, dependendo da assimilação do usuário.

A cocaína não produz o mesmo efeito depois de anos de utilização, então no usuário que consome 1 grama, ela não causa mais efeito. Por sua vez, com o crack, o usuário sente um efeito potente, mas bem menos duradouro do que a cocaína, isto é, o usuário sente um efeito rápido.

Muitos usuários de cocaína ou crack abusam demasiadamente da droga, pois o seu efeito é breve. Assim, a vontade de ter novamente as sensações causadas psicologicamente pela droga faz com que as doses sejam cada vez maiores, o que pode ocasionar overdose.

Uso moderno

[editar |editar código-fonte]

O consumo de cocaína continua prevalente em todos os estratos socioeconômicos, levando em conta dados demográficos, econômicos, sociais, políticos, religiosos e trabalhistas.[128]

Estima-se que o mercado de cocaína nos Estados Unidos superou 70 bilhões de dólares em 2005, valor superior a receitas de grandes empresas, como aStarbucks.[129][130] Há uma alta demanda por cocaína no mercado dos Estados Unidos, e o taxamento da cocaína como umadroga de clube mostra sua popularidade entre pessoas que frequentam festas noturnas eraves.[131]

Em 1995, aOrganização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Inter-regional de Pesquisa sobre Crime e Justiça das Nações Unidas (UNICRI) finalizaram a elaboração do maior estudo global até então sobre o uso de cocaína. No entanto, uma decisão de um representante americano naAssembleia Mundial da Saúde vetou a publicação do estudo, pois argumentou que o documento promovia o uso positivo da cocaína. Um trecho do relatório dizia, por exemplo, "que o uso ocasional de cocaína não costuma levar a problemas físicos ou sociais graves ou mesmo menores". Na sexta reunião do comitê, o representante dos EUA disse que "Se as atividades da Organização Mundial da Saúde relacionadas às drogas não reforçassem as abordagens utilizadas de controle sobre drogas, os fundos de financiamento para estes programas deverão ser reduzidos". Isso levou à decisão de cancelar a publicação. Mesmo assim, uma parte do estudo foi publicada em 2010, incluindo perfis de consumo da cocaína em vinte países, mas este documento possuía limitações em seus dados estatísticos.[132]

Sociedade e cultura

[editar |editar código-fonte]
A Guarda Costeira dos EUA emMiami descarrega cocaína apreendida
Polícia dos Estados Unidos inspecionando um carregamento de cocaína

Legalidade

[editar |editar código-fonte]
Ver artigo principal:Legalidade da cocaína

A produção, distribuição e venda de produtos contendo cocaína e seus derivados são restritas ou ilegais na maioria dos países, conforme foi regulamentado pelaConvenção Única sobre Entorpecentes e pela Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas. Nos Estados Unidos, a fabricação, importação, posse e distribuição de cocaína são regulamentadas também pela Lei de Substâncias Controladas de 1970. Alguns países, como Peru e Bolívia, permitem o cultivo da folha de coca para consumo tradicional pelapopulação indígena, mas proíbem a produção, venda e consumo de cocaína.[133] As quantidades que um cocaleiro pode produzir anualmente são protegidas por leis, a exemplo do acordo Cato na Bolívia.[134] Além disso, algumas regiões da Europa, Estados Unidos e Austrália permitem o uso médico do cloridrato de cocaína.

O mercado norte-americano de cocaína é o maior do mundo, e se estima que tenha movimentado cerca de 70 000 milhões de dólares, em 2005, mais do que o faturamento de muitas empresas.[135]

Austrália

A cocaína é uma substância proibida de na Austrália e uma droga classificada comoSchedule 8.[136] Uma substância nesta classificação é uma droga controlada que possui restrição de fabricação, fornecimento, distribuição, posse e uso, a fim de reduzir o abuso, o uso indevido e a dependência física da droga.[136]

Estados Unidos

OsEstados Unidos impõem uma exigência de rotulagem nacional para produtos contendo cocaína e seus derivados por meio doPure Food and Drug Act de 1906.[137] Outra lei de regulamentação federal é oHarrison Narcotics Tax Act de 1914.[138] A Lei Harrison não reconheceu atoxicodependência como uma doença e, desse modo, o uso terapêutico de cocaína, heroína ou morfina foi proibido, o que gerou um editorial de 1915 na revistaAmerican Medicine, que disse que ao viciado "é negado o atendimento médico que ele precise com urgência, e também as fontes quais estele anteriormente obtinha seu suprimento de droga, de modo que ele levado àmarginalização".[139] A Lei Harrison praticamente não afetou os produtores de cocaína, exigindo destes somente que atendessem aos padrões de pureza e rotulagem.[140] Apesar de a cocaína ser tipicamente traficada e vendida ilegalmente, as quantidades produzidas de cocaína legal pouco diminuíram.[140] As quantidades de cocaína legal diminuíram somente a partir da Lei Jones-Miller de 1922, que impôs restrições mais severas aos cultivadores de coca.[140]

Apreensões

[editar |editar código-fonte]

Em 2004, de acordo com relatório daOrganização das Nações Unidas (ONU), 589toneladas de cocaína foram apreendidas no mundo pelas autoridades policiais. Deste número, líder no ranking de apreensões, aColômbia apreendeu 188 toneladas.[141]

Economia

[editar |editar código-fonte]

Devido ao potencial elevado em causar dependência e overdose, a cocaína é considerada uma "droga pesada", com penalidades geralmente mais severas em relação ao porte e tráfico deste entorpecente. A demanda continua alta e, consequentemente, a cocaína traficada é bastante lucrativa e vendida a preços elevados, especialmente empaíses desenvolvidos. A cocaína não processada, como as folhas decoca, também é comercializada, mas isso é extremamente raro, pois é muito mais mais lucrativo seu contrabando em forma de cloridrato.

