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Absoluto

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Absoluto, emFilosofia, é definido como a "realidade suprema e fundamental, independente de todas as demais". Às vezes é usado como um termo alternativo para "Deus" ou "o divino".[1] Nafilosofia analítica e nafilosofia pragmática, absoluto é tudo aquilo que não se deixafalsear. Nafilosofia idealista, Absoluto é "a soma de todo ser,atual e potencial".[2] No monismo idealista, serve como um conceito para a "realidade incondicionada, que é o fundamento espiritual de todo ser ou a totalidade das coisas consideradas como uma unidade espiritual".[3]

Etimologia

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Absoluto vem do latimsolutus ab omni re, compreendendo o que é "em si e por si", independentemente de qualquer outra consideração ou condição: é a quintessência daabstração, a essência e o termo da generalização. "Assim, o absoluto foi considerado por uns como a ideia, como a verdade, como o princípio fundamental de que derivam todos os outros, como oSer por excelência, princípio e causa de tudo quanto existe, ao passo que para outros apenas representa umapseudoideia (William Hamilton). Para Charles Renouvier, é "Uma noção vazia de sentido".

História

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Nafilosofia grega antiga, conceitos de uma realidade absoluta são encontrados na busca doprincípio último pelospré-socráticos, como oápeiron, aNous (Mente) deAnaxágoras eHeráclito, e oSer deParmênides. EmPlatão, vemos naTeoria das Formas as Ideias como o tipo de ser mais real, em oposição aosfenômenos temporários que delas participam e são como sombras e imagens. AIdeia do Bem é tida por ele como a maior e mais absoluta.Aristóteles aborda em suaMetafísica o conceito demotor imóvel como fundamento cósmico.

O conceito de "o absoluto" foi introduzido na filosofia moderna, notadamente porHegel, para "a soma de todo ser, real e potencial".[2][4] Para Hegel, afirma o estudioso de filosofiaMartin Heidegger, o Absoluto é "o espírito, o que está presente a si mesmo na certeza do autoconhecimento incondicional".[5] Segundo Hegel, afirmaFrederick Copleston - um historiador da filosofia, "a lógica estuda o Absoluto 'em si'; a filosofia da Natureza estuda o Absoluto 'por si mesma'; e a filosofia do Espírito estuda o Absoluto 'em e para si mesma'.[6] Ele é essencialmente presente noidealismo alemão, sendo seu conceito também encontrado nas obras deF. W. J. Schelling, e foi antecipado porJohann Gottlieb Fichte.[3] Na filosofia inglesa,F. H. Bradley distinguiu o conceito de Absoluto deDeus, enquantoJosiah Royce, o fundador da escola de filosofia do idealismo americano, equiparou-os.[3]

Semelhanças e diferenças em várias tradições

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Exemplos de religiões e filosofias que abraçam o conceito do Absoluto, de uma forma ou de outra incluemhermetismo, ohinduísmo,jainismo,taoísmo,islamismo, algumas formas defilosofia judaica, e existenciais oumetafísica formas decristianismo.[7] Termos que servem para identificar O Absoluto[8] entre tais crenças incluem Wu Chi,Brahman,Adibuddha,Alá,Parabrahman,Tetragrammaton,Deus, o Divino, e inúmeras outras denominações.[9] No leste da Ásia, o conceito doTao, e no Sul da Ásia, o conceito deNirvana é sinônimo de descrição para os atributos do Absoluto como usados no Ocidente.

Índia

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Todas as tradições espirituais daÍndia reconhecem a existência de uma realidadetranscendental. O conceito do Absoluto foi usado para interpretar os primeiros textos dasreligiões indianas, como os atribuídos aYajnavalkya,Nagarjuna eAdi Shankara.[10] Segundo Glyn Richards, os primeiros textos dohinduísmo afirmam que oBrahman ou o Brahman-Atmannão dual é o Absoluto.[11][12][13]

Embora diferentes escolas proponham diferentes enfoques do mesmo, a maioria concorda que o o absoluto é supra-material, supra-consciente, supra-pessoal e não tem qualidades. Muitas dessas tradições insistem que o Absoluto tem identidade com a essência do ser humano, osi, e é realizável pela transcendência da mente. Entretanto eles oferecem diferentes especulações sobre a relação entre o absoluto e a essência interior do ser (imanente). A solução mais radical vem dovedanta advaita, que não vê dualidade entre o Absoluto (brahman) e a essência da psique humana, o si transcendental (atman), mas outras linhagens também importantes, como noVishishtadvaita deRamanuja e Dvaita-advaita deNimbarka, distinguem a multiplicidade na unidade absoluta sem confundir os seres como se fossem o próprio Absoluto, de formapanenteísta ao invés depanteísta.[14][15] Noyoga clássico propõem a existência de uma pluralidade de sis (purusha), sendo um deles único que nunca foi e nunca será sujeito a ilusão da personalidade (individualidade). Este si em particular se chama "ishvara", no yoga de patanjali. Entretanto nas escolas não dualísticas de yoga, "ishvara" como criador não tem fundamentalidade. Normalmente chamado de Brahma ou prajapati, ele é uma mera beldade (deva) ou um projeção mental do absoluto.[carece de fontes?] Ojainismo também busca o atingimento humano do Absoluto.

