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Caio Fernando Abreu

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Caio Fernando Abreu

Nome completoCaio Fernando Loureiro de Abreu
Nascimento12 de setembro de1948
Santiago,RS
Morte25 de fevereiro de1996 (47 anos)
Porto Alegre, RS
Nacionalidadebrasileiro
ParentescoZaél Menezes Abreu (pai),

Nair Loureiro de Abreu (mãe)

Ocupaçãojornalista, escritor e dramaturgo
Prémios
Magnum opusMorangos Mofados
Websitewww.caiofernandoabreu.com

Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago,12 de setembro de1948Porto Alegre,25 de fevereiro de1996) foi umjornalista,dramaturgo eescritorbrasileiro, vencedor de trêsprêmios Jabuti e vários outros prêmios da literatura e do teatro.

Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala desexo, demedo, demorte e, principalmente, de angustiantesolidão. Apresenta uma visãodramática domundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".

Biografia

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Demolida em junho de 2022, a casa onde Caio Fernando Abreu viveu seus últimos anos de vida, no bairroMenino Deus de Porto Alegre; apesar da mobilização popular contra a destruição da casa.

Nascido em 12 de setembro de 1948, emSantiago (Rio Grande do Sul), Caio Fernando Loureiro de Abreu foi o primogênito dos quatro filhos de Zaél Menezes Abreu e Nair Loureiro de Abreu.[1]

Ainda na adolescência, escreveu o conto "Maldição de Saint-Marie" (posteriormente incluído na obraOvelhas Negras), dedicado à amiga Ilone Madalena Dri Almeida, que lhe acompanharia durante toda a vida. O conto ainda serviu de base anos depois para a peçaA maldição do Vale Negro, pela qual ganharia oPrêmio Molière, junto do ator, diretor e dramaturgoLuiz Artur Nunes.[1]

Caio Fernando Abreu estudou letras eartes cênicas naUniversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde foi colega deJoão Gilberto Noll. No entanto, ele abandonou ambos os cursos para trabalhar como jornalista derevistas deentretenimento, tais comoNova,Manchete,Veja ePop, além de colaborar com osjornaisCorreio do Povo,Zero Hora,Folha de S.Paulo eO Estado de S. Paulo.[1]

Em1968, perseguido peloDepartamento de Ordem Política e Social (DOPS), Caio refugiou-se nosítio de uma amiga, a escritoraHilda Hilst, emCampinas,São Paulo. No início dadécada de 1970, ele se exilou por um ano naEuropa, morando, respectivamente, naEspanha, naSuécia, nosPaíses Baixos, naInglaterra e naFrança.[1]

Em1974, Caio Fernando Abreu retornou a Porto Alegre. Em1983, mudou-se para oRio de Janeiro e, em1985, paraSão Paulo. A convite daCasa dos Escritores Estrangeiros, ele voltou à França em1994, regressando ao Brasil no mesmo ano, quando assume publicamente ser portador deHIV, nas crônicas "Cartas Para Além dos Muros", publicadas noEstadão.[1] Abreu era declaradamentehomossexual em plena época daditadura militar no Brasil.[2]

Um ano depois, Caio Fernando Abreu voltou a viver novamente com seus pais, tempo durante o qual se dedicaria àjardinagem, cuidando deroseiras. Morreu em 25 de fevereiro de 1996, no Hospital Moinho de Vento em Porto Alegre,[1] no mesmo dia queMário de Andrade. Seus restos mortais jazem noCemitério São Miguel e Almas.[3]

A residência onde Caio Fernando morou até a sua morte foi demolida na penúltima semana de junho de 2022, apesar da mobilização popular contra a destruição do imóvel. Tal casa ficava no número 12 da Rua Doutor Oscar Bittencourt, no bairroMenino Deus de Porto Alegre.[4]

Objetos que pertenceram ao escritor foram guardados noEspaço de Documentação e Memória Cultural daPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUC-RS. Tal coleção inclui manuscritos, recortes de jornais, originais de livros e outros documentos.[4]

Obra

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Ver também:Lista de livros de Caio Fernando Abreu
Pintura de Caio F. em poste, parte do projeto "Rua dos Escritores", no bairroBom Fim.

Seu primeiro romance,Limite Branco (1970), já possui as marcas que iriam acompanhar sua trajetória literária: a angústia diante do devir e a morte como certeza no final da jornada.[5] Segundo sua perspectiva literária, a vida deve ser buscada continuamente.[5]

Caio Fernando Abreu viveu intensamente a época da ditadura, em suas obras literárias, o autor buscava inspiração em momentos importantes de sua vida, fazia uma releitura rápida, porém despercebida de seu modo de pensar, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo cinzento e triste de viver, na busca inquietante pela felicidade.

Em 2018, a editora Companhia das Letras reuniu no livro "Contos Completos" todos os contos de Caio Fernando Abreu. O volume abarca seis títulos —Inventário do ir-remediável (1970),O ovo apunhalado (1975),Pedras de Calcutá (1977),Morangos mofados (1982),Os dragões não conhecem o paraíso (1988) eOvelhas negras (1995) —, além de dez contos avulsos, sendo três deles inéditos em livro.[6]

Prêmios

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Referências

  1. abcdefWASILEWSKI, Luís.«Cronologia».Caio na Memória Viva. Consultado em 7 de maio de 2024 
  2. O Globo.Morto há 15 anos, Caio Fernando Abreu está vivo nas redes sociais, é cultuado por jovens e ganha livros, documentário e peça. Acesso em 11 de janeiro de 2013
  3. «Listagem de Sepultados do Cemitério Irmandade Arcanjo São Miguel e Almas». Buratto.org. Consultado em 18 de março de 2015 
  4. abCláudia Latano (25 de julho de 2022).A casa da memória 20394 ed.Porto Alegre: jornalZero Hora. p. 4 
  5. abPIVA, Mairim Linck (2012).«Um romancista do Sul: muito além do espaço». Navegações, Porto Alegre, v. 5, n. 1, p. 16-26. Consultado em29 jan 2013 
  6. «CONTOS COMPLETOS - - Grupo Companhia das Letras».www.companhiadasletras.com.br. Consultado em 12 de setembro de 2018 
  7. Câmara Brasileira do Livro (1996).«Prêmio Jabuti». Consultado em18 fev 2015 
  8. abcdefghSALVÁ, Camila; DIEDRICH, Andressa.«Caio Fernando Abreu: Coragem, relevância e atualidade | Instituto Ling».institutoling.org.br. Consultado em 7 de maio de 2024 
  9. Câmara Brasileira do Livro (1989).«Prêmio Jabuti». Consultado em18 fev 2015 
  10. Câmara Brasileira do Livro (1984).«Prêmio Jabuti». Consultado em18 fev 2015 
  11. MEDEIROS, Delma. (2015).«Editora Nova Fronteira revisita Caio Fernando Abreu». Correio Popular, 08/02/2015. Consultado em18 fev 2015 

Ligações externas

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OWikiquote tem citações relacionadas aCaio Fernando Abreu.
Prêmio Jabuti -Conto (1996 - 2020)
1996 – 1997
2018 – presente
1959 – 1969

1959:Jorge Medauar (Contos) •1960:Dalton Trevisan (Contos) •Ricardo Ramos (Novelas) •1961:Clarice Lispector (Contos) •1962:Ricardo Ramos (Contos) •1963:Julieta de Godoy Ladeira (Contos) •1964:João Antônio (Contos) •1965:Dalton Trevisan (Contos) •1966:Lygia Fagundes Telles (Contos) •1967:Bernardo Élis (Contos) •1968:Marcos Rey (Contos) •1969:Maria Cecília Caldeira (Contos)

1970 – 1979

1970:Rubem Fonseca (Contos) •1971:Ricardo Ramos (Contos) •1972:Holdemar Menezes (Contos) •1973:Luiz Vilela (Contos) •1974:Elias José (Contos) •1975:Caio Porfírio Carneiro (Contos) •1976:Regina Célia Colônia (Contos) •1977:Domingos Pellegrini Júnior (Contos) •1978:Hermann José Reipert (Contos) •1979:Sônia Coutinho (Contos)

1980 – 1989

1980:Modesto Carone (Contos) •1981:José J. Veiga (Novelas) •1982:Autran Dourado (Contos) •1983:Sérgio Sant'Anna (Contos) •1984:Caio Fernando Abreu (Novelas) •1985:Charles Kiefer (Contos) •1986:Sérgio Sant'Anna (Novelas) •1988:Moacyr Scliar (Contos) •1989:Caio Fernando Abreu (Contos)

1990 – 1999

1990:Diogo Mainardi (Contos) •1991:Rosa Amanda Strausz (Contos) •1993:João Antônio (Contos) •Otto Lara Rezende (Contos) •Vilma Arêas (Contos) •Charles Kiefer (Contos) •1994:Nelson Rodrigues (Contos) •Marcos Rey (Novelas) •Hilda Hilst (Novelas) •1995:Dalton Trevisan (Contos) •Regina Rheda (Contos) •Victor Giudice (Contos) •1996:Lygia Fagundes Telles (Contos) •Rubem Fonseca (Contos) •Caio Fernando Abreu (Contos) •1997:Marina Colasanti (Contos) •Silviano Santiago (Contos) •Antônio Carlos Villaça (Contos) •1998:Raduan Nassar (Contos) •Flávio Moreira da Costa (Contos) •João Silvério Trevisan (Contos) •1999:Charles Kiefer (Contos) •Rubens Figueiredo (Contos) •João Inácio Padilha (Contos)

2000 – 2009

2000:Raimundo Carrero (Contos) •Marçal Aquino (Contos) •Ignácio de Loyola Brandão (Contos) •2001:Mario Pontes (Contos) •Rodolfo Konder (Crônicas) •Lygia Fagundes Telles (Contos) •2002:Fernando Sabino (Crônicas) •Marçal Aquino (Contos) •Rubem Fonseca (Contos) •2003:Rubem Fonseca (Contos) •Luiz Nassif (Crônicas) •Fernando Bonassi (Crônicas) •2004:Sérgio Sant'Anna (Contos) •João Gilberto Noll (Contos) •2005:Alcione Araújo (Crônicas) •2006:Marcelino Freire (Contos) •2007:Ferreira Gullar (Crônicas) •2008:Vera do Val (Contos) •2009:Fabrício Carpinejar (Crônicas)

2010 – presente

2010:José Rezende Jr. (Contos) •2011:Dalton Trevisan (Contos) •2012:Sidney Rocha (Contos) •2013:Luis Fernando Veríssimo (Crônicas) •2014:Rubem Fonseca (Contos) •2015:Carol Rodrigues (Contos) •2016:Natalia Borges Polesso (Contos) •2017:Veronica Stigger (Contos)

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