Produção

Desde 2019, a Colômbia é o maior produtor mundial de cocaína, sendo que esta produção triplicou desde 2013.[142][143] Três quartos da produção anual mundial de cocaína são produzidos na Colômbia, tanto a partir da base de cocaína importada doPeru (principalmente pelorio Huallaga) e daBolívia. A coca cultivada para fins tradicionais pelas comunidades indígenas, um uso que ainda existe e é permitido pela legislação colombiana, representa apenas uma pequena parcela da produção total de coca, pois a maior parte desta é usada para suprir o mercado do tráfico de drogas.

Em entrevista a umcocalero, publicada em 2003, um modo de produção porextração ácido-base que pouco mudou desde 1905. Aproximadamente 283 kg de folhas foram colhidas porhectare, em seis levas por ano. As folhas passaram por secagem durante doze horas, e depois foram picadas epolvilhadas com uma pequena quantidade de cimento em pó (que atua, neste caso, como substituto docarbonato de sódio). Em seguida, a mistura foi embebida em gasolina durante um dia, e após a retirada da gasolina as folhas foram prensadas para que os líquidos fossem eliminados. Após a secagem, oácido sulfúrico é aplicado nas folhas, de modo a criar uma separação dasfases na qual abase livre de cocaína, já acidificada em gasolina, é extraída e colocada em baldes. Após isto, foi adicionadohidróxido de sódio em pó, causandoprecipitação da cocaína, que já pode ser extraída porfiltração. O material resultante, quando seco, é chamado depaco e vendido peloscocaleros. Após a venda, a recristalização por adição de novos solventes é frequentemente realizada em laboratórios especializados.[144]

Estimativas de cultivo de coca na região dosAndes e do potencial de produção para cocaína pura[145]
20002001200220032004
Cultivo km²1 875 km²2 218 km²2 007 km²1 663 km²1 662 km²
Potencial de produção para cocaína pura (emtoneladas)770925830680645

Tráfico e distribuição

[editar |editar código-fonte]
Cocaína adulterada com aroma de frutas

Os traficantes envolvidos em grupos decrime organizado operam em larga escala e dominam o comércio de cocaína. A maior parte da cocaína é cultivada e processada em países daAmérica do Sul, especialmente naColômbia,Bolívia ePeru, e muito contrabandeada para os Estados Unidos e Europa, sendo os Estados Unidos o maior consumidor mundial de cocaína,[146] mesmo que a droga seja vendida a preços mais elevados no mercado americano.[147]

Rotas caribenhas e mexicanas

Em 2005, os carregamentos de cocaína da América do Sul eram transportados cruzando o México e os países da América Central, geralmente por via terrestre ou aérea, com locais de parada no norte do México. Ao chegar nesta região, a cocaína é dividida em porções menores para cruzar a fronteira entre os Estados Unidos e o México. Os principais locais de importação de cocaína nos Estados Unidos são o Arizona, o sul da Califórnia, o sul da Flórida e o Texas. Estima-se que um quarto da cocaína que entra nos Estados Unidos advém da fronteira mexicana, e o restante entra principalmente pela Flórida.[148] Em 2015, oCartel de Sinaloa era a principal organização criminosa associada ao tráfico de cocaína para os Estados Unidos.[149]

Vendas a usuários
Cocaína contrabandeada dentro de umcharango, 2008

A cocaína está amplamente disponível nas áreas metropolitanas da maioria dos países. De acordo com oPulse Check de 1998, um relatório publicado pelo Escritório de Política Nacional de Controle de Drogas dos Estados Unidos, o consumo de cocaína se estabilizou no país, mas leves aumentos foram registrados emSan Diego,Bridgeport,Miami eBoston. Na costa oeste dosEstados Unidos, o uso de cocaína era menor, o que se pensava ser devido à ascensão do consumo demetanfetamina entre os usuários, pois esta é mais barata, mais potente e seu efeito entorpecente é mais duradouro.[150] No entanto, o número de usuários de cocaína continua alto, com grande concentração entre os jovens.[151] A qualidade, em termos de pureza, e o preço da droga variam drasticamente, dependendo da oferta e da demanda e do local em que é vendida.[152]

Em 2008, oObservatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) relatou que o preço da cocaína variava de €50 a €75 por grama na maioria dos países europeus, mas emChipre,Romênia,Suécia eTurquia os valores médios eram mais elevados.[153]

Consumo

Em 2000, o consumo mundial de cocaína por ano era de cerca de 600 toneladas, com os Estados Unidos consumindo cerca de 50% do total e a Europa cerca de 25%.[154] Estima-se que 1,5 milhão de pessoas nos Estados Unidos consumiram cocaína em 2010, o que representa uma queda se comparado a média de 2,4 milhões de pessoas em 2006[155] Por outro lado, o uso de cocaína está aumentando na Europa, com prevalências mais altas naEspanha,Reino Unido,Itália eIrlanda[155]

O Relatório Mundial sobre Drogas de 2010 daOrganização das Nações Unidas (ONU) disse que “parece que o valor do mercado de cocaína na América do Norte caiu de 47 bilhões de dólares em 1998 para 38 bilhões em 2008" e que "entre 2006 e 2008, o valor de mercado da droga permaneceu praticamente estável".[156]

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

  1. «Gírias utiilizadas no mundo das drogas».siteantigo.portaleducacao.com.br. Portal Educação. Consultado em 15 de fevereiro de 2021.Cópia arquivada em 21 de novembro de 2020 
  2. «What is the abbreviation for cocaine?».www.abbreviations.com (em inglês). Consultado em 15 de fevereiro de 2021 
  3. abFattinger K, Benowitz NL, Jones RT, Verotta D (julho de 2000). «Nasal mucosal versus gastrointestinal absorption of nasally administered cocaine».European Journal of Clinical Pharmacology.56 (4): 305–10.ISSN 0031-6970.PMID 10954344.doi:10.1007/s002280000147 
  4. Barnett G, Hawks R, Resnick R (1981). «Cocaine pharmacokinetics in humans».Journal of Ethnopharmacology.3 (2–3): 353–66.PMID 7242115.doi:10.1016/0378-8741(81)90063-5 
  5. Jeffcoat AR, Perez-Reyes M, Hill JM, Sadler BM, Cook CE (1989). «Cocaine disposition in humans after intravenous injection, nasal insufflation (snorting), or smoking».Drug Metabolism and Disposition.17 (2): 153–9.PMID 2565204 
  6. Wilkinson P, Van Dyke C, Jatlow P, Barash P, Byck R (março de 1980). «Intranasal and oral cocaine kinetics».Clinical Pharmacology and Therapeutics.27 (3): 386–94.PMID 7357795.doi:10.1038/clpt.1980.52 
  7. abc«Cocaína - Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas». Consultado em 9 de março de 2009. Arquivado dooriginal em 17 de maio de 2013 
  8. abcdefghijklmPomara, C; Cassano, T; D'Errico, S; Bello, S; Romano, AD; Riezzo, I; Serviddio, G (2012). «Data available on the extent of cocaine use and dependence: biochemistry, pharmacologic effects and global burden of disease of cocaine abusers.».Current medicinal chemistry.19 (33): 5647–57.PMID 22856655.doi:10.2174/092986712803988811 
  9. abcdeZimmerman, JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication.».Critical care clinics.28 (4): 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  10. Connors, NJ; Hoffman, RS (novembro de 2013). «Experimental treatments for cocaine toxicity: a difficult transition to the bedside.».The Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.347 (2): 251–7.PMID 23978563.doi:10.1124/jpet.113.206383 
  11. Harper, SJ; Jones, NS (Outubro de 2006). «Cocaine: what role does it have in current ENT practice? A review of the current literature.».The Journal of laryngology and otology.120 (10): 808–11.PMID 16848922.doi:10.1017/s0022215106001459 
  12. Sordo, L; Indave, BI; Barrio, G; Degenhardt, L; de la Fuente, L; Bravo, MJ (1 de setembro de 2014). «Cocaine use and risk of stroke: a systematic review.».Drug and Alcohol Dependence.142: 1–13.PMID 25066468.doi:10.1016/j.drugalcdep.2014.06.041 
  13. abGoldstein, RA; DesLauriers, C; Burda, AM (Janeiro de 2009). «Cocaine: history, social implications, and toxicity—a review.».Disease-a-month : DM.55 (1): 6–38.PMID 19081448.doi:10.1016/j.disamonth.2008.10.002 
  14. Sharma, HS; Muresanu, D; Sharma, A; Patnaik, R (2009). «Cocaine-induced breakdown of the blood–brain barrier and neurotoxicity».International Review of Neurobiology. International Review of Neurobiology.88: 297–334.ISBN 978-0-12-374504-0.PMID 19897082.doi:10.1016/S0074-7742(09)88011-2 
  15. Karch, Steven B. (2009).Karch's pathology of drug abuse 4 ed. Boca Raton: CRC Press. p. 70.ISBN 9780849378812.Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  16. Narcotic Drugs 2014(pdf). [S.l.]: INTERNATIONAL NARCOTICS CONTROL BOARD. 2015. p. 21.ISBN 9789210481571.Cópia arquivada(PDF) em 2 de junho de 2015 
  17. Karila, L; Zarmdini, R; Petit, A; Lafaye, G; Lowenstein, W; Reynaud, M (Janeiro de 2014). «[Cocaine addiction: current data for the clinician].».Presse Médicale.43 (1): 9–17.PMID 23727012.doi:10.1016/j.lpm.2013.01.069 
  18. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 de dezembro de 2014).«Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.».Lancet.385: 117–71.PMC 4340604Acessível livremente.PMID 25530442.doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2 
  19. Room, R; Reuter, P (7 de janeiro de 2012). «How well do international drug conventions protect public health?».Lancet.379 (9810): 84–91.PMID 22225673.doi:10.1016/s0140-6736(11)61423-2 
  20. Dwyer C, Sowerby L, Rotenberg BW (agosto de 2016). «Is cocaine a safe topical agent for use during endoscopic sinus surgery?».The Laryngoscope (Review).126: 1721–3.PMID 27075241.doi:10.1002/lary.25836  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  21. Cheng, Mary Hongying; Block, Ethan; Hu, Feizhuo; Cobanoglu, Murat Can; Sorkin, Alexander; Bahar, Ivet (9 de junho de 2015).«Insights into the Modulation of Dopamine Transporter Function by Amphetamine, Orphenadrine, and Cocaine Binding».Frontiers in Neurology.ISSN 1664-2295.PMC PMC4460958Acessível livrementeVerifique|pmc= (ajuda).PMID 26106364.doi:10.3389/fneur.2015.00134. Consultado em 9 de julho de 2023 
  22. abcDwyer C, Sowerby L, Rotenberg BW (agosto de 2016). «Is cocaine a safe topical agent for use during endoscopic sinus surgery?».The Laryngoscope (Review).126: 1721–3.PMID 27075241.doi:10.1002/lary.25836  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  23. «Drug Approval Package: Goprelto (cocaine hydrochloride)».U.S.Food and Drug Administration (FDA). 30 de abril de 2018. Consultado em 30 de abril de 2020 
  24. «Goprelto- cocaine hydrochloride solution».DailyMed. 3 de janeiro de 2020. Consultado em 30 de abril de 2020 
  25. «Numbrino: FDA-Approved Drugs».U.S.Food and Drug Administration (FDA). Consultado em 30 de abril de 2020  Este artigo incorpora texto desta fonte, que está nodomínio público.
  26. «Numbrino- cocaine hydrochloride nasal solution».DailyMed. 28 de fevereiro de 2020. Consultado em 30 de abril de 2020 
  27. «Goprelto- cocaine hydrochloride solution».DailyMed. 3 de janeiro de 2020. Consultado em 30 de abril de 2020 
  28. «Numbrino - cocaine hydrochloride nasal solution».DailyMed. 28 de fevereiro de 2020. Consultado em 30 de abril de 2020 
  29. World Health Organization (2004).Neuroscience of psychoactive substance use and dependence. [S.l.: s.n.]ISBN 9789241562355.Cópia arquivada em 30 de abril de 2016 
  30. World Health Organization (2007).International medical guide for ships. [S.l.: s.n.]ISBN 9789241547208.Cópia arquivada em 30 de abril de 2016 
  31. abZimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  32. Sordo L, Indave BI, Barrio G, Degenhardt L, de la Fuente L, Bravo MJ (setembro de 2014). «Cocaine use and risk of stroke: a systematic review».Drug and Alcohol Dependence (Systematic Review).142: 1–13.PMID 25066468.doi:10.1016/j.drugalcdep.2014.06.041  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  33. Donroe JH, Tetrault JM (julho de 2017). «Substance Use, Intoxication, and Withdrawal in the Critical Care Setting».Critical Care Clinics (Review).33: 543–558.PMID 28601134.doi:10.1016/j.ccc.2017.03.003 
  34. Usher, Tom (1 de fevereiro de 2019).«Como a cocaína afeta o esperma e o pau do usuário».www.vice.com.VICE. Consultado em 13 de fevereiro de 2021.Cópia arquivada em 24 de outubro de 2020 
  35. Fehrman, Elaine; Egan, Vincent; Gorban, Alexander N.; Levesley, Jeremy; Mirkes, Evgeny M.; Muhammad (2019).Personality Traits and Drug Consumption. A Story Told by Data. [S.l.]: Springer, Cham.ISBN 978-3-030-10441-2.arXiv:2001.06520Acessível livremente.doi:10.1007/978-3-030-10442-9 
  36. Barnett G, Hawks R, Resnick R (1981). «Cocaine pharmacokinetics in humans».Journal of Ethnopharmacology.3: 353–66.PMID 7242115.doi:10.1016/0378-8741(81)90063-5  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link); Jones, supra note 19; Wilkinsonet al., Van Dykeet al.
  37. abLuks AM, McIntosh SE, Grissom CK, Auerbach PS, Rodway GW, Schoene RB, Zafren K, Hackett PH (junho de 2010).«Wilderness Medical Society consensus guidelines for the prevention and treatment of acute altitude illness»(PDF).Wilderness & Environmental Medicine.21: 146–55.PMID 20591379.doi:10.1016/j.wem.2010.03.002.Cópia arquivada(PDF) em 15 de outubro de 2012  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)()
  38. «Oscar Magrini diz que na Globo tem quarto para cheirar pó e ter momentos íntimos».Gente. iG. 26 de novembro de 2020. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  39. «DrugFacts: Cocaine». National Institute on Drug Abuse. Abril de 2013. Consultado em 11 de julho de 2015.Cópia arquivada em 11 de julho de 2015 
  40. Zimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  41. Volkow ND, Wang GJ, Fischman MW, Foltin R, Fowler JS, Franceschi D, Franceschi M, Logan J, Gatley SJ, Wong C, Ding YS, Hitzemann R, Pappas N (agosto de 2000). «Effects of route of administration on cocaine induced dopamine transporter blockade in the human brain».Life Sciences.67: 1507–15.PMID 10983846.doi:10.1016/S0024-3205(00)00731-1  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  42. «Cocaine terminology».Cópia arquivada em 9 de julho de 2007 
  43. «Cocaine overdose: How much amount of cocaine to overdose?».AddictionBlog.org. 2 de fevereiro de 2014.Cópia arquivada em 12 de novembro de 2020 
  44. Bonkovsky HL, Mehta S (fevereiro de 2001). «Hepatitis C: a review and update».Journal of the American Academy of Dermatology.44: 159–82.PMID 11174373.doi:10.1067/mjd.2001.109311 
  45. Varella, Dr Drauzio (1 de setembro de 2011).«A epidemia do crack | Artigo».Drauzio Varella. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  46. Volkow ND, Wang GJ, Fischman MW, Foltin R, Fowler JS, Franceschi D, Franceschi M, Logan J, Gatley SJ, Wong C, Ding YS, Hitzemann R, Pappas N (agosto de 2000). «Effects of route of administration on cocaine induced dopamine transporter blockade in the human brain».Life Sciences.67: 1507–15.PMID 10983846.doi:10.1016/S0024-3205(00)00731-1  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  47. Dimitrijevic N, Dzitoyeva S, Manev H (agosto de 2004). «An automated assay of the behavioral effects of cocaine injections in adult Drosophila».Journal of Neuroscience Methods.137: 181–4.PMID 15262059.doi:10.1016/j.jneumeth.2004.02.023  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  48. abZimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  49. «Appendix B: Production of Cocaine Hydrochloride and Cocaine Base». US Justice Dep.Cópia arquivada em 30 de novembro de 2009 
  50. Volkow ND, Wang GJ, Fischman MW, Foltin R, Fowler JS, Franceschi D, Franceschi M, Logan J, Gatley SJ, Wong C, Ding YS, Hitzemann R, Pappas N (agosto de 2000). «Effects of route of administration on cocaine induced dopamine transporter blockade in the human brain».Life Sciences.67: 1507–15.PMID 10983846.doi:10.1016/S0024-3205(00)00731-1  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  51. Garcia RC, Torres LH, Balestrin NT, Andrioli TC, Flório JC, de Oliveira CD, da Costa JL, Yonamine M, Sandoval MR, Camarini R, Marcourakis T (fevereiro de 2017). «Anhydroecgonine methyl ester, a cocaine pyrolysis product, may contribute to cocaine behavioral sensitization».Toxicology.376: 44–50.PMID 27129946.doi:10.1016/j.tox.2016.04.009  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  52. Reist, Margaret (16 de janeiro de 2005).«A rose by another name: crack pipe».Lincoln Journal Star. Consultado em 21 de agosto de 2009.Cópia arquivada em 26 de julho de 2010 
  53. «Cocaine | FRANK».www.talktofrank.com. Consultado em 23 de janeiro de 2017.Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2017 
  54. Doss, P. L.; Gowitt, G. T. (dezembro de 1988).«Investigation of a death caused by rectal insertion of cocaine».The American Journal of Forensic Medicine and Pathology (4): 336–338.ISSN 0195-7910.PMID 3239554.doi:10.1097/00000433-198812000-00014. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  55. abZhao, Wei (2008).Mechanisms Mediating Sex Differences in the Effects of Cocaine. [S.l.: s.n.]ISBN 978-0-549-99458-9. Consultado em 25 de setembro de 2012.Cópia arquivada em 4 de abril de 2014 
  56. abO'Leary ME, Hancox JC (maio de 2010).«Role of voltage-gated sodium, potassium and calcium channels in the development of cocaine-associated cardiac arrhythmias».British Journal of Clinical Pharmacology.69: 427–42.PMC 2856043Acessível livremente.PMID 20573078.doi:10.1111/j.1365-2125.2010.03629.x 
  57. World Health Organization (2004).Neuroscience of psychoactive substance use and dependence. [S.l.: s.n.]ISBN 9789241562355.Cópia arquivada em 30 de abril de 2016 
  58. O'Leary ME, Hancox JC (maio de 2010).«Role of voltage-gated sodium, potassium and calcium channels in the development of cocaine-associated cardiac arrhythmias».British Journal of Clinical Pharmacology.69: 427–42.PMC 2856043Acessível livremente.PMID 20573078.doi:10.1111/j.1365-2125.2010.03629.x 
  59. Nutt DJ, King LA, Phillips LD (novembro de 2010). «Drug harms in the UK: a multicriteria decision analysis».Lancet.376: 1558–65.CiteSeerX 10.1.1.690.1283Acessível livremente.PMID 21036393.doi:10.1016/S0140-6736(10)61462-6  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  60. Biological Psychiatry.2 2 ed. [S.l.]: Wiley. 2002.ISBN 978-0-471-49198-9 
  61. Substance abuse: a comprehensive textbook 4 ed. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. 2004.ISBN 978-0-7817-3474-5. Consultado em 5 de janeiro de 2014.Cópia arquivada em 4 de abril de 2014 
  62. Substance abuse: a comprehensive textbook 4 ed. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. 2004.ISBN 978-0-7817-3474-5. Consultado em 5 de janeiro de 2014.Cópia arquivada em 4 de abril de 2014 
  63. Baigent, Michael (2003). «Physical complications of substance abuse: what the psychiatrist needs to know».Curr Opin Psychiatry.16: 291–296.doi:10.1097/00001504-200305000-00004 
  64. abZimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  65. Pagliaro, Louis; Pagliaro, Ann Marie (2004).Pagliaros' Comprehensive Guide to Drugs and Substances of Abuse. Washington, D.C.:American Pharmacists Association.ISBN 978-1-58212-066-9 
  66. «More bad news for cocaine users: Drug can triple risk of aneurysm».Scienceblog.com. 1999. Consultado em 10 de julho de 2007.Cópia arquivada em 11 de outubro de 2007 
  67. Trozak DJ, Gould WM (março de 1984). «Cocaine abuse and connective tissue disease».Journal of the American Academy of Dermatology.10. 525 páginas.PMID 6725666.doi:10.1016/S0190-9622(84)80112-7 
  68. Peces R, Navascués RA, Baltar J, Seco M, Alvarez J (1999). «Antiglomerular basement membrane antibody-mediated glomerulonephritis after intranasal cocaine use».Nephron.81: 434–8.PMID 10095180.doi:10.1159/000045328  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  69. Moore PM, Richardson B (julho de 1998).«Neurology of the vasculitides and connective tissue diseases».Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry.65: 10–22.PMC 2170162Acessível livremente.PMID 9667555.doi:10.1136/jnnp.65.1.10 
  70. Jaffe JA, Kimmel PL (julho de 2006). «Chronic nephropathies of cocaine and heroin abuse: a critical review».American Society of Nephrology.Clinical Journal of the American Society of Nephrology.1: 655–67.PMID 17699270.doi:10.2215/CJN.00300106 
  71. «Cocaine use and kidney damage». Oxford University Press. Março de 2000: 299–301.PMID 10692510.doi:10.1093/ndt/15.3.299.Cópia arquivada em 20 de abril de 2011 
  72. Sordo L, Indave BI, Barrio G, Degenhardt L, de la Fuente L, Bravo MJ (setembro de 2014). «Cocaine use and risk of stroke: a systematic review».Drug and Alcohol Dependence (Systematic Review).142: 1–13.PMID 25066468.doi:10.1016/j.drugalcdep.2014.06.041  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  73. Havakuk O, Rezkalla SH, Kloner RA (julho de 2017). «The Cardiovascular Effects of Cocaine».Journal of the American College of Cardiology (Review).70: 101–113.PMID 28662796.doi:10.1016/j.jacc.2017.05.014  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  74. Hoffman, Barbara L.; Schorge, John O.; Bradshaw, Karen D.; Halvorson, Lisa M.; Schaffer, Joseph I.; Corton (22 de abril de 2016).Williams Gynecology, Third Edition (em inglês). [S.l.]: McGraw Hill Professional.ISBN 9780071849098 
  75. Leveno, Kenneth J.; Spong, Catherine Y.; Dashe, Jodi S.; Casey, Brian M.; Hoffman, Barbara L.; Cunningham (12 de abril de 2018).Williams Obstetrics 25th ed. [S.l.]: McGraw-Hill Education.ISBN 9781259644320 
  76. «Overdose Death Rates».National Institute on Drug Abuse (NIDA). 28 de novembro de 2015.Cópia arquivada em 28 de novembro de 2015 
  77. Nestler EJ, Barrot M, Self DW (setembro de 2001).«DeltaFosB: a sustained molecular switch for addiction».Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.98: 11042–6.Bibcode:2001PNAS...9811042N.PMC 58680Acessível livremente.PMID 11572966.doi:10.1073/pnas.191352698  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  78. abHope BT (maio de 1998).«Cocaine and the AP-1 transcription factor complex».Annals of the New York Academy of Sciences.844: 1–6.Bibcode:1998NYASA.844....1H.PMID 9668659.doi:10.1111/j.1749-6632.1998.tb08216.x 
  79. abKelz MB, Chen J, Carlezon WA, Whisler K, Gilden L, Beckmann AM, Steffen C, Zhang YJ, Marotti L, Self DW, Tkatch T, Baranauskas G, Surmeier DJ, Neve RL, Duman RS, Picciotto MR, Nestler EJ (setembro de 1999). «Expression of the transcription factor deltaFosB in the brain controls sensitivity to cocaine».Nature.401: 272–6.PMID 10499584.doi:10.1038/45790  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  80. Colby CR, Whisler K, Steffen C, Nestler EJ, Self DW (março de 2003).«Striatal cell type-specific overexpression of DeltaFosB enhances incentive for cocaine».The Journal of Neuroscience.23: 2488–93.PMC 6742034Acessível livremente.PMID 12657709.doi:10.1523/JNEUROSCI.23-06-02488.2003  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  81. abNestler EJ, Barrot M, Self DW (setembro de 2001).«DeltaFosB: a sustained molecular switch for addiction».Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.98: 11042–6.Bibcode:2001PNAS...9811042N.PMC 58680Acessível livremente.PMID 11572966.doi:10.1073/pnas.191352698  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  82. Testededrogas
  83. R. Baselt,Disposition of Toxic Drugs and Chemicals in Man, 9th edition, Biomedical Publications, Seal Beach, California, 2011, pp. 390–394.
  84. Venkatratnam A, Lents NH (julho de 2011).«Zinc reduces the detection of cocaine, methamphetamine, and THC by ELISA urine testing».Journal of Analytical Toxicology.35: 333–40.PMID 21740689.doi:10.1093/anatox/35.6.333.Cópia arquivada em 18 de maio de 2012 
  85. «Meet the Chemist Behind Many Popular—and Faulty—Police Drug Kits».Pacific Standard (em inglês). 22 de junho de 2016. Consultado em 21 de abril de 2020 
  86. Gabrielson, Ryan; Sanders, Topher (7 de julho de 2016).«How a $2 Roadside Drug Test Sends Innocent People to Jail».The New York Times (em inglês).ISSN 0362-4331. Consultado em 21 de abril de 2020 
  87. Rothman RB, Baumann MH, Dersch CM, Romero DV, Rice KC, Carroll FI, Partilla JS (janeiro de 2001). «Amphetamine-type central nervous system stimulants release norepinephrine more potently than they release dopamine and serotonin».Synapse.39: 32–41.PMID 11071707.doi:10.1002/1098-2396(20010101)39:1<32::AID-SYN5>3.0.CO;2-3  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link) (Table V. on page 37)
  88. Pomara C, Cassano T, D'Errico S, Bello S, Romano AD, Riezzo I, Serviddio G (2012). «Data available on the extent of cocaine use and dependence: biochemistry, pharmacologic effects and global burden of disease of cocaine abusers».Current Medicinal Chemistry.19: 5647–57.PMID 22856655.doi:10.2174/092986712803988811  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  89. Hummel M, Unterwald EM (abril de 2002). «D1 dopamine receptor: a putative neurochemical and behavioral link to cocaine action».Journal of Cellular Physiology.191: 17–27.PMID 11920678.doi:10.1002/jcp.10078 
  90. Carta M, Allan AM, Partridge LD, Valenzuela CF (janeiro de 2003). «Cocaine inhibits 5-HT3 receptor function in neurons from transgenic mice overexpressing the receptor».European Journal of Pharmacology.459: 167–9.PMID 12524142.doi:10.1016/S0014-2999(02)02867-4  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  91. Filip M, Bubar MJ, Cunningham KA (setembro de 2004). «Contribution of serotonin (5-hydroxytryptamine; 5-HT) 5-HT2 receptor subtypes to the hyperlocomotor effects of cocaine: acute and chronic pharmacological analyses».The Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.310: 1246–54.PMID 15131246.doi:10.1124/jpet.104.068841  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  92. Beuming T, Kniazeff J, Bergmann ML, Shi L, Gracia L, Raniszewska K, Newman AH, Javitch JA, Weinstein H, Gether U, Loland CJ (julho de 2008).«The binding sites for cocaine and dopamine in the dopamine transporter overlap».Nature Neuroscience.11: 780–9.PMC 2692229Acessível livremente.PMID 18568020.doi:10.1038/nn.2146  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  93. «Sigma Receptors Play Role in Cocaine-induced Suppression of Immune System». Sciencedaily.com. 6 de maio de 2003. Consultado em 9 de março de 2010.Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2011 
  94. Lluch J, Rodríguez-Arias M, Aguilar MA, Miñarro J (novembro de 2005). «Role of dopamine and glutamate receptors in cocaine-induced social effects in isolated and grouped male OF1 mice».Pharmacology Biochemistry and Behavior.82: 478–87.PMID 16313950.doi:10.1016/j.pbb.2005.10.003  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  95. Knuepfer MM (março de 2003). «Cardiovascular disorders associated with cocaine use: myths and truths».Pharmacology & Therapeutics.97: 181–222.PMID 12576134.doi:10.1016/S0163-7258(02)00329-7 
  96. O'Leary ME, Hancox JC (maio de 2010).«Role of voltage-gated sodium, potassium and calcium channels in the development of cocaine-associated cardiac arrhythmias».British Journal of Clinical Pharmacology.69: 427–42.PMC 2856043Acessível livremente.PMID 20573078.doi:10.1111/j.1365-2125.2010.03629.x 
  97. Uz T, Akhisaroglu M, Ahmed R, Manev H (dezembro de 2003). «The pineal gland is critical for circadian Period1 expression in the striatum and for circadian cocaine sensitization in mice».Neuropsychopharmacology.28: 2117–23.PMID 12865893.doi:10.1038/sj.npp.1300254  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  98. McClung CA, Sidiropoulou K, Vitaterna M, Takahashi JS, White FJ, Cooper DC, Nestler EJ (junho de 2005).«Regulation of dopaminergic transmission and cocaine reward by the Clock gene».Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.102: 9377–81.Bibcode:2005PNAS..102.9377M.PMC 1166621Acessível livremente.PMID 15967985.doi:10.1073/pnas.0503584102  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  99. Carey RJ, Damianopoulos EN, Shanahan AB (janeiro de 2008). «Cocaine effects on behavioral responding to a novel object placed in a familiar environment».Pharmacology Biochemistry and Behavior.88: 265–71.PMID 17897705.doi:10.1016/j.pbb.2007.08.010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  100. abcdZimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  101. Kolbrich EA, Barnes AJ, Gorelick DA, Boyd SJ, Cone EJ, Huestis MA (outubro de 2006).«Major and minor metabolites of cocaine in human plasma following controlled subcutaneous cocaine administration».Journal of Analytical Toxicology.30: 501–10.PMID 17132243.doi:10.1093/jat/30.8.501.Cópia arquivada em 18 de julho de 2012  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  102. Czykanski, Marek (30 de dezembro de 2015).«Cocaine Metabolites in Hair».Chemistry Views. Consultado em 22 de julho de 2019 
  103. Modern Medical Toxicology,ISBN 978-93-5025-965-8 4th ed. , Jaypee, 2013, pp. 553–554 
  104. «Content Background: Chemical Characteristics of Cocaine».duke.edu. Consultado em 4 de maio de 2020 
  105. Scheidweiler KB, Plessinger MA, Shojaie J, Wood RW, Kwong TC (dezembro de 2003). «Pharmacokinetics and pharmacodynamics of methylecgonidine, a crack cocaine pyrolyzate».The Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics.307: 1179–87.PMID 14561847.doi:10.1124/jpet.103.055434  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  106. Yang Y, Ke Q, Cai J, Xiao YF, Morgan JP (janeiro de 2001).«Evidence for cocaine and methylecgonidine stimulation of M(2) muscarinic receptors in cultured human embryonic lung cells».British Journal of Pharmacology.132: 451–60.PMC 1572570Acessível livremente.PMID 11159694.doi:10.1038/sj.bjp.0703819  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  107. Fandiño AS, Toennes SW, Kauert GF (dezembro de 2002). «Studies on hydrolytic and oxidative metabolic pathways of anhydroecgonine methyl ester (methylecgonidine) using microsomal preparations from rat organs».Chemical Research in Toxicology.15: 1543–8.PMID 12482236.doi:10.1021/tx0255828  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  108. Ries, Richard K.; Miller, Sharon C.; Fiellin, David A. (2009).Principles of addiction medicine. [S.l.]:Lippincott Williams & Wilkins.ISBN 978-0-7817-7477-2. Consultado em 5 de janeiro de 2014.Cópia arquivada em 4 de abril de 2014 
  109. George, Nelson (1998).Hip Hop America. [S.l.]: Viking Penguin 
  110. Embury-Dennis, Tom.«It's legal to manufacture cocaine and heroin for medical use — and Britain is the world's biggest exporter».Business Insider 
  111. «Cocaine: Effects, Hazards & Warnings».Drugs.com 
  112. «Coca tea or mate de coca – the holy coca leaf infusion».inkanat.com. Consultado em 17 de dezembro de 2015.Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2015 
  113. Humphrey AJ, O'Hagan D (outubro de 2001). «Tropane alkaloid biosynthesis. A century old problem unresolved».Natural Product Reports.18: 494–502.PMID 11699882.doi:10.1039/b001713m 
  114. Medicinal Natural Products. Chicester: Wiley-Blackwell. 2009.ISBN 978-0-470-74276-1 
  115. Robins RJ, Abraham TE, Parr AJ, Eagles J, Walton NJ (1997). «The Biosynthesis of Tropane Alkaloids in Datura stramonium: The Identity of the Intermediates betweenN-Methylpyrrolinium Salt and Tropinone».J. Am. Chem. Soc.119: 10929–10934.doi:10.1021/ja964461p  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  116. Hoye TR, Bjorklund JA, Koltun DO, Renner MK (janeiro de 2000). «N-methylputrescine oxidation during cocaine biosynthesis: study of prochiral methylene hydrogen discrimination using the remote isotope method».Organic Letters.2: 3–5.PMID 10814231.doi:10.1021/ol990940s  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  117. Leete E, Bjorklund JA, Couladis MM, Kim SH (1991). «Late intermediates in the biosynthesis of cocaine: 4-(1-methyl-2-pyrrolidinyl)-3-oxobutanoate and methyl ecgonine».J. Am. Chem. Soc.113: 9286–9292.doi:10.1021/ja00024a039  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  118. Leete E, Bjorklund JA, Kim SH (1988). «The biosynthesis of the benzoyl moiety of cocaine».Phytochemistry.27: 2553–2556.doi:10.1016/0031-9422(88)87026-2  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  119. Leete E, Marion L, Spenser ID (outubro de 1954). «Biogenesis of hyoscyamine».Nature.174: 650–1.Bibcode:1954Natur.174..650L.PMID 13203600.doi:10.1038/174650a0  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  120. Robins RJ, Waltons NJ, Hamill JD, Parr AJ, Rhodes MJ (outubro de 1991). «Strategies for the genetic manipulation of alkaloid-producing pathways in plants».Planta Medica.57: S27-35.PMID 17226220.doi:10.1055/s-2006-960226  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  121. Hemscheidt T, Vederas JC (2000). «Tropane and Related Alkaloids».Top. Curr. Chem. Topics in Current Chemistry.209: 175.ISBN 978-3-540-66573-1.doi:10.1007/3-540-48146-X 
  122. Portsteffen A, Draeger B, Nahrstedt A (1992). «Two tropinone reducing enzymes from Datura stramonium transformed root cultures».Phytochemistry.31: 1135–1138.doi:10.1016/0031-9422(92)80247-C  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  123. Boswell HD, Dräger B, McLauchlan WR, Portsteffen A, Robins DJ, Robins RJ, Walton NJ (novembro de 1999). «Specificities of the enzymes of N-alkyltropane biosynthesis in Brugmansia and Datura».Phytochemistry.52: 871–8.PMID 10626376.doi:10.1016/S0031-9422(99)00293-9  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  124. ab«História da Cocaína». www.alcoolismo.com.br. 13 de janeiro de 2010. Consultado em 5 de abril de 2010. Arquivado dooriginal em 18 de março de 2010 
  125. Flávia Campos Bahls, Saint-Clair Bahls;Cocaína: origens, passado e presente; Interação em Psicologia, 2002, 6(2), p. 177-181
  126. «When Hitler Took Cocaine and Lenin Lost His Brain».Macmillan (em inglês). Consultado em 18 de janeiro de 2022 
  127. Freud, Sigmund. 1884. Ueber Coca. Centralblatt für die gesammte Therapie 2: 289-314, Seite 300 f.,http://vlp.mpiwg-berlin.mpg.de/library/data/lit29488.
  128. «Cocaine».Pharmacology for Anesthetists. [S.l.: s.n.] 
  129. «Apple Sanity – Fetish – Blow: War on Drugs VS. Cocaine». Applesanity.com. 17 de junho de 2008. Consultado em 13 de novembro de 2011.Cópia arquivada em 17 de junho de 2008 
  130. «Cocaine Market». Havocscope.com. Consultado em 9 de março de 2010.Cópia arquivada em 11 de novembro de 2012 
  131. «Cocaine».Pharmacology for Anesthetists. [S.l.: s.n.] 
  132. WHO/UNICRI (4 de fevereiro de 2010).«The WHO Cocaine Project».Transnational Institute. Consultado em 8 de junho de 2012.Cópia arquivada em 9 de agosto de 2012 
  133. Franklin, Jonathan (18 de agosto de 2009).«The world's first cocaine bar».The Guardian (em inglês).ISSN 0261-3077. Consultado em 23 de dezembro de 2016.Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2017 
  134. Grisaffi, Thomas.«The Cato Accord: Bolivia's Humane and Effective Approach to Controlling Coca Cultivation»(PDF).ain-bolivia.org. Consultado em 12 de janeiro de 2017.Cópia arquivada(PDF) em 3 de maio de 2016 
  135. «Apple Sanity – Fetish – Blow: War on Drugs VS. Cocaine». Web.archive.org. 17 de junho de 2008. Consultado em 5 de fevereiro de 2012.Cópia arquivada em 17 de Junho de 2008  (em inglês)
  136. ab«Poisons Standard». Comlaw.gov.au. 19 de janeiro de 2016.Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2016 
  137. (Gootenberg 1999, p. 37)
  138. (Madge 2001, p. 106)
  139. «Narcotic drug addiction». American-Medicine Publishing Company.American Medicine (em inglês): 799. Novembro de 1915. Consultado em 29 de abril de 2018.Cópia arquivada em 9 de maio de 2018 
  140. abc(Gootenberg 1999, p. 40)
  141. «Cocaine: Seizures, 1998–2003».World Drug Report 2006.2. New York:United Nations. 2006.Cópia arquivada em 14 de junho de 2007 
  142. Colombia . CIA World Factbook
  143. «Peru Overtakes Colombia as Top Cocaine Producer». NBC News. 31 de julho de 2012.Cópia arquivada em 4 de março de 2016 
  144. Streatfeild, Dominic (2003).Cocaine: An Unauthorized Biography. [S.l.]: Macmillan.ISBN 978-0-312-42226-4. Consultado em 5 de janeiro de 2014.Cópia arquivada em 15 de janeiro de 2014 
  145. NDIC (2006).«National Drug Threat Assessment 2006».Cópia arquivada em 11 de novembro de 2010 
  146. «Field Listing – Illicit drugs (by country)». Cia.gov. Consultado em 15 de janeiro de 2011.Cópia arquivada em 29 de dezembro de 2010 
  147. «How Much Is a Gram of Coke?».New Health Advisor. 3 de setembro de 2015.Cópia arquivada em 7 de março de 2017 
  148. Jacobson, Robert (2006).Illegal drugs: America's anguish 2005 ed. Farmington Hills, Michigan: Thomson Gale.ISBN 978-1-4144-0419-6 
  149. «2015 National Drug Threat Assessment Summary»(PDF).Drug Enforcement Administration. United States Department of Justice: Drug Enforcement Administration. Outubro de 2015. pp. 1–2. Consultado em 10 de abril de 2016.Cópia arquivada(PDF) em 10 de abril de 2016.Mexican TCOs pose the greatest criminal drug threat to the United States; no other group is currently positioned to challenge them. These Mexican poly-drug organizations traffic heroin, methamphetamine, cocaine, and marijuana throughout the United States, using established transportation routes and distribution networks. ... While all of these Mexican TCOs transport wholesale quantities of illicit drugs into the United States, the Sinaloa Cartel appears to be the most active supplier. The Sinaloa Cartel leverages its expansive resources and dominance in Mexico to facilitate the smuggling and transportation of drugs throughout the United States. 
  150. «Meth Info». Methproject.org.Cópia arquivada em 27 de março de 2010 
  151. «Drugs of Abuse».City of Denison Iowa. Consultado em 13 de novembro de 2011.Cópia arquivada em 6 de novembro de 2011 
  152. «Drugs: Pricing Power».The Economist. 28 de junho de 2007.Cópia arquivada em 6 de janeiro de 2014 
  153. European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (2008).Annual report: the state of the drugs problem in Europe(PDF). Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities.ISBN 978-92-9168-324-6. Consultado em 31 de dezembro de 2013.Cópia arquivada(PDF) em 25 de abril de 2013 
  154. The Cocaine Threat: A Hemispheric Perspective(PDF). [S.l.]:United States Department of Defense.Cópia arquivada(PDF) em 11 de setembro de 2008 
  155. abZimmerman JL (outubro de 2012). «Cocaine intoxication».Critical Care Clinics.28: 517–26.PMID 22998988.doi:10.1016/j.ccc.2012.07.003 
  156. United Nations (junho de 2010).World Drug Report 2010. [S.l.]: United Nations Publications.ISBN 978-92-1-148256-0.Cópia arquivada em 26 de abril de 2016 
Plantas/animais
Pessoas
Componentes
Ésteres
Ácido para-aminobenzóico
Ácido benzoico
Amidas
Combinacões
Controle de autoridade
Identificadores
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cocaína&oldid=69765117"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp