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Ayahuasca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Este artigo é sobre a bebida. Para a planta da qual a mesma é produzida, vejaBanisteriopsis caapi.
Garrafa contendo ayahuasca

Ayahuasca[1] (doquíchuaaya, que significa 'morto, defunto, espírito', ewaska, 'cipó', podendo sertraduzido como "cipó do morto" ou "cipó do espírito"[2]), também conhecida comohoasca,daime,iagê,[3]santo-daime evegetal,[4] é uma bebida enteógena produzida a partir da combinação da videiraBanisteriopsis caapi com várias plantas, em particular aPsychotria viridis e aDiplopterys cabrerana.

A produção e o consumo da bebida são difundidos no mundo todo, em especial nos paísesocidentais.[5] Aayahuasca é, frequentemente, associada arituais de diferentes grupos sociais ereligiões, além de fazer parte damedicina tradicional dos povos daAmazônia.[6]

Sinonímia

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Os dois componentes da bebida
Ayahuasca sendo preparada na região deIquitos, noPeru

O nomeayahuasca pode designar tanto alianaBanisteriopsis spp. quanto a bebida. Entre as traduções para esse nome, estão "cipó do homem morto" (aya significando "espírito, morto ou ancestral" ehuasca significa "vinha ou corda"), "liana das almas", "cipó dos espíritos", "cipó da pequena morte", "vinho da alma". Os nomes além do significado literal referem-se a elementos de significação cultural, a exemplo de "professor dos professores", "planta professora", entre outros.

Na tabela a seguir, são descritos os diversos nomes atribuídos à bebida pelos grupos que a consomem:

GrupoCipóFolhaBebida
BarquinhajagubechacronaSanto Daime, Daime,

Luz, Santa Luz.

CeflurisjaguberainhaSanto Daime, Daime
Ciclu - Alto SantojagubechacronaSanto Daime, Daime[7]
União do VegetalmaririchacronaVegetal, Hoasca

Nomes indígenas

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História

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História do uso indígena

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Era utilizada pelosincas ou, melhor, pelo complexo histórico cultural assim denominado. SegundoDarcy Ribeiro,[11] apesar das diferenciações linguísticas e das variantes culturais e nacionais, o bloco inteiro deve ser encarado como uma só macro-etnia: a neo-incaica. Numa avaliação que fez em 1960, publicada no livro "As Américas e a civilização", encontrou-se uma população de 15,5 milhões de habitantes, na área montanhosa de 3 000 quilômetros de extensão que vai do Norte do Chile ao Sul da Colômbia, cobrindo os atuais territórios da Bolívia, Peru e Equador. Destes, 7,5 milhões são considerados indígenas, 3 milhões, brancos por autodefinição e 5 milhões de mestiços.

Os primeiros relatos do uso indígena deayahuasca, noOcidente, são dos missionáriosjesuítasPablo Maroni em 1737 eFranz Xaver Veigl em 1768, que descreveram um cipó (liana) conhecido comoayahuasca, "usado paraadivinhação, mistificação eenfeitiçamento", enquanto estiveram noRio Napo.[12] Estima-se entretanto que populações indígenas utilizem bebidas com estas plantas há aproximadamente cinco mil anos,[13][14] oito mil anos[15] ou pelo menos 3.500 anos.[16][17]

Aayahuasca é utilizada tradicionalmente em países comoPeru,Equador,Colômbia,Bolívia eBrasil e ainda por pelo menos 72 diferentes tribosindígenas da Amazônia.[18][19] Há estimativas do início da sua utilização e dispersão entre as tribos ameríndias entre 1500 e 2000 a.C., estando, entre os principais estudos dessa datação, os realizados peloetnógrafo equatoriano Plutarco Naranjo, que sumarizou a pouca informação disponível sobre a pré-história daayahuasca a partir de evidênciasarqueológicas abundantes em vasos de cerâmica, estatuetas antropomórficas e outros artefatos.[20]

Atualmente, já se observa um cuidado das autoridades sanitárias, governamentais, e das próprias etnias que fazem uso da bebida em reconhecê-la como patrimônio cultural e de padronizar sua utilização, como é o caso da UMIYAC - Unión de Médicos Yageceros de la Amazonía Colombiana, que reúne representantes das etnias: inga, cofán, siona, kamsá, coreguaje, tatuyo e carijona.

Ver também:Lista dos povos indígenas que utilizam ayahuasca

Visão religiosa daayahuasca

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Contexto médico-científico

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Antropólogos e adeptos religiosos frequentemente desaprovam o uso do termo "alucinógeno" para descrever aayahuasca.[21][22][23] Propõe-se o termoenteógeno (gregoen- = dentro/interno,-theo- = deus/divindade,-genos = gerador), ou "gerador da divindade interna" uma vez que seu uso se dá em contextos ritualísticos específicos. Contudo, a categorização científica daayahuasca, enquanto substância, sem levar em consideração qualquer contexto de uso, é de um "alucinógeno" ou "psicodélico". Para a farmacologia, do ponto de vista bioquímico, eledenota a substância como um alterador da percepção e da cognição que age sobre osreceptores de serotonina, igual o LSD. Mas ressalta-se que, para compreender seus efeitos psíquicos ou subjetivos, não se pode ignorar as crenças e contexto social de uso.[24]

A controvérsia "enteógeno × alucinógeno" ocorre devido àconotação negativa que este último termo adquiriu em seu uso nos meios sociais e nos meios de comunicação. O etnofarmacologista Dennis McKenna, tendo em vista essa controvérsia, considera tanto o termo alucinógeno quanto o termo enteógeno como inadequados para descrever aayahuasca, e diz preferir o termo "remédio xamânico" (no original inglês "shamanic medicine").[25]

Pesquisadores demedicina indígena,sistemas etnomédicos e adeptos religiosos consideram a possibilidade e/ou atribuem à substância propriedades curativas. Nas religiões tradicionais do Brasil e entre curandeiros "mestizos" da região andina, por exemplo, acredita-se que aayahuasca é capaz de desintoxicar (purgar), reativar órgãos danificados e propiciar melhoras em quadros dedependência química, por exemplo. OMestre Irineu, fundador do primeiro grupo neo-ayahuasqueiro, oCentro de Iluminação Cristã Luz Universal - Alto Santo, dizia que o seu daime podia curar todas as doenças, exceto aquelas que vieram por sentença divina.[26] Entretanto, ele também dizia que "o Daime é para todos, mas nem todos são para o Daime",[27] e proibiu oproselitismo da bebida para os seus seguidores.

Indígenas

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Omito fundador dos Kaxinawá mostra aayahuasca como agente curativo e dissipador de ilusões.[28][29][30][31]

Religiões brasileiras "tradicionais"

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O uso daayahuasca se expandiu pelaAmérica do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos aUnião do Vegetal (1961), oSanto Daime (1930-1945, apesar de registrada somente em 1971) e aBarquinha (1945), além de dissidências destas e grupos (centros, núcleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais.[32][33][34][35]

Ayahuasca sendo cozida na Região deIquitos, noPeru

Neo-ayahuasqueiros

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Entre as comunidades ayahuasqueiras, os grupos e organizações religiosas de formação mais recente têm sido denominados como ecléticos ou neo-ayahuasqueiros. Ainda estão para ser realizados estudos mais aprofundados sobre a dimensão quantitativa, socioantropológica e jurídica dessa extensão, como proposto peloInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[36] Segundo Labate[37] os grupos neo-ayahuasqueiros formam uma interseção entre os que compõem o universo da "Nova Era" e suas matrizes (de inspiração nasreligiões orientais,neoxamanismo eholismo) e o universo das religiões ayahuasqueiras tradicionais. Entre esses grupos, podemos citar: Centro espiritual Estrela de Salomão, Centro Espiritual Beneficente União do Vegetal Luz Paz e Amor (criada por Joaquim José de Andrade Neto; uma das inúmeras dissidências da Verdadeira UDV - União do Vegetal), Núcleo Espiritual Rosa de Luz, Centro de Desenvolvimento Integral Luz do Vegetal, Centro Terapêutico Caminho do Coração, Irmandade Beneficente Natureza Divina, Templo Mãe d'Água, Escola da Rainha - Reino do Sol, Centro de Cultura Cósmica Suprema Luz Paz e Amor (fundado pelo Mestre Francisco), Família Jarinu, Atlântida - Amor e Evolução (desenvolvida por Marcos Terra) em Brasília entre outros.

Pintura inspirada em estados de consciência induzidos pelo uso do chá, são retratados elementos das culturas amazônicas relacionados aos usos ritualísticos no consumo daayahuasca.

A proibição do proselitismo é observada quase que universalmente entre os grupos neo-ayahuasqueiros. Há divergências, porém, na permissão ou condenação da venda das plantas que compõem o chá, ou do próprio chá, entre grupos organizados ou indivíduos a eles coligados, e também há divergências sobre a permissão da posse individual da bebida aos membros de grupos.[38] Os grupos variam entre si largamente na frequência de uso, indo de quinzenal a diário ou quase diário, na potência da bebida e quantidade ingerida por sessão, no nível de preparo pessoal necessário, como na exigência ou não, nos dias mais próximos aos rituais, dadieta, que pode incluir abstinência sexual e/ou jejuns ou alimentação controlada.[39]

Grupos e religiões não ayahuasqueiros

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Mais informações:Enteógeno § Pontos de vista de grupos espirituais e religiões

