Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Cinema do Canadá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Artigos relacionados com a
Cultura do Canadá
História
Culinária
Turismo
Literatura
Música
Mídia
Cinema latino-americano
Cinema norte-americano
Cinema caribenho
Cinema do Canada

OCinema doCanadá é um conjunto de manifestaçõescinematográficas desenvolvidas porcanadenses. Desde o início, o cinema canadense encontrou grande dificuldade para definir-se, não só por causa da divisão da população em dois grupos distintos, mas principalmente porque firmas norte-americanas logo obtiveram o controle da distribuição e da exibição no país, passando a tratá-Io como parte integrante do próprio mercado cinematográfico dosEstados Unidos. Até bem recentemente, no cinema como no teatro, os canadenses só chegavam a alcançar renome mundial (Mary Pickford,Mack Sennett,Walter Huston e outros) através daBroadway e deHollywood.[1]

Projeções cinematográficas foram realizadas emterritóriocanadense a partir de1897, mas data de1906 a inauguração dos primeiros cinemas propriamente ditos, emToronto e depois em outrascidades. Já nessa época, oCanadá atraía a atenção de cinegrafistas estrangeiros, interessados em suas belezas naturais; e, em1900, aferrovia Canadian Pacific fez vir daInglaterra uma equipe comandada porGuy Bradford, que durante dois anos fotografou uma série intituladaLiving Canada (O Canadá vivo), destinada a encorajar a imigração britânica para o enorme país.[1]

Cinema mudo

[editar |editar código-fonte]

Durante a época docinema mudo, muitas foram as produções norte-americanas parcial ou totalmente filmadas noCanadá. Em 1913, aCanadian Bioscope Company produziaEvangeline (1913), primeiro longa-metragem autenticamente canadense, encenado porE. P. Sullivan eW. H. Cavanaugh na própriaAcádia descrita no poema de Longfellow. Em1917, inaugurava-se em Trenton o primeiro estúdio. Das produções relativamente numerosas realizadas entre1919 e1923, destacam-se os filmes deErnest Shipman, que emThe Sky pilot (1919;O Piloto do céu),The Foreigner (1921), etc., recorreu a romances populares deRalph Conner; e, emBack to God's country (1919;De volta à terra de Deus), ao prolíficoJames Oliver Curwood, autor de inúmeros filmes deHollywood feitos noCanadá ou noAlaska.[1]

Em1925, ofranco-canadensePaul Cazeneuve dirigiuWhy get married. (Por que casar?), comAndrée Lafayette, que faria carreira emHollywood. Em1927, após comprar o estúdio deTrenton, aCanadian Internacional Films, companhia criada peloinglêsW. F. Clarke, entregou aBruce Bairnsfather a realização do mais caro filme canadense,Carry on, sergeant (Prossiga, sargento), baseado num episódio daPrimeira Guerra Mundial. Tendo custado meio milhão dedólares, o filme foi um completo fracasso, especialmente por ser lançado quando o som começava a dominar.[1]

Cinema falado

[editar |editar código-fonte]

Ainda em1927, formava-se emMontreal aAssociated Screenews, para a produção de jornaia série Canadian cameos (Camafeus canadenses), com uma plasticidade até então desconhecida no cinema do Canadá. Em1943,Budge Crawley iniciou uma produção de documentários que prossegue até hoje.[1]

Nadécada de 1930, praticamente nenhum filme canadense de longa-metragem foi produzido. MasHollywood continuou a utilizar os cenários naturais canadenses, notadamente em aventuras daPolícia Montada. Em1938, aColumbia Pictures deHollywood produziu uma série de 14 filmes de baixo orçamento emVictoria. Em1939, porém, foi criado oNational Film Board/Ofiice National du Film (Instituto Nacional do Filme), cuja organização coube aJohn Grierson, o grande mentor do documentário brilànico; com a adesão de outro escocês,Norman McLaren (Stiriing1914-), o N.F.B. passou a render cada vez mais, nos terrenos do documentário e da animação, a partir de1941.[1]

Em1944, fundavam-se duas companhias que produziriam a maioria dos 15 filmes canadenses de longa-metragem lançados entre1945e1955: aQuébec Productions e aRenaissance Films. A Québec fez vir dois cineastas de origem russa e larga experiência:Phil Rosen (Marienburg1888-Hollywood1951), artesão do cinema norte-americano, fez apenasSins of fathers (Pecados dos pais), sobre o problema daeducação sexual;Fedor Ozep (Moscou1895-Ottawa1949), com boa reputação internacional, realizouLe Pére Chopin (1943;O Pai Chopin) e, finalmente, uma tentativa de produção em duas línguas (dois filmes, com a mesma história e elencos diferentes),La Forteresse (1946;A Fortaleza) eWhispering city (1947;A Cidade sussurrante).[1]

A nova geração

[editar |editar código-fonte]

Nadécada de 1950, surge uma nova geração de críticos e cineastas, primeiro em cineclubes e revistas especializadas, em seguida em experiências de curta metragem. Em1956, o N.F.B. passa a funcionar emMontreal, dando ênfase à produção emlíngua francesa. Em1963, o N.F.B. participa pela primeira vez de doisfilmes delonga metragem, um eminglês,The Drylanders (Os Homens da terra seca), dePeter Jones, e um emfrancês,Pour la suite du monde (Para que o mundo continue), dirigido por dois dos principais responsáveis pelo novo cinema canadense:Michel Brault (Montreal1928-) ePierre Perrault (Montreal1927-).[1]

Afirmação do cinema canadense

[editar |editar código-fonte]

Antes conhecido somente pelosdocumentários do N.F.B. e as experiências de animação de McLaren e seus pupilos (Pierre Hébert,Grant Munro,Gerald Pollerton e outros), o cinema canadense afirmou-se nacional e internacionalmente nadécada de 1960. A partir de1968, estabeleceu-se aCanadian Film Development Corporation (Companhia de Fomento do Filme Canadense), que em seus primeiros três anos considerou 238 projetos (168 eminglês, 70 emfrancês), terminando por aprovar 104(64/40). Hoje, ao lado dos filmes produzidos (ou co-produzidos) pelo N.F.B., há uma sensível melhoria na produção de empresas particulares, como a veteranaCrawley deOttawa, aChetwyn e aWesuninster deToronto, aCanawest deVancouver, a Chinook deCalgary, etc.[1]

Depois do ímpeto inicial dado por Brault e Perrault em1962, muitos outros cineastas — quase todos saídos dos documentários de curta e média metragem - passaram aos filmes longos: em1963,Claude Jutra (Montreal1930-) comA tout prendre (lançado noBrasil comoPensando bem); em1964,Gilles Groulx (Saint-Henri,Montreal1931-) comLe Chat dans le Sal: (O Gato no saco) eDon Owen (Toronto1933-) comNobody waved good-bye (Ninguém deu adeus); em1965,Gilles Carle (Maniwaki1929-) comLa Vie heureuse de Léopold Z (A Vida feliz de Léopold Z) eJean-Pierre Lefêbvre (Montreal1941-) com uma produção em 16mm,Le Révolulionnaire (O Revolucionário); em1966,Jacques Godboul (Montreal1933-) comYul 871 eArthur Lamothe (Saint-Mont,Gers,França1928-) comPoussiére sur Ia ville (Poeira sobre a cidade).[1]

Vieram em seguidaEric Till (Inglaterra1929-), comA Great big thing (1967;Uma Coisa muito grande);Paul Almond (Montreal1931-), comIsabel;Donald Shebib (Vancouver1945-), comGoing down the road (1970;Descendo pela estrada). No documentário, ao lado do trabalho consislente deColin Low (Cardston1925-), há a deslacar a obra deAllan King (Vancouver1930-) e doalemãoWolf Koenig (Dresden1927).[1]

King levou o chamado cinema-verdade às últimas consequências emWarrendale (1967), libelo contra oshospicios,Married couple (Casal casado) eYouth film (Filme da juventude). Em colaboração comRoman Kroitor (Yorkrown1927-), Koenig realizou emLonely boy (1962;Rapaz solitário), uma notável biografia do cantor e compositor popularPaul Anka.[1]

Nem todos os longa-metragens de estreia foram inteiramenle bem sucedidos, mas os talentos de seus realizadores tiveram confirmação em obras subsequentes:Paul Almond, comThe Act of the hearth/Acte du coeur (O Ato do coração);Michel Brault, comEntre la mer et l'eau douce (Entre o mar e a água doce);Gilles Carle, comLes Máles (Os Machos);Claude Jutra, comMon onele Antoine (Meu tio Antoine);Arthur Lamothe, comAdieu,Philippines;Don Owen, comThe Emie game (O Golpe de Emie), etc.[1]

Em1969, oCanadá tinha 1.428cinemas, com uma frequência de mais de 90 milhões de espectadores anuais. Além disso, o país possui mais uns dois mil locais de exibição emcineclubes,universidades, etc., quase todos com equipamento próprio.[1]

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

  1. abcdefghijklmnHouaiss et al. 1993, p. 1988.

Bibliografia

[editar |editar código-fonte]
  • Houaiss, Antônio; Alves Netto, Cosme; Viany, Alex (1993). «Canadá: Letras e artes: Cinema».Enciclopédia Mirador Internacional.5. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda 
Tópicos sobre oCanadá
Capital:Ottawa /Maior cidade:Toronto
Tópicos
Listas
Províncias
Territórios
Capitais

Províncias:Vitória · Edmonton · Regina · Winnipeg · Toronto · Quebec · Fredericton · Charlottetown · Halifax · St. John's
Territórios:Whitehorse · Yellowknife · Iqaluit

Outras cidades
importantes
Países
América
Territórios
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cinema_do_Canadá&oldid=67025690"
Categoria:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp