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Cante alentejano

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O cante alentejano, canto polifónico do Alentejo (sul de Portugal)
Património Cultural Imaterial da Humanidade

Grupo tradicional
País(es)Portugal
DomíniosArtes cénicas
Tradições e expressões orais
Usos sociais, rituais e atos festivos
Referênciaenfres
RegiãoEuropa e América do Norte
Inscrição2014 (9.ª sessão)
ListaLista Representativa

Ocante alentejano é umgénero musical tradicional doAlentejo,Portugal. O cante nunca foi a única expressão de música tradicional no Alentejo, sendo aliás mais próprio doBaixo Alentejo que doAlto. Com o cante coexistiram sempre formasinstrumentais de música com adaptação depeças entre os géneros.

A 27 de Novembro de 2014, durante a reunião do Comité emParis, aUNESCO considerou o cante alentejano comoPatrimónio Cultural Imaterial da Humanidade.[1]

É umcanto coral, em que alternam umponto a sós e um coro, havendo umalto preenchendo aspausas e rematando asestrofes. O canto começa invariavelmente com umponto dando a deixa, cedendo o lugar aoalto e logo intervindo o coro em que participam também oponto e oalto. Terminadas as estrofes, pode oponto recomeçar com um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de estrofes. Este ciclo repete-se o número de vezes que os participantes desejarem. Esta característica repetitiva, assim como oandamento lento e a abundância de pausas contribuem para a natureza monótona do cante.

História

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Coro Alentejano (escultura)

No cante são utilizadosmodos gregos extintos tanto na músicaerudita como napopular europeia, os quais restringem-se aos modosmaior emenor.[2] Esta facehelénica do cante poderá provir tanto docanto gregoriano como dacultura árabe, se bem que certosmusicólogos se apercebam no cante de aspectos bem mais primitivos, pré-cristãos e possivelmente mesmo pré-romanos.[3] Antigamente o cante acompanhava ambos os sexos nos trabalhos dalavoura embora sempre mais típico de homens. Público era também o cante nos momentos masculinos de ócio e libação, seja em quietude, seja em percurso nas ditasarruadas. Público ainda era o cante mais solene das ocasiões religiosas. Outro cante existia no domínio doméstico, onde era exercido principalmente por mulheres e no qual participariam também crianças.[4]

Actualidade

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Após aSegunda Guerra Mundial, a progressivamecanização da lavoura, a generalização darádio e datelevisão, assim como oêxodo rural massivo causaram o declínio do género. Hoje, o cante sobrevive emgrupos oficializados que o cultivam, mas já sem a espontaneidade de outrora, limitando-se eles a recapitular em ensaio o repertório conhecido de memória, amiúde sem qualquer registo escrito nem sonoro e já sem acção criativa. Apesar de serem estes grupos e a sua manifestação emfestas, encontros e concursos os guardiães datradição, em numerosos casos progride neles o afastamento da dita com a inclusão no repertório de peças estranhas ao cante, instrumentação e adulteração de peças tradicionais num sentido maispopular, com destaque para o desvio direito aofado, numa tendência de avivamento do género que visa torná-lo mais garrido. Já Património da Humanidade, "o que importa é dar futuro a este Cante, para expressar as novas dinâmicas de mudança, a melhoria dos quadros de vida, a atracção e fixação de novas gentes e o sucesso crescente desta região como território turístico. E também escrever-lhe uma história, ainda em falta".[5]

Ver também

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Ver também a categoria:Cante alentejano

Referências

  1. «Cante Alentejano, polyphonic singing from Alentejo, southern Portugal».UNESCO.org. Consultado em 27 de novembro de 2014 
  2. Padre António Marvão (1997).Estudos sobre o Cante Alentejano. Col: Música Tradicional. [S.l.]: Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores (INATEL).ISBN 972-9208-03-4. Consultado em 26 de julho de 2012 
  3. Michel Giacometti, Fernando Lopes Graça; Música regional portuguesa, Portuguese folk music, volume 4, Alentejo; Portugalsom, Discoteca Básica Nacional, Projecto Discográfico do Ministério da Cultura, editado por Strauss - Música e Vídeo S.A.; 1998
  4. Momentos Vocais do Baixo Alentejo. Cancioneiro da Tradição Oral. Depósito Legal 10911/86. [S.l.]: Imprensa Nacional - Casa da Moeda. 1986 |nome1= sem|sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5. Jorge Mangorrinha (27 de novembro de 2014).«O futuro do Cante Alentejano». Consultado em 27 de novembro de 2014 
OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreCante alentejano

Ligações Externas

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Estilos
Festivais
Concursos
Media
Hino nacional
Listas
Cultural
Natural
Imaterial
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