Legalidade

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  • Após 18 anos de estudos, oConselho Nacional de Políticas Sobre Drogas[40] do Brasil retirou, em 23 de novembro de 2006, aayahuasca da lista de drogas alucinógenas definitivamente. Aayahuasca já havia sido excluída desta lista em caráter provisório desde setembro de 1987.[41] Em 25 de janeiro de 2010, o Governo Brasileiro dispôs, através da Resolução n. 1 de 2010 do CONAD[42], a regulamentação de seu uso para fins religiosos, tendo vetado o plantio, o preparo e a ministração da bebida com o fim de auferir lucro, a prática do comércio, a exploração turística da bebida, o uso associado a substâncias psicoativas ilícitas, o uso fora de rituais religiosos, a atividade terapêutica privativa de profissão regulamentada por lei sem respaldo de pesquisas científicas, o curandeirismo, a propaganda, e outras práticas que possam colocar em risco a saúde física e mental dos indivíduos. O cadastramento das entidades que utilizam aayahuasca é facultativo.[43][44]
  • A Suprema Corte dosEstados Unidos decidiu (em 20 de fevereiro de 2006) que o governo estadunidense não pode impedir a filial da União do Vegetal no Estado doNovo México de utilizar o cháayahuasca em seus rituais religiosos. O veredicto atesta que o grupo religioso está protegido peloReligious Freedom Restoration Act, aprovado pelo congresso em 1993, e que foi peça jurídica fundamental no processo que legalizou o uso ritual do cactopeiote (cujo princípio ativo é amescalina) pelaNative American Church — congregação que reúne descendentes de algumas etnias indígenas norte-americanas.
  • OÓrgão Internacional de Controle de Entorpecentes (OICE), órgão de fiscalização independente e quase-judicial criado para monitorar a implementação das Convenções Internacionais das Nações Unidas (ONU) de controle de drogas, afirmou em 2001 através de um fax do seu Secretário enviado ao Ministro de Saúde Pública dos Países Baixos que as bebidas preparadas a partir das plantas que compõem aayahuasca não são substâncias controladas nos termos da Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas das Nações Unidas de 1971,[45] cuja autoridade jurídica o governo brasileiro reconhece no Decreto no. 154 de 26 de junho de 1991.[46] Em relatório anual de 2010, o OICE afirmou que há riscos para a saúde no uso abusivo daayahuasca, e aconselhou os governos a adicionarem a bebida à lista de substâncias controladas em populações onde ocorra o uso fora de contextos tradicionais, como o uso recreativo ou a compra e venda da bebida e das plantas que a compõem.[47]
  • OInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional analisa transformar aayahuasca empatrimônio imaterial dacultura brasileira, a pedido do então ministroGilberto Gil e das religiões que comungam da bebida. No Peru, a bebida foi declarada patrimônio cultural da nação a partir de 2008.[48]

Farmacologia

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Estrutura da molécula de DMT
Molécula de DMT

Cientificamente, a propriedade psicoativa daayahuascase deve à presença, nas folhas dachacrona, de uma substância denominadaN,N-dimetiltriptamina (DMT), produzido naturalmente (em doses menores) noorganismo humano. O DMT é metabolizado pelo organismo por meio da enzimamonoamina oxidase (MAO). Ocaapi possuialcaloides capazes deinibir os efeitos da MAO e, assim, evitar aoxidação da molécula de DMT, o que a tornaria inativa. Desse modo, o DMT fica ativo quando administrado por via oral, tendo sua ação prolongada.[49][50][51]

Osharmanos são asbetacarbolinasinibidoras de monoamina oxidase. Aharmina e aharmalina têm preferência pela inibição da enzima MAO-A, e, em altas doses, podem passar a inibir a MAO-B, enquanto atetraidroarmina (THH) é, além de um inibidor da monoamina oxidase, uminibidor da recaptação de serotonina de baixa intensidade, prolongando, assim, ameia-vida da molécula de DMT.[52] Estes compostos permitem que as moléculas de DMT não sejam metabolizadas, e assim atravessem a mucosa do estômago e do intestino para que, então atravessando abarreira hematoencefálica, possam chegar aos seus receptores correspondentes no cérebro.[53]Polimorfismos na enzima citocromo P450-2D6 podem afetar a capacidade de um indivíduo de metabolizar aharmina.[54]

Aayahuasca provocaalucinaçõesentópticas (fosfenos), originadas entre onervo óptico e ocórtex cerebral, que se encaixam em padrões geométricos previsíveis, comomandalas, podendo também lembrar formas do mundo natural, comoflores. Isto ocorre porque o agonismo dereceptores 5-HT2A abaixa a pressão ocular, naturalmente produzindo fosfenos. Ela também provoca alucinações eidéticas, as chamadas visões, originadas nohipocampo e nolobo temporal mesial, associadas à altaneuromodelação deacetilcolina. Sob o efeito daayahuasca, um ambiente escuro e o repouso corporal potencializam alucinações eidéticas porque auxiliam as betacarbolinas (que sãohipnóticos) na indução do estado hipnagógico, aquele estado transitório entre a vigília e o sono, no qual aumenta a atividade colinérgica.

Conforme a dose se eleva, há maior tendência de ocorrerem alucinações erráticas, estas definidas como alterações na percepção do espaço, principalmente do contorno e tamanho de formas, e da passagem do tempo. Ocaapi e a chacrona potencializam-se reciprocamente. Asbetacarbolinas, por seus efeitos hipnóticos, induzemondas cerebrais que favorecem as alucinações eidéticas, produzidas em maior potencial pela DMT, e as ondas induzidas pela DMT favorecem as alucinações entópicas, produzidas em maior potencial pelas betacarbolinas. Estas alucinações são bastante fluídas: uma alucinação eidética pode formar-se gradualmente a partir de elementos de uma entópica, e pode facilmente esvair-se, transformar-se em outra.[55][56]

Ajurema funciona através de método análogo àayahuasca. Ela contém N,N-DMT eJuremamina, a qual atua como inibidor de MAO.[57]

Formas de preparação

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Preparação do chá ayahuasca

Segundo Strassman,[58] e outros autores[59][60] aayahuasca é uma das várias infusões ou decocções psicoativas preparada a partir deBanisteriopsis spp. As bebidas resultantes são farmacologicamente complexas e utilizadas com propósitos etnomédicos distintos e xamânico-religiosos. Para Strassman (o.c.), é uma questão aberta se a hoasca deve ser considerada como uma infusão medicinal xamânica ou se deve ser considerada como uma medicina tradicional ao lado, por exemplo, damedicina ayurvédica ou tibetana.Etnobiólogos ocidentais, comoJonathan Ott, já registraram uma variedade de 200 a 300 plantas diferentes utilizadas no seu preparo.[61]

Embora aayahuasca seja produzida a partir do cipóBanisteriopsis caapi e das folhas do arbustoPsychotria viridis,em alguns grupos indígenas e neo-ayahuasqueiros, outras plantas psicoativas, junto a outras psiquicamente inativas, podem ser adicionadas à mistura. Em alguns contextos indígenas, por exemplo, pode ser adicionadas folhas de tabaco, coca ou guaraná; cactos comopeiote ouSão Pedro, a chaliponga (Diplopterys cabrerana), que além da N,N-DMT, contém5-MeO-DMT, ou até mesmo a trombeta (Brugmansia suaveolens) conhecida pelos indígenas como Toé. O cipó exibe várias variedades: são conhecidas mais de 40, sendo as mais famosas a tucunacá e a caupuri.[62][verificar] As variedades de cipó variam tanto em aspecto quanto na natureza dos seus efeitos cognitivos, e a sua proporção junto à folha varia conforme o contexto cultural. Os métodos para preparo, portanto, diferem muito em relação à ocasião ou a cultura local.[63]

Mariri florando.Banisteriopsis caapi

A chacrona precisa docaapi para ser oralmente ativa, mas ocaapi não precisa da chacrona, e exerce efeitos psicoativos por si próprio. A bebida preparada apenas a partir do cipó também é chamada deayahuasca. Ela é utilizada deste modo em algumas culturas, como entre os Piaroa na Venezuela.[64]

As proporções entre adimetiltriptamina e asbetacarbolinas variam largamente na bebida final. Embora o cipó apresente apenas traços deharmalina,[65] com proporção de 1:200 entre harmina e harmalina, um estudo que realizou acromatografia da bebida chegou a encontrar proporções de quase 2 para 1 para 1 para 1 entre, respectivamente, THH, DMT, harmalina e harmina, em bebida preparada naUnião do Vegetal.[66] Bebidas coletadas de indígenas e outros centros exibem proporções como 1:32 ou 1:490 entre harmina e harmalina. O modo de preparo, portanto, é o que parece determinar a concentração dos componentes na bebida final. O momento da colheita das folhas dechacrona também é um fator determinante: a concentração de DMT nas folhas atinge o ápice durante o pôr-do-sol e começo da noite, decai à metade deste ápice até a meia-noite, atinge novamente altos níveis durante a madrugada e retorna a baixos níveis durante os trechos mais quentes do dia.[67]

Efeitos

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Efeitos fisiológicos

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Durante a sua ação, a bebida provoca aumento dodiâmetro pupilar, dafrequência respiratória, dapressão arterial, tantodiastólica quantosistólica; e aumenta drasticamente as respostas neuroendócrinas paraprolactina,cortisol ehormônio do crescimento plasmático. Estas são ações típicas daN,N-DMT, ou de qualquer outro psicoativo que também atue sobre osreceptores 5-HT,[68] tal como aLSD ou apsilocina. Esta ação pode gerar sensações de queda de pressão, de súbito frio ou de calor, e ainda, tremores.

A ocorrência de náuseas, vômitos e diarreias pode estar associada à ação da bebida sobre o receptor 5-HT2.[69] Outros efeitos específicos são o aumento daempatia, a diminuição da fome e um aumento na acuidade davisão noturna.[70]

Devido à presença daharmina nocaapi, aayahuasca tem açãoafrodisíaca, provocando um aumento do vigor e do desejo sexual em seus usuários.[71][72] AN,N-DMT, presente na chacrona, também pode ter um papel nesta ação: estudos com5-MeO-DMT apontaram efeitos de estimulante sexual quando agia sobre receptores 5-HT2 e de inibidor sexual quando agia sobre receptores 5-HT1. A ação inibitória desta triptamina foi potencializada com a elevação da sua dose.[73][74]

A bebida altera a natureza dos sonhos, que podem alterar em conteúdo, modo de apresentação e intensidade, causando um aumento no realismo das sensações oníricas.[75][76]

Podem ocorrer sensações de distorção das percepções normais deespaço-tempo. Em alguns casos, sob altas doses, podem ocorrer episódios de distorção sonora. Entretanto, por razões desconhecidas, não é normalmente relatado que os usuários escutem vozes, experiência comum quando ingeridas substâncias bem próximas àN,N-DMT presente naayahuasca, como a4-HO-DMT oupsilocina, presente noscogumelos mágicos.[77] Os cogumelos também se diferenciam daayahuasca na natureza das visões, por induzirem ao riso e por alterarem a clareza dos pensamentos,[78] características que também podem ocorrer sob altas doses decannabis.

Os usuários deayahuasca costumam relatarfenômenos parapsíquicos com seu uso, como aclarividência, devido a percepção de tempo alterada. Quando tomada em grupo, os usuários relatam experiênciastelepáticas. Por este motivo, o primeiro nome que foi dado àharmina, presente no caapi, foiTelepathine.[79]

Ao contrário de outras triptaminas, como aLSD e oscogumelos mágicos, os efeitos daayahuasca não diminuem em intensidade com o uso frequente ou diário: é possível passar meses a fio, ininterruptamente, sob o efeito da bebida. Após cessado o uso, podem acontecerflashbacks, isto é, alguns dos efeitos voltarem, muitas horas após terem cessado.[80]

Efeitos cognitivos

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Segundo os relatos dos usuários, a Ayahuasca produz uma ampliação da percepção que faz com que se veja nitidamente a imaginação e acesse níveis psíquicos subconscientes e outras percepções da realidade, estando sempre consciente do que acontece — as chamadasmirações. Os adeptos consideram esse estado como supramental "desalucinado" e de "hiperlucidez" ouêxtase. O estado alterado pode se dar por visões interiores. Em doses baixas ou moderadas, o usuário consegue distinguir tais visões ou "mirações" pessoais do que vê externamente com seus olhos; em altas doses, estas visões podem se sobrepôr e se misturar ao que vê com olhos abertos, e a percepção de objetos externos também pode se alterar: é comum nestas doses, por exemplo, ver os dedos das mãos em forma diferente do real.[81]

Segundo algumas linhas tradicionais de uso, a ingestão dessa bebida pode provocar a absorção ou contato com o "Espírito da Planta" ou com uma "Planta Professora".[82][83] Usuários relatam, dentre outras sensações, ter os sentidos expandidos, os processos mentais e as emoções tornarem-se mais profundos. A experiência vivenciada é a de poder mover-se em muitas dimensões:"o voo da alma", uma sensação de partida do espírito do corpo físico, para partir rumo aviagens astrais.[84] Nestas viagens, ocorre a exploração tanto de novos aspectos do mundo ordinário como de "mundos paralelos", que estariam além da percepção corrente. O usuário pode experienciar a sensação de ser colocado na situação de espectador externo de seus próprios atos, de tal modo que é chamado a umexame de consciência. Esta experiência pode ser bastante súbita e violenta, sendo chamada pelos adeptos religiosos de "apanhar","peia",[85] "cacete",[86]"chicote", dentre outros termos.

A experiência pode em algum ponto revelar visões notáveis,insights, produzircatarses e conseqüentes experiências de renovação e de renascimento; visões arquetípicas, de animais, plantas e flores, mandalas, cidades, de espíritos elementais, de cenas que podem ser interpretadas como lembranças de vidas passadas, ou de divindades. É possível que a experiência induza a lembrança de memórias esquecidas ou muito recuadas no tempo, como aquelas daprimeira infância. Entretanto, também é possível que produza visões de aspectos desagradáveis ou reprimidos do subconsciente, ou de entidades de aspecto perturbador, como demônios. Usuários acreditam que abre-se o portal para outras formas de realidade, do acesso aoinconsciente numa perspectiva psicanalítica e da criatividade do ponto de vista daneuropsicologia e daestética.[87][88][89][90][91][92][93]

Potencial terapêutico

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No Brasil, oConselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD)emitiu a Resolução n.1 de 2010[42] que determina que "Qualquer prática que implique utilização de Ayahuasca com fins estritamente terapêuticos, quer seja da substância exclusivamente, quer seja de sua associação com outras substâncias ou práticas terapêuticas, deve ser vedada, até que se comprove sua eficiência por meio de pesquisas científicas realizadas por centros de pesquisa vinculados a instituições acadêmicas, obedecendo às metodologias científicas. Desse modo, o reconhecimento da legitimidade do uso terapêutico da Ayahuasca somente se dará após a conclusão de pesquisas que a comprovem. Com fundamento nos relatos dos representantes das entidades usuárias, verificou-se que as curas e soluções de problemas pessoais devem ser compreendidas no mesmo contexto religioso das demais religiões: enquanto atos de fé, sem relação necessária de causa e efeito entre uso da Ayahuasca e cura ou soluções de problemas.".[41]

Pesquisadores estão encontrando indicativos de que aayahuasca talvez auxilie no tratamento docâncer,[94][95][96] como também pode ter efeitos contrários aos agentes damalária edoença de Chagas, e auxiliar na reversão de quadros dealcoolismo ecomportamento suicida, na recuperação de quadros de ansiedade fóbica,autismo,esquizofrenia,desordem de déficit de atenção por hiperatividade edemência senil.[52]

Embora todos os grupos ofereçam auxílio aos dependentes químicos, existem grupos especificamente voltados para o uso daayahuasca na superação da dependência química, como a Associação Beneficente Luz de Salomão.[97] e a Associação BeneficenteCaminho de Luz,[98] fundada por José Muniz de Oliveira, Rio Branco/AC que acolhem dependentes químicos em tratamento que optaram pelaayahuasca ao invés dos medicamentos tradicionais, comoantidepressivos ou ametadona, relatam que a bebida é mais eficaz por não provocar dependência e efeitos colaterais pesados, tal como fazem estes remédios.[99] Apesar disso, ainda não existem estudos científicos que determinem de modo conclusivo a existência ou não de indução de tolerância, síndrome de abstinência ou desejo compulsivo advindos do consumo daayahuasca, ou que ela não seja uma terapia de substituição.[100]

Estudos indicam que o potencial de auxílio no tratamento da depressão[101][102] e da dependência química se concentra naharmina, presente nocaapi.[103][104] Enquanto os antidepressivos (SSRIs) funcionam inibindo arecaptação deneurotransmissores, aayahuasca funciona inibindo a destruição dos neurotransmissores porenzimas.[105] Assim, teoricamente, é possível uma modalidade de tratamento que utilize uma bebida preparada apenas a partir docaapi, para aqueles pacientes que queiram se tratar sem participar das intensas experiências visionárias proporcionadas pelaN,N-DMT, presente nachacrona. Extratos doB. caapi também apresentam um potencial terapêutico paramal de Parkinson e outras desordens neurodegenerativas.[106][107][108]

Riscos para a saúde

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As autoridades jurídicas do Peru, considerando o uso tradicional, reconhecem aayahuasca como parte damedicina tradicional amazónica e patrimônio cultural da nação,e reconhece virtudes terapêuticas na planta (mesmo sem evidências científicas), acreditando não apresentar riscos à saúde quando usada no contexto do tradicional e do sagrado.[109][110] As autoridades jurídicas do Brasil, segundo o relatório do CONAD supracitado, compreendem que os riscos para a saúde ainda devem ser investigados pela ciência, e que as curas que possam ocorrer em rituais com a bebida não devem ser consideradas ou propagandeadas como resultado de seu uso, mas como resultados da fé, como nas curas que possam ocorrer no interior de outras religiões. Nos Estados Unidos, as autoridades jurídicas legalizaram a bebida baseados no princípio da liberdade religiosa, sem levar em conta estudos sobre riscos para a saúde ou o uso tradicional.

Alguns pesquisadores concluíram que o uso daayahuasca é relativamente seguro, com riscos mínimos para a saúde.[111] Representantes religiosos[112][113] afirmam que o chá é "comprovadamente inofensivo à saúde". Na comunidade científica, entretanto, não há consenso formado sobre o assunto.[114] As investigações são ainda preliminares, e ainda não existem estudos aprofundados, realizados em seres humanos, de vários aspectos básicos dos possíveis efeitos daayahuasca sobre o organismo. Ademais, o modo de vida das populações urbanas é bastante distinto das populações tradicionais, bem como o modo de uso e de preparo da bebida, acrescentando novas variáveis a serem consideradas e pesquisadas na avaliação de riscos.

Saúde física

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Sistema digestivo

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São comuns, após a ingestão daayahuasca, relatos devômitos,sudorese ediarreia em uma proporção não muito bem estabelecida, entre os que a experimentam, podendo resultar, segundo alguns pesquisadores, em quadros de desidratação e descompensação eletrolítica, de modo mais agravado em organismos sensíveis, como os de crianças. As razões pelas quais alguns indivíduos apresentam distúrbioseméticos e outros não, permanecem obscuras.[115] Os grupos religiosos, entretanto, defendem que a bebida não é prejudicial à saúde digestiva, pois, em sua visão, os vômitos atuam como instrumento de purificação e limpeza das impurezas físicas e espirituais presentes no organismo.[116] Sabe-se que diversas condições clínicas e digestivas podem eliciar o vômito.[117] Observe-se que um dos nomes da bebidaayahuasca no Peru e outras regiões da América do Sul é "la purga"[118][119][120]

Sistema cardiovascular

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Aayahuasca altera parâmetros cardiovasculares, podendo trazer efeitos nocivos para pessoas com problemas cardíacos graves.[121] Para pessoas em bom estado de saúde cardíaca, entretanto, a bebida não oferece riscos significativos imediatos comprovados. A imprensa brasileira relatou, por exemplo, o caso de um jovem que tinhaSíndrome de Marfan, doença que provoca alterações cardiológicas e vasculares graves, que morreu após ter ingerido a bebida.[122]

Ainda são necessários estudos para determinar se aayahuasca pode causarvalvopatia a longo prazo. Esta suspeita existe porque aN,N-DMT apresentou alta afinidade pelos receptores 5-HT2B em ensaiosin vitro, com valores de 0,108µM e 0,184µM, e por existirem estudos demonstrando uma ligação de causa-efeito entre o uso frequente ou crônico de drogas serotoninérgicas com alta afinidade por receptores 5-HT2B e o desenvolvimento de valvopatia no organismo.[123][124][125][126] Também é problemática a ativação de receptores 5-HT2A tanto pela N,N-DMT quanto pelasβ-carbolinas presentes na bebida, visto que causa um aumento na pressão sanguínea viavasopressina.[127]

Gestantes

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No Brasil, o CONAD considerando a utilização secular da Ayahuasca, que não demonstrou efeitos danosos à saúde e tendo em vista a inexistência de suficientes evidências científicas em estudos específicos, decretou os termos da Resolução nº 05/04, quanto ao uso da Ayahuasca por menores de 18 (dezoito) anos deve permanecer como objeto de deliberação dos pais ou responsáveis, no adequado exercício do poder familiar (art. 1634 do CC); e quanto às grávidas, cabe a elas a responsabilidade pela medida de tal participação, atendendo, permanentemente, a preservação do desenvolvimento e da estruturação da personalidade do menor e do nascituro."[128]

Não existem ainda estudosepidemiológicos sobre o uso daayahuasca em populações gestantes e mulheres em idade fértil mostrando a presença ou ausência de defeitos congênitos, motivo pelo qual o psiquiatra Jaime Hallak recomenda que gestantes se abstenham da bebida até que existam estudos conclusivos;[129] contudo, alguns pesquisadores supõem que o uso do chá por gestantes pode ser prejudicial ao feto em desenvolvimento, pois certasβ-carbolinas possuemação co-mutagênica,[130] inclusive aharmina,[131] que está presente na bebida.

Experimentos conduzidos em ratas grávidas, com doses deayahuasca equivalentes e também acima das humanas, apontam a possibilidade de toxicidade ao feto, que varia conforme a dose e frequência do uso.[132][133]

Em um estudo que estimou a dose letal da bebida como 50 vezes a dose típica cerimonial, a ingestão diária do chá, porgavagem, em doses de 4 e 8 vezes maiores do que aquela consumida quinzenalmente naUnião do Vegetal levou a óbito cerca de 33,3 e 40% das ratas grávidas tratadas, respectivamente, caracterizando toxicidade materna. O estudo reconheceu que em relação à exposição fetalin utero existe uma tendência à ação teratogênica em ratos, visto que houve aumento na frequência de malformações viscerais, além de embriofetotoxicidade. Porém, ele afirmou que este estudo deverá ser complementado com as análises esqueléticas para uma conclusão mais detalhada. O estudo concluiu que, embora o regime diário não representa a exposição normal no contexto religioso da União do Vegetal, que o uso abusivo da bebida pode representar um risco para a saúde humana, principalmente para gestantes, inclusive levando a morte.[134] Os autores também concluíram que seus resultados revelaram uma baixa toxicidade oral aguda do chá, que o uso do chá na dose ritualística é seguro e que a administração de Ayahuasca não pode ser correlacionada com as lesões anatomopatológicas detectadas uma vez que não houve diferenças significativas entre os grupos.[135]

Em um estudo de revisão que incluiu experimentos com animais e estudos com integrantes de grupos religiosos R. S. Gable,[111] chegou a conclusão que decocção que contém DMT e e os alcalóides harmanos usados em cerimônias religiosas tem uma margem de segurança comparável àcodeína,mescalina oumetadona, com um potencial de dependência de DMT oral e o risco de distúrbios psicológicos mínimos. Calculou também que a dose letal mediana de alcaloides harmanicos e da dimetiltriptamina (DMT) em humanos é provavelmente maior que 20 vezes a dose típica cerimonial.

Observe-se também que o reconhecimento do uso tradicional como parte da comprovação da eficácia e segurança de produtos naturais é possível em algumas legislações internacionais (Ex. Canadá, Comunidade Européia e México) e recomendado pelaOMS desde aconferência de Alma Ata em 1978.[136]

Saúde mental

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Não há estudos no uso tradicional em tribos indígenas e no uso religioso em grupos quase centenários no Brasil registrando uma relação de causa e efeito entre o uso daayahuasca e o desenvolvimento de problemas psicológicos ou psiquiátricos.[137] Alguns estudos realizaram pesquisas por instrumentos de escalas que resultaram em baixos escores em medidas de psicopatologia em adultos, baixas frequências de sintomas psiquiátricos e bom desempenho em testes neuropsicológicos apresentadas entre adolescentes usuários, embora não houve seleção randômica de casos nem cuidados para evitar viés de confirmação.[138][139][140] Também consta na literatura científica referências a remissão de quadros psicopatológicos, e constatações de ausência de evidências de deterioração cognitiva ou da personalidade em usuários com 15 anos de uso.[141]

Entretanto, pesquisadores apontam que todos os estudos desta natureza, existentes na revisão que realizaram, cometeram o erro metodológico de examinar somente membros veteranos de grupos religiosos que consomem a bebida, e que portanto, se mostraram tolerantes aos seus efeitos: não foram inclusos ex-membros que interromperam o uso por terem sentido consequências neuropsiquiátricas negativas.[121] Estudos realizados em ratos apontam que aharmalina, presente na bebida, é neurotóxica e degenerativa a um conjunto específico de células cerebrais que regem a coordenação motora.[142][143] Observe-se que esta mesma substância, que por si só tem efeitos psicoativos quando consumida em dose suficiente, está presente em outros vegetais comumente utilizados na dieta e medicina tradicional em concentrações menores, não suficientes para surtir tais efeitos, a exemplo daspassifloras.[144] e da aveia (Avena sativa) que também possui alcaloidesindólicos tipobetacarbolina com um efeito sedativo fraco semelhante ao da Passiflora.[145] Naturalmente novos estudos precisam ser realizados[146][147][148] e as comparações devem ser realizadas com os devidos cuidados de equiparação de dose / equivalência para humanos e especificidade biológica das cobaias utilizadas,[149] e mesmo os estudos em humanos estão sendo constantemente refeitos como pode ser visto pela quantidade de artigos realizados aqui citados.

BOUSO et al, 2012, em um estudo longitudinal de um ano com usuários deayahuasca regulares (n = 127) e controles (n = 115) afirma não ter encontrado evidências de desajuste psicológico, saúde mental deterioração ou disfunção cognitiva no grupo que utilizavaayahuasca.[150]

Em estudo realizado com desenho duplo-cego controlado com placebo, aayahuasca, administrada de forma aguda para consumidores com larga experiência com a bebida, reduziu sinais relacionados ao pânico, diminuiu a desesperança e não alterou os sinais relacionados com a ansiedade.[151] Entretanto, outros estudos apontam episódios de ansiedade e paranóia mesmo em ambientes controlados,[152][153] e estudos dos efeitos daharmalina em ratos apontaram alterações na ansiedade, na reatividade emocional e no processo de tomada de decisão.[154]

Interações

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Interações com medicamentos e psicoativos

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Aayahuasca contém em sua composiçãoinibidores da monoamina oxidase (IMAOs) como aharmina, que resultam na maior parte de suas contraindicações. Tomar um IMAO em menos de cinco semanas após ter deixado de usar umSSRI, tal como oProzac, pode levar ao coma e à morte.[155] Aayahuasca é contraindicada, por este critério científico, para quem tenha doenças graves nofígado ou nosrins,[156]dor de cabeça frequente ou severa,hipertensão descontrolada,doenças cardiovasculares edoenças cerebrovasculares, além de, obviamente, pessoas com histórico de problemas psiquiátricos, especialmente de surtos psicóticos. Também é contraindicado que aayahuasca, por conter IMAO, seja combinada commescalina (comopeiote ouwachuma),5-MeO-DMT,álcool,erva-de-são-joão,sal de lítio,kava,kratom,anfetaminas (como cafeína,ecstasy, ecocaína),opiáceos (como tramadol, codeína, morfina eheroína),barbitúricos,descongestionantes e remédios para problemas respiratórios,petidina,levodopa,dopamina,carbamazepina,dextrometorfano, alguns medicamentos anti-hipertensivos, aminassimpaticomiméticas tais como aefedrina e apseudoefedrina, dentre outros compostos. Pelo menos 48 horas antes e depois da experiência, devem ser evitadoscamomila,erva mate,curcumina,cúrcuma,ginseng,funcho,noz-moscada,alcaçuz, dentre outras ervas.[157][158][159][160]

Estudos apontam que os IMAOs presentes naayahuasca são seguros se for ingeridatiramina anteriormente ao uso,[161][162] sem que exista perigo de crises hipertensivas. Recomenda-se, entretanto, que alimentos contendo tiramina não sejam ingeridos 12h antes e 24h depois do uso.[163]

Pessoas que estejam tomando antidepressivos de qualquer classe não devem tomarayahuasca, e devem consultar um médico para saber quando poderão tomá-la, após interrompido o uso do medicamento. Talvez o maior perigo na interação de antidepressivos comayahuasca seja a ocorrência de um quadro desíndrome serotoninérgica, ainda que num grau leve a moderado.[164]

Pode haver interação também comanti-histamínicos:calmantes, comobenzodiazepínicos, podem potencializar os efeitossedativos, como também podem osanestésicos.Diuréticos potencializam as alterações na pressão sanguínea. A combinação comvasodilatadores resulta em risco de crises de pânico e desmaios.[165]

Após o transporte daayahuasca a contextos urbanos, ela passou a ser utilizada por alguns grupos junto a psicoativos desconhecidos em seu contexto tradicional, sendo mais frequente o uso da plantaCannabis sativa. Os impactos destas combinações sobre o organismo são pouco conhecidos, quando não completamente desconhecidos pelos estudos científicos; mas pesquisadores apontam que a interação entre aayahuasca e a maconha apresenta maior riscos de produzir problemas cardíacos, surtos psicóticos, ataques de pânico e crises de ansiedade, do que quando estas substâncias são consumidas isoladamente.[166]

Interações neurofisiológicas

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Em alguns casos, a ingestão pode levar a sensação de medo e perda do controle, levando a reações depânico. A hipótese sobre o desencadeamento de um quadro deansiedade crônica ousíndrome do pânico vem sido discutida.[167]

O consumo da bebida pode também desencadear quadrospsicóticos em pessoas predispostas a essas doenças, ou desencadear novas crises em indivíduos portadores de doenças psiquiátricas tais comotranstorno bipolar eesquizofrenia.[168] Um estudo realizado ao longo de 5 anos com 951 usuários de 3 cidades brasileiras registrou 20 eventos psiquiátricos (2,1%) sendo que 7 eram reações psicóticas (0,73%).[169][170] Observe-se que a incidência de psicoses na população brasileira situa-se em torno de 1%[171]

Aayahuasca é contraindicada para pessoas comtranstorno bipolar (antes referida como psicose maníaco-depressiva).[172] Osalcaloides inibidores demonoamina oxidase presentes na bebida, como aharmina eharmalina, têm efeito análogo a algunsantidepressivos, como amoclobemida (Aurorix). Importante observar que antidepressivos, sejam elesinibidores de monoamino oxidase, sejaminibidores seletivos de recaptação de serotonina ou ainda de outras classes, são associados a maior risco de episódios demania nos casos de transtorno bipolar.[173]

Ver também

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Xamãurarina em 1988
OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreAyahuasca

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Ligações externas

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