Segundo Takeshi Umehara, alguns textos antigos dobudismo afirmam que o "verdadeiro absoluto e o verdadeiro livre deve ser o nada",[16] o "vazio" que eles chamam de vacuidade (sunyata).[17] Mas o primeiro estudioso budistaNagarjuna, afirma Paul Williams, não apresenta "vazio" como uma espécie de Absoluto, mas é "a própria ausência (uma pura inexistência) de existência inerente" na escola deMādhyamaka da Filosofia budista.[18] No entanto, outras linhagens, principalmente noMaaiana ebudismo tibetano, consideram o Absoluto da vacuidade não como um vazio absoluto, mas como fundamento da mente e de todo ser do cosmos. Isso é visto nos conceitos de uma natureza absoluta deTathata e doBuda cósmico (Buda Primordial eNatureza de Buda), que espalha a compaixão e iluminação pelo universo, e nos ensinosdzogchen doSolo primordial, por exemplo emLongchenpa,[19] eshentong emDolpopa, este último que afirma:[20][21]

“Portanto, a Realidade Última de todos os sūtras e tantras profundos que cuidadosamente apresentam Tathatā e daí por diante é o Vazio de Outro, nunca o vazio de natureza própria. É absoluto, nunca relativo. É Natureza Verdadeira (Dharmatā), nunca um fenômeno (dharma). ... É Self (Ātman) sublime, nunca é nada. ... É primordial, nunca incidental. É Buddha, nunca um ser senciente. ... É o perfeito, nunca perverso. É o solo da vacuidade, nunca o vazio apenas."

O termo também foi adotado porAldous Huxley em seuA Filosofia Perene para interpretar várias tradições religiosas, incluindo religiões indianas,[22] e influenciou outras vertentes do pensamento não dualista e daNova Era.

Ver também

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Referências

  1. Hegel Glossary
  2. ab Herbermann, Charles, ed. (1913). «The Absolute».Enciclopédia Católica (em inglês). Nova Iorque: Robert Appleton Company 
  3. abcSprigge, T.L.S. (1998).Routledge Encyclopedia of Philosophy.Taylor and Francis. [S.l.: s.n.]doi:10.4324/9780415249126-N001-1 
  4. Frederick Charles Copleston (1963).History of Philosophy: Fichte to Nietzsche.Paulist Press. [S.l.: s.n.] pp. 166–180.ISBN 978-0-8091-0071-2 
  5. Martin Heidegger (2002).Heidegger: Off the Beaten Track.Cambridge University Press. [S.l.: s.n.] pp. 97–98.ISBN 978-0-521-80507-0 
  6. Frederick Charles Copleston (2003).18th and 19th Century German Philosophy.A&C Black. [S.l.: s.n.] pp. 173–174.ISBN 978-0-8264-6901-4 
  7. Huston Smith,Forgotten truth: the common vision of the world's religions HarperOne, 1992,ISBN 0062507877
  8. Maharishi Mahesh Yogi no livroBhagavad-Gita, a New Translation and Commentary, Chapter 1-6. Penguin Books, 1969, p 188 (v 5)
  9. Rabbi David Aaron,The Secret Life of God, Endless Light, and Seeing God, Shambhala Publications, Maio 2004.
  10. Hajime Nakamura (1964).The Ways of Thinking of Eastern Peoples: India-China-Tibet-Japan.University of Hawaii Press. [S.l.: s.n.] pp. 53–57.ISBN 978-0-8248-0078-9 , Quote: "Thus the ultimate Absolute presumed by the Indians is not a personal god but an impersonal and metaphysical Principle. Here we can see the impersonal character of the Absolute in Indian thought. The inclination of grasping Absolute negatively necessarily leads (as Hegel would say) to the negation of the negative expression itself."
  11. Richards, Glyn (1995). «Modern Hinduism».Studies in Religion.Palgrave Macmillan. [S.l.: s.n.] pp. 117–127.ISBN 978-1-349-24149-1.doi:10.1007/978-1-349-24147-7_9 
  12. Chaudhuri (1954). «The Concept of Brahman in Hindu Philosophy».Philosophy East and West.4: 47-66.doi:10.2307/1396951 , Quote: "The Self or Atman is the Absolute viewed from the subjective standpoint (arkara), or a real mode of existence of the Absolute."
  13. Simoni-Wastila (2002). «Māyā and radical particularity: Can particular persons be one with Brahman?».International Journal of Hindu Studies.6: 1–18.doi:10.1007/s11407-002-0009-5 
  14. Culp, John (4 de dezembro de 2008).«Panentheism» 
  15. Barua, Ankur.«God's Body at Work: Rāmānuja and Panentheism».International Journal of Hindu Studies (em inglês).14 (1): 1–30.ISSN 1022-4556 
  16. Umehara (1970). «Heidegger and Buddhism».Philosophy East and West.20: 271-281.doi:10.2307/1398308 
  17. Orru (1992). «Durkheim, Religion, and Buddhism».Journal for the Scientific Study of Religion.31: 47-61.doi:10.2307/1386831 
  18. Williams, Paul (2002).Buddhist Thought: A Complete Introduction to the Indian Tradition. [S.l.: s.n.] 
  19. Germano, David Francis.Poetic thought, the intelligent Universe, and the mystery of self: The Tantric synthesis of rDzogs Chen in fourteenth century Tibet. Madison: The University of Wisconsin. 1992.
  20. Carlucci, Bruno. (2013).O Grande Cálculo: ensaio sobre a tradução indireta de um texto budista tibetano. Dissertação de mestrado. Brasília: UNB.
  21. Stearns, Cyrus (2002).The Buddha from Dolpo: A Study of the Life and Thought of the Tibetan Master Dolpopa Sherab Gyaltsen (em inglês). [S.l.]: Motilal Banarsidass Publ. p. 149-150.ISBN 9788120818330 
  22. Huxley, Aldous (1 de janeiro de 2009).The Perennial Philosophy.Harper Perennial Modern Classics (em inglês). New York: [s.n.]ISBN 9780061724947 
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