Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Cazuza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaCazuza (desambiguação).
Esta página cita fontes, mas não cobrem todo o conteúdo
Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Agosto de 2012)
Cazuza
OMC

Cazuza em 1988.
Nome completoAgenor de Miranda Araújo Neto
Pseudônimo(s)Cazuza
Nascimento4 de abril de1958
Rio de Janeiro,DF
Morte7 de julho de1990 (32 anos)
Rio de Janeiro,RJ
Causa da morteChoque séptico causado pelaAIDS
Nacionalidadebrasileiro
Estatura1,76m[1]
ProgenitoresMãe:Lucinha Araújo
Pai:João Araújo
Ocupação
Carreira musical
Período musical1980–1990
Gênero(s)
Instrumento(s)vocais,violão,guitarra
Gravadora(s)
Websitecazuza.com.br

Agenor de Miranda Araújo NetoOMC,[3] (Rio de Janeiro,4 de abril de1958 – Rio de Janeiro,7 de julho de1990),mais conhecido comoCazuza, foi umcantor,compositor emúsicobrasileiro.

Inicialmente conhecido como vocalista e principal letrista da bandaBarão Vermelho,[4] na qual fez bem-sucedida parceria comFrejat, posteriormente seguiucarreira solo, sendo aclamado pela crítica como um dos principais poetas damúsica brasileira.[5]

Exagerado, primeiro álbum do artista fora do Barão Vermelho, foi lançado em novembro de 1985. Dois anos depois, em 1987, Cazuza lançouSó Se For a Dois. Entre 1988 e 1989, o cantor lançou outros dois álbuns,O Tempo Não Para (1988) eBurguesia (1989) — este último gravado por Cazuza já debilitado, em decorrência dovírus HIV, descoberto no mesmo ano em que o disco foi lançado.

Em 1989 revelou sersoropositivo, termo usado para descrever a presença do vírusHIV, causador daAIDS. Nos últimos períodos em vida, Cazuza fez um segundo tratamento emBoston e retornou ao Rio de Janeiro. Morreu em 1990, aos 32 anos, no seu apartamento emIpanema. Também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo assumido em entrevistas suabissexualidade.

Biografia

[editar |editar código-fonte]

Filho dafilantropaLucinha Araújo (n. 1936) e doprodutor musicalJoão Araújo (1935–2013), Cazuza recebeu o apelido mesmo antes do nascimento. Foi registrado como Agenor por insistência de sua avó paterna.[4] Na infância, Cazuza nem sequer sabia seu nome verdadeiro, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobriu que um de seus compositores prediletos,Cartola, também se chamava Agenor (oficialmente Angenor, por um erro do cartório), começou a aceitar o nome.[6]

Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nomes damúsica brasileira, tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola,Dolores Duran,Lupicínio Rodrigues,Noel Rosa,Maysa eDalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueiraRita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção "Perto do fogo", que Rita musicou. Cazuza cresceu no bairro doLeblon e estudou noColégio Santo Inácio, até mudar para oColégio Anglo-Americano, para evitar reprovação. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice.[7] Por volta de 1965 começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó. Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da música popular brasileira, comoCaetano Veloso,Elis Regina,Gal Costa,Gilberto Gil,João Gilberto,Novos Baianos, entre outros. A mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.

Em 1972, de férias emLondres, Cazuza conheceu as canções deJanis Joplin,Led Zeppelin eRolling Stones, dos quais tornou-se um grande fã. Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar oBaixo Leblon, onde levou uma vida boêmia, bebendo, fumando e se relacionando sexualmente com homens e mulheres. Para evitar que o filho continuasse a manter uma atitude rebelde perante a vida,João Araújo criou um emprego para ele na gravadoraSom Livre, da qual foi fundador epresidente.[7] Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveureleases para divulgar os artistas. No final de 1979 fez um curso de fotografia naUniversidade da Califórnia, em Berkeley, nosEstados Unidos. Lá, descobriu a literatura dageração beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira. Em 1980 retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatralAsdrúbal Trouxe o Trombone, noCirco Voador.[6] Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez. O cantor e compositorLeo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca doRio Comprido, não aceitou, mas, indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa dotecladistaMaurício Barros, nasceu oBarão Vermelho.[8] Em 30 de novembro de 2013, seu pai João Araújo, então presidente da Som Livre, morreu depois de umaparada cardíaca, aos 78 anos.[9]

Carreira

[editar |editar código-fonte]

1981–85: Barão Vermelho

[editar |editar código-fonte]
Ver também:Barão Vermelho § Início

A banda Barão Vermelho, que até então foi formada porRoberto Frejat (guitarra),Dé Palmeira (baixo),Maurício Barros (teclado) eGuto Goffi (bateria), gostou muito do vocal berrado de Cazuza. Em seguida, Cazuza mostrou à banda letras que havia escrito e passa a compor com Roberto Frejat, formando uma das duplas mais festejadas dorock brasileiro.[10] Dali para frente, a banda que antes só tocavacovers passa a criar um repertório próprio. Após ouvir uma fita demo da banda, o produtorEzequiel Neves convenceu o diretor artístico daSom Livre,Guto Graça Mello, a gravar a banda.[7] Juntos convencem o relutante João Araújo a apostar no Barão.

Com uma produção barata e gravado em apenas dois dias, é lançado em 1982 o primeiro álbum da banda,Barão Vermelho. Das canções mais importantes, destacam-se "Bilhetinho Azul", "Ponto Fraco", "Down Em Mim" e "Todo Amor Que Houver Nessa Vida". Apesar de ser aclamado pela crítica, o disco vendeu apenas sete mil cópias.[7] Depois de alguns shows no Rio de Janeiro e em São Paulo, a banda voltou ao estúdio e com uma melhor produção gravou o discoBarão Vermelho 2, lançado em 1983. Esse disco vendeu 15 mil cópias. Foi nessa fase que, durante um show noCanecão,Caetano Veloso apontou Cazuza como o maior poeta da geração e criticou as rádios por não tocarem a banda. Na época as rádios só tocavam pop brasileiro e MPB. O rótulo de "banda maldita" só abandonou o Barão Vermelho quando o cantorNey Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz". Era o empurrão que faltava, e a banda ganhou vida pública própria.

1984–85:Maior Abandonado e Rock in Rio

[editar |editar código-fonte]

A banda foi convidada a compor e gravar o tema do filmeBete Balanço. A canção-título tornou-se um dos grandes clássicos da banda, impulsionando o filme que vira sucesso de bilheteria. A canção também impulsionou as vendas do terceiro disco do Barão,Maior Abandonado, lançado em outubro de 1984, que conquistoudisco de ouro, registrando outras composições como "Maior Abandonado" e "Por Que a Gente é Assim?". Em 15 e 20 de janeiro de 1985, o Barão Vermelho se apresentou na primeira edição doRock in Rio.[10] A apresentação da banda no quinto dia tornou-se antológica por coincidir com a eleição do presidenteTancredo Neves e com o fim daDitadura Militar. Cazuza anunciou esse fato ao público presente e para comemorar, cantou "Pro Dia Nascer Feliz".[11]

1985: "Não divido nada, muito menos o palco"

[editar |editar código-fonte]

Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguircarreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano ele começou a ter febre diariamente, indícios daAIDS que se agravaria anos depois.Ezequiel Neves, que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza. "Fui 'salomônico'", declarou em entrevista aoJornal do Commercio, em 2007, quando Cazuza completaria 49 anos.

1985–90: Carreira solo

[editar |editar código-fonte]

1985–87:Exagerado eSó Se For a Dois

[editar |editar código-fonte]

Em outubro de 1985, foi internado para ser tratado por uma pneumonia. Cazuza exigiu fazer um teste deHIV, do qual o resultado foi negativo. Em novembro de 1985, foi lançado o primeiro álbum solo,Exagerado. "Exagerado", a faixa-título composta em parceria comLeoni, se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor.[10] A canção "Só As Mães São Felizes" foi vetada pelacensura. Gravou o segundo álbum no segundo semestre de 1986; como aSom Livre rompeu com seu elenco de artistas,Só Se For A Dois foi lançado pelaPolyGram (agoraUniversal Music Group) em 1987. Logo depois, a PolyGram contratou Cazuza.Só se For a Dois mostrou temas românticos como "Só se For a Dois", "O Nosso Amor a Gente Inventa", "Solidão Que Nada" e "Ritual".

Cazuza, durante o showO Tempo Não Para, em 1988.

1987–89:Ideologia eO Tempo Não Para

[editar |editar código-fonte]

A AIDS se manifestou em 1987; Cazuza foi internado compneumonia, e um novo teste revelou que o cantor era portador do vírus HIV. Em outubro, Cazuza foi internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para ser tratado por uma nova pneumonia. Em seguida, ele foi levado pelos pais aos Estados Unidos. Lá, foi submetido a um tratamento a base deAZT durante dois meses no New England Hospital, deBoston. Ao voltar ao Brasil no começo de dezembro de 1987, Cazuza inicia as gravações para um novo disco.Ideologia, de 1988, inclui oshits "Ideologia", "Brasil" e "Faz Parte Do Meu Show". "Brasil", em versão deGal Costa foi tema de abertura da telenovelaVale Tudo, daRede Globo e ganhou oPrêmio Sharp por melhor música do ano e melhor composição pop-rock do ano (Cazuza,George Israel eNilo Romero).

Os shows se tornam mais elaborados e a turnê do discoIdeologia, dirigido porNey Matogrosso, viajou por todo oBrasil.O Tempo Não Para, gravado noCanecão durante esta turnê, foi lançado em 1989. O disco se tornou o maior sucesso comercial superando a marca de 500 mil cópias vendidas. A faixa "O Tempo Não Para" tornou-se um de seus maiores sucessos. Também destacam-se "Todo Amor Que Houver Nessa Vida" com um novo arranjo mais introspectivo, "Codinome Beija-Flor" e "Faz Parte Do Meu Show". "O Tempo Não Para" também foi lançado emVHS pelaGlobo Filmes.[11]

1989–90:Burguesia

[editar |editar código-fonte]

Em fevereiro de 1989, declarou publicamente que erasoropositivo, ajudando assim a criar consciência em relação à doença e aos efeitos dela. Compareceu na cerimônia doPrêmio Sharp numa cadeira de rodas, e recebeu os prêmios de melhor canção para "Brasil" e de melhor álbum paraIdeologia.Burguesia (1989) foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida.[4] É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções derock brasileiro e o segundo com canções deMPB.Burguesia foi o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias.[6] Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".[12]

Lançamento póstumo:Uma Prova de Amor (2021)

[editar |editar código-fonte]

Em 2021, através doYouTube, foi publicada uma apresentação musical de Cazuza intituladaUma Prova de Amor, em que trabalhava as músicas do CDO Tempo Não Pára - Ao Vivo. No registro vários intérpretes e personalidades aparecem. No palco aparecem pra cantarGal Costa,Sandra de Sá,Simone eFrejat, onde cantam juntos pela primeira vez "Bete Balanço". Na plateia,Lucinha Araújo, mãe de Cazuza,Malu Mader,Cláudia Abreu eMarina Lima. Marina havia sido chamada por Cazuza inicialmente para cantar "Preciso Dizer Que Te Amo", num momento bastante irreverente. Mas Cazuza pediu carinhosamente que Marina apenas ouvisse a interpretação dele. Entre os músicos de apoio estavam Ricardo Palmeira, irmão deDé Palmeira, então integrante doBarão Vermelho eNilo Romero, produtor musical e um dos compositores da música "Brasil".[13]

Doença e morte

[editar |editar código-fonte]

Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo emSão Paulo, Cazuza partiu novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro. Na manhã do dia 7 de julho de 1990, Cazuza morreu em seu apartamento emIpanema aos 32 anos por umchoque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros doBarão Vermelho. Cazuza foi enterrado nocemitério de São João Batista, noRio de Janeiro. Sobre o tampo de mármore do túmulo aparece o título de seu último grande sucesso, "O Tempo Não Para", e as datas de seu nascimento e morte. Em sua lápide nada consta além de seu famoso codinome.[10] No ano seguinte, foi lançado o álbum póstumoPor Aí.

Legado

[editar |editar código-fonte]
Estátua de Cazuza no Leblon, Rio de Janeiro.

O estilo, a habilidade vocal e a obra produzida por Cazuza tiveram um impacto significante na música popular brasileira. Isso deu-lhe o título de um dos maiores vocalistas masculinos de música contemporânea.[14] Escrevendo para a colunaCombate Rock noUOL, o critico de música Marcelo Moreira escreveu que "Além da evidente qualidade de seus textos e letras, o que faz dele o melhor cantor do nosso rock era a irreverência e a capacidade de ironizar a todos, inclusive a si próprio".[15] Completando que "Sua própria existência foi o maior legado que deixou, fazendo dele um símbolo daquele pulsante e necessário rock brasileiro dos anos 1980.[15] De acordo com a revistaRolling Stone Brasil: "Cazuza vive na memória da música brasileira entre lendas sobre seu temperamento passional. Mas o que lhe garante a posteridade é a obra que transcendeu o universo do rock ao se aproximar da MPB com uma poesia sempre cortante no fio da navalha. Uma obra pautada por um desespero paradoxalmente esperançoso".[16] A cantora e jornalistaMona Gadelha escreveu que Cazuza “fez época com discursos de protesto contra as mazelas do Brasil da época, que são quase as mesmas”, compara. “Ele tinha muita personalidade e colocava isso nas letras, na escolha das temáticas. Cazuza acreditava muito no que escrevia, sem se preocupar em agradar. O rock, além de ser uma música, é um comportamento, uma postura crítica em relação ao mundo. Cazuza cumpriu essa função muito bem com o que escreveu”, avança.[17] A artista chama atenção para a permanência de vários desses versos no linguajar popular do País. ‘Segredos de liquidificador’, ‘um museu de grandes novidades’, ‘o nosso amor a gente inventa’. "Isso, pra mim, é a verdadeira consagração popular, quando a obra transcende o tempo e adentra o cotidiano da língua".[17] O cantorFrejat disse que "Cazuza promoveu uma revolução na música brasileira", por conseguir unir orock brasileiro àMPB, já que antes dele havia forte resistência por parte da indústria a essa união.[18] Cazuza também é creditado por suas letras criticas e contundentes, que questionavam o sistema político brasileiro; Bruno Ribeiro do Portal doPartido Democrático Trabalhista comentou: "músicas como ‘O Tempo Não Para’ mostravam com suas letras a realidade de um país preconceituoso, problemático e, ao mesmo tempo, revolucionário. Nas entrelinhas, muitas vezes, a mensagem virava discurso".[19] Francisco Fernandes Ladeira, doObservatório da Imprensa, descreveu-o como "O poeta do rock brasileiro" e louvou as canções “O Tempo Não Para”, “Brasil” e “Burguesia”, por "refletirem não apenas as angústias enfrentadas pelo cantor. Mas também de forma fidedigna como era o contexto brasileiro do final da década de 1980, período marcado por grande instabilidade política e econômica".[20] Em outubro de 2008 a revistaRolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Cazuza na 34ª posição.[21]

Em apenas dez anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes. As canções de Cazuza já foram reinterpretadas pelos mais diversos artistas brasileiros dos mais diversos gêneros musicais. Em 1999, aSom Livre realizou o showTributo a Cazuza, posteriormente lançando em CD e DVD, do qual participaramNey Matogrosso,Barão Vermelho,Engenheiros do Hawaii,Kid Abelha,Zélia Duncan,Sandra de Sá,Arnaldo Antunes eLeoni. Em 2000, foi exibido noRio de Janeiro e emSão Paulo, o musicalCasas de Cazuza, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, cuja história tem base nas canções de Cazuza. Em 2004, foi lançado o filme biográficoCazuza - O Tempo Não Para, deSandra Werneck.[11]

Após sua morte, os pais fundaram aSociedade Viva Cazuza, em 1990. Ela tem como intenção proporcionar uma vida melhor a crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer. Em 1997, a cantoraCássia Eller lançou o álbumVeneno AntiMonotonia, que traz somente composições de Cazuza.[4] Será enredo daCamisa Verde e Branco,Escola de Samba de São Paulo, no Carnaval de 2025.[22]

Artistas relacionados

[editar |editar código-fonte]

Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, estão:Frejat, por ter sido um grande amigo e seu principal parceiro em composições musicais;Simone ("O Tempo Não Para" e "Codinome Beija-Flor");Leoni (com quem compôs o maior sucesso, "Exagerado");George Israel (com quem compôs "Brasil", "Solidão que nada" e mais 13 canções);Leo Jaime (que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista para completar a banda);Lobão, tanto pela amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo da carreira;[11]Cássia Eller por ter sido a intérprete que mais gravou canções de Cazuza;Arnaldo Antunes pela influência marcante;Bebel Gilberto pela amizade e parceria em algumas canções;Rita Lee, parceira nacanção "Perto do Fogo", última que ele escreveu antes de morrer e primeira que ela gravou em seu disco de 1990;Ney Matogrosso, um grande amigo, que lhe dirigiu nos shows "Ideologia" e "O Tempo não Para"; eRenato Russo, por ter homenageado duas vezes o amigo e ex-vocalista do Barão (com a canção em inglêsFeedback Song For a Dying Friend e com a regravação deQuando Eu Estiver Cantando no showViva Cazuza, em 1990).[6]

Discografia

[editar |editar código-fonte]

Com Barão Vermelho

[editar |editar código-fonte]
AnoDetalhes do álbumCertificações
(vendas certificadas)
1982Barão Vermelho
  • ABPD -Brasil
  • Nenhum: + de 13 000
1983Barão Vermelho 2
  • ABPD -Brasil
  • Nenhum: + de 15 000
1984Maior Abandonado
  • ABPD -Brasil
  • Ouro - + de 130 000

Singles

[editar |editar código-fonte]
AnoSinglePosiçõesÁlbum
BRA
Hot 100
1982"Down Em Mim"Barão Vermelho
"Todo Amor Que Houver Nessa Vida"76
1983"Pro Dia Nascer Feliz"1Barão Vermelho 2
"Menina Mimada"

Carreira solo

[editar |editar código-fonte]

Álbuns de estúdio

[editar |editar código-fonte]
AnoDetalhes do álbumCertificações
(vendas certificadas)
1985Exagerado
  • ABPD -Brasil
  • Ouro: 100 000
1987Só se For a Dois
  • ABPD -Brasil
  • Platina: + de 250 000
1988Ideologia
  • ABPD -Brasil
  • Diamante: + de 1 000 000
1989O Tempo Não Para
  • ABPD -Brasil
  • Diamante + 3× Platina 1 800 000
1989Burguesia
  • ABPDBrasil
  • 3× Platina + Ouro: 850 000
1991Por Aí
  • ABPD -Brasil:
  • 2× Platina + Ouro: 600 000
2005O Poeta Está Vivo - Ao Vivo no Teatro Ipanema 1987
  • ABPD -Brasil
  • Platina: + de 250 000
Obs:
A vendagem de álbuns de Cazuza praticamente dobrou após a sua morte, chegando a um total de 5 milhões de discos em seus 9 anos de carreira;Ideologia eO Tempo Não Pára chegaram à marca de 1 milhão de discos vendidos após a morte do cantor no ano de 1990.

Videografia

[editar |editar código-fonte]
Com o Barão Vermelho
Carreira solo
Cinema
[editar |editar código-fonte]
Televisão
[editar |editar código-fonte]
  • 1989 -Cazuza - Uma Prova de Amor
  • 2009 -Por Toda Minha Vida - Cazuza

Bibliografia

[editar |editar código-fonte]
  • (1990)Songbook Cazuza Vol. 1
  • (1990)Songbook Cazuza Vol. 2
  • (1997)Cazuza: Só as Mães São Felizes
  • (2001)Cazuza, Preciso Dizer Que Te Amo - Todas as Letras do Poeta
  • (2004)Faz Parte do Meu Show: A trajetória de um artista em busca de si mesmo(livro psicografado)
  • (2010)Cazuza: O Tempo Não Para - Sociedade Viva Cazuza

Prêmios e indicações

[editar |editar código-fonte]

Prêmio da Música Brasileira

[editar |editar código-fonte]
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
1989Disco de pop/rockIdeologia[23]Venceu
Música de pop/rock"Faz Parte do Meu Show"Indicado
"Ideologia"Indicado
Música do ano"Faz Parte do Meu Show"Indicado

Referências

  1. «#4 ForasDeSérie | CAZUZA: 17 curiosidades sobre sua vida».Novabrasil FM. 25 de julho de 2022. Consultado em 16 de julho de 2023 
  2. «Cazuza e Ezequiel Neves, Eternos Exagerados». Rolling Stone Brasil. 7 de julho de 2020. Consultado em 23 de março de 2025 
  3. «A eterna irreverência de Cazuza, com todo o amor que houver nesta vida; Poeta faria 64 anos hoje – Agência AIDS». Consultado em 5 de setembro de 2023 
  4. abcdLucinha Araújo.O tempo não para – Viva Cazuza. [S.l.]:Globo Marcas. 272 páginas.ISBN 978-85-250-2899-0. Consultado em 7 de julho de 2012 
  5. «Há 20 anos, música brasileira perdia o poeta Cazuza».Portal Terra. 2010 
  6. abcd«Cazuza - Biografia». Dicionário MPB. Consultado em 7 de julho de 2012 
  7. abcdGraziela Salomão (4 de junho de 2004).«Biografia de Cazuza».Época. Revistaepoca.globo.com. Consultado em 7 de julho de 2012 
  8. Regina Echeverria; Lucinha Araujo, Lucinha Araújo (2000).Livro - Cazuza - Só As Mães São Felizes. CAZUZA - SÓ AS MÃES SÃO FELIZES 13ª ed. [S.l.]: Globo. 400 páginas.ISBN 8525038865. Consultado em 7 de julho de 2012 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  9. «João Araújo, pai do Cazuza, morre aos 78 anos no Rio de Janeiro».musica.uol.com.br. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  10. abcd«Perfiz dos artistas / Cazuza».NovaBrasil FM. Consultado em 7 de julho de 2012 
  11. abcd«"Série Encontros O Globo relembra Cazuza"». Cazuza. Consultado em 18 de março de 2014 
  12. Chediak, Almir (2020).Songbook Cazuza - Vol. 1. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale. p. 30.ISBN 8574073601 
  13. «Uma Prova de Amor».memoriaglobo. 29 de outubro de 2021. Consultado em 24 de novembro de 2024 
  14. Da redação (15 de outubro de 2008).«Revista escolhe os 100 maiores da música brasileira;».Brasil Online. Consultado em 30 de maio de 2014 
  15. abMarcelo Moreira.«Cazuza, 60 anos: louvemos a sua irreverência e inteligência».UOL. Combate Rock. Consultado em 18 de março de 2014 
  16. Mauro Ferreira (15 de outubro de 2015).«Eternamente exagerado».Rolling Stone. Consultado em 30 de maio de 2019 
  17. abMona Gadelha.«Nos 60 anos de Cazuza, artistas falam sobre a permanência da sua arte».O Povo. Consultado em 28 de maio de 2011 
  18. «'Cazuza promoveu uma revolução na música brasileira', diz Frejat».Estadão. Consultado em 28 de maio de 2011 
  19. Partido Democrático Trabalhista.«Cazuza: defensor da igualdade, crítico do preconceito e eleitor de Leonel Brizola Cazuza: defensor da igualdade, crítico do preconceito e eleitor de Leonel Brizola». Consultado em 28 de maio de 2011 
  20. Francisco Fernandes Ladeira.«O poeta do rock brasileiro». Observatório da Imprensa. Consultado em 28 de maio de 2011 
  21. «Os 100 Maiores Artistas da Música Brasileira». Acidezmental.xpg.com.br 
  22. Ismerim, Flávio.«Carnaval 2025: Cazuza será enredo do Camisa Verde e Branco em SP».CNN Brasil. Consultado em 14 de agosto de 2024 
  23. Jornal do Brasil (27 de abril de 1989).«Cazuza provoca emoção na noite de entrega do Prêmio Sharp aos melhores da música». Consultado em 28 de setembro de 2023 

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
WikiquoteCitações noWikiquote
CommonsCategoria noCommons
Álbuns de estúdio
Álbuns ao vivo
Compilações
Melhores Momentos: Cazuza & Barão VermelhoEsse CaraCazuzaO Poeta Não MorreuPreciso Dizer Que Te Amo - Toda a Paixão do PoetaDiscografia Completa (box com 6 CDs + 1 DVD) •Exagerado
Singles
"Exagerado" • "Codinome Beija-Flor" • "O Nosso Amor a Gente Inventa (Estória Romântica)" • "Ideologia" • "Brasil" • "Faz Parte do Meu Show" • "O Tempo Não Para"
Vídeos
Filmes
Artigos relacionados
Guto Goffi  • Maurício Barros  • Fernando Magalhães  • Rodrigo Suricato
Cazuza  • Dé Palmeira  • Dadi Carvalho  • Peninha  • Frejat  • Rodrigo Santos
Álbuns de estúdio
Filmes
Artigos relacionados
Controle de autoridade
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cazuza&oldid=69923645"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp