Cinema (dogrego:κίνημα; "movimento", eγράφειν,graphein; "registrar"), conhecido também comoSétima Arte e, em alguns contextos,cinematografia, é um termo que pode ser definido como atécnica e aarte que reproduzfotogramas de forma rápida e sequencial, criando "ilusão de movimento",[1] bem como aindústria que produz essas imagens. O termo "cinema" também é comumente utilizado para designar asala onde são projetados essesfilmes.
As obras cinematográficas (mais conhecidas comofilmes) são produzidas através dagravação de imagens do mundo comcâmeras adequadas, ou pela sua criação, utilizando técnicas deanimação ouefeitos visuais específicos.[2][3][4] Mais especificamente, pode ser descrita como o "conjunto de princípios, processos e técnicas utilizados para captar e projetar numatela imagens estáticas sequenciais (fotogramas) obtidas com uma câmera especial, dando impressão ao espectador de estarem em movimento".[5] Odiretor de arte pode ser descrito como o principal colaborador visual de umdiretor de cinema.[6] Também se usa a palavra 'cinegrafia', estando dicionarizada.
Os filmes são assim constituídos por uma série de imagens impressas em determinado suporte, alinhadas em sequência, chamadas fotogramas. Quando essas imagens são projetadas de forma rápida e sucessiva, o espectador tem a ilusão de observar movimento. A cintilação entre os fotogramas não é percebida devido a um efeito conhecido comopersistência da visão: oolho humano retém uma imagem durante uma fração de segundo após a sua fonte ter saído do campo davisão. O espectador tem assim a ilusão de movimento, devido a um efeito psicológico chamadomovimento beta.
Na indústria cinematográfica, o diretor de fotografia é responsável pelos aspectos técnicos das imagens (iluminação, escolhas de lentes, composição, exposição, filtragem, seleção de filmes), mas trabalha em estreita colaboração com o diretor para garantir que a estética artística esteja apoiando a visão do diretor sobre a história que está sendo contada. Os diretores de fotografia são os chefes da equipe de câmera, garra e iluminação em um set e, por essa razão, eles são frequentemente chamados de diretores de fotografia ou DPs. AAmerican Society of Cinematographers define cinematografia como um processo criativo e interpretativo que culmina na autoria de uma obra de arte original, em vez do simples registro de um evento físico. A cinematografia não é uma subcategoria da fotografia. Pelo contrário, a fotografia é apenas um ofício que odiretor de fotografia usa, além de outros físicos, organizacionais, gerenciais, interpretativos. e técnicas de manipulação de imagens para efetuar um processo coerente. Em produções menores, é comum que uma pessoa realize todas essas funções sozinhas. A progressão na carreira geralmente envolve subir a escada de segundo, primeiro, eventualmente para operar a câmera.[7]
Os diretores de fotografia tomam muitas decisões interpretativas durante o curso de seu trabalho, desde apré-produção até após-produção, todas as quais afetam a sensação geral e a aparência do filme. Muitas dessas decisões são semelhantes ao que um fotógrafo precisa observar ao tirar uma foto: odiretor de fotografia controla a própria escolha do filme (a partir de uma variedade de estoques disponíveis com sensibilidades variadas à luz e à cor), a seleção das distâncias focais da lente, a exposição à abertura e o foco. A cinematografia, no entanto, tem um aspecto temporal (ver persistência da visão), ao contrário da fotografia estática, que é puramente uma única imagem parada. Também é mais volumoso e extenuante lidar com câmeras de cinema, e envolve uma gama mais complexa de escolhas. Como tal, um diretor de fotografia muitas vezes precisa trabalhar cooperativamente com mais pessoas do que umfotógrafo, que muitas vezes pode funcionar como uma única pessoa. Como resultado, o trabalho do diretor de fotografia também inclui gestão de pessoal e organização logística. Dado o conhecimento aprofundado, um diretor de fotografia exige não apenas de seu próprio ofício, mas também de outro pessoal, o ensino formal em cinema analógico ou digital pode ser vantajoso.[8]
A origem da palavra "cinema" deve-se à circunstância de ter sido ocinematógrafo o primeiro equipamento utilizado para filmar e projetar. Pormetonímia, a palavra também se refere àsala onde são projetadas obras cinematográficas. O uso dapelícula para aprodução de filmes encontra-se em recessão. Ocinema digital está em plena expansão desde meados da primeira década doséculo XXI, tanto na tomada de vistas como na projeção. O digital permite, além disso, que os filmes circulem fora dos circuitos tradicionais de distribuição, entre particulares e instituições. A invenção dafotografia, e sobretudo a da fotografia animada, foram momentos cruciais para o desenvolvimento não só das artes como daciência, em particular no campo daantropologia visual.
O cinema existe graças àinvenção do cinematógrafo, inventado pelosIrmãos Lumière no fim doséculo XIX. Em 28 de dezembro de 1895, na cave doGrand Café, emParis, os dois engenhosos irmãos realizaram a primeira exibição pública e paga da arte do cinema: uma série de dez filmes, com duração de 40 a 50 segundos cada (os primeiros rolos de película tinham apenas quinze metros de comprimento). Os filmes até hoje mais conhecidos desta primeira sessão chamavam-se "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos exprimem bem o seu conteúdo. Apesar de também existirem notícias de projeções um pouco anteriores, de outros inventores (como os irmãosMax e Emil Skladanowsky[10] naAlemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela grande maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte. O cinema expandiu-se a partir de então pelaFrança, por toda aEuropa eEstados Unidos, por intermédio de cinegrafistas enviados pelos irmãos Lumière para captar imagens pelo mundo afora.
Nesta mesma época, oilusionista,Georges Méliès, dono de umteatro nas vizinhanças do local da primeira exibição dos Lumière, quis comprar umcinematógrafo para o utilizar em seus espetáculos. Os Lumière não quiseram vender-lhe o aparelho: o pai dos irmãos inventores argumentava que o cinematógrafo tinha unicamente finalidade científica e que o mágico teria, por certo, prejuízo se gastasse dinheiro com a máquina para fazerentretenimento. Frustrado, Méliès conseguiu, no entanto, adquirir um aparelho semelhante naInglaterra, fabricado porRobert William Paul, tornando-se assim o primeiro grande produtor de filmes deficção, comnarrativas sedutoras e truques aliciantes, destinados ao grande público: os primeirosefeitos especiais dahistória do cinema. Foi ele o criador dafantasia naprodução erealização de filmes.
Logo depois, nas duas primeiras décadas doséculo XX, o diretor estadunidenseDavid W. Griffith, um dos pioneiros deHollywood, realizou filmes que o levaram a ser considerado pela historiografia cinematográfica o grande responsável pelo desenvolvimento e pela consolidação dalinguagem do cinema, como arte independente, apesar daspolêmicas ideológicas em que se envolveu. Foi ele o primeiro a fazer filmes em que se utilizou a montagem e em que certos movimentos de câmera (câmara) foram usados com maestria, estabelecendo assim os parâmetros da linguagem cinematográfica, que a partir de então se universalizou. Destaque paraIntolerância, admirado até hoje por cineastas ecinéfilos de todo o mundo. Seguidamente, certos agentes doconstrutivismo russo,Dziga Vertov nodocumentário eSerguei Eisenstein na ficção, darão uma importante e decisiva contribuição para o desenvolvimento das técnicas narrativas e de montagem no cinema.
Capturando imagens e som para efeitos decomunicação, o cinema também émídia. Desde a sua origem que éarte e comércio. Aindústria cinematográfica cedo se transforma emnegócio lucrativo em países como aÍndia e osEstados Unidos, respetivamente o maior produtor em número de filmes por ano e o que possui a maior economia cinematográfica, tanto no mercado interno quanto no volume de exportações.
No suporte em película, a projeção de imagens estáticas em sequência para criar a ilusão de movimento terá de ser de no mínimo 16 fotogramas (quadros) por segundo, para que océrebro humano não detecte que são simples imagens isoladas. Desde 1929, juntamente com a universalização docinema sonoro, as projeções cinematográficas no mundo inteiro foram padronizadas em24 quadros por segundo. Ocinema digital alterou este padrão. Emvídeo digital é comum o uso de 25 quadros por segundo e de 30 nos EUA.