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Ópera do Malandro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaÓpera do Malandro (desambiguação).

Ópera do Malandro é umapeçabrasileira do gêneromusical escrita porChico Buarque de Holanda, em1978, e dirigida porLuís Antônio Martinez Corrêa.[1]

A ideia de escrever uma adaptação para os clássicosÓpera dos Mendigos, deJohn Gay, eA Ópera dos Três Vinténs, deBertolt Brecht eKurt Weill, surgiu durante uma conversa de Chico Buarque com o cineasta moçambicanoRuy Guerra.[1] Tornada realidade anos depois, a peça é dedicada à lembrança dePaulo Pontes.[2]

Resumo e análise

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AÓpera do Malandro, continua fazendo parte de umBrasil conhecido pela maioria dos brasileiros.

Umcafetão de nome Duran, que se passa por um grande comerciante, e sua mulher Vitória, que do nome nada herdou. Vitória era uma cafetina que, na realidade, vivia da comercialização do corpo. A sua filha Teresinha era apaixonada por uma patente superior, Max Overseas, que vive de golpes e conchavos com o chefe depolícia Chaves. Outras personagens são asprostitutas, apresentadas como vendedoras de uma butique, e a travesti Geni, que só serve para apanhar, cuspir e dar para qualquer um.

A peça se passa nadécada de 1940, tendo como pano de fundo a legalidade do jogo, aprostituição e ocontrabando. Mostra um contexto bem parecido com nossoterceiro milênio, em que temos ojogo do bicho, entre outros tantos; as prostitutas do calçadão deCopacabana, o contrabando nas ruas deCDs eDVDs.

Qual seria o significado do nomeOverseas? Se analisarmos o nome "overseas"lexicalmente, veremos que "over" significa "além" e "seas"oceanos. Logo, aglutinando as duas palavras, teremos como conclusãoalém dos oceanos, ou seja, além dos mares, além das fronteiras. Reparem que no final ele se lança em transaçõesalém mar, ultrapassando as fronteiras, inclusive dalegalidade, espalhando a sua malha denegócios, agora legais, com dois grandes ex-amigos: o gigolô Duran e o delegado Chaves, cognominadoTigrão.

Todas as músicas são da autoria de Chico Buarque que, por sua genialidade, consegue harmonizá-las com o texto. Na músicaGeni e o Zepelim, Geni, é umatravesti, fato que só descobrimos assistindo à peça. Geni, em princípio, não serve para nada. Todavia, quando o comandante de umzepelim reluzente resolve bombardear a cidade, mudando de ideia apenas se tiver umanoite de amor com a travesti, todos resolvem pedir-lhe para ceder aos caprichos do comandante. As músicas seguem os compassos binário (2/4), terciário (3/4) e quaternário (4/4).[3]

Ficha técnica e elenco (primeira montagem)[4]

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Ficha técnica
  • Direção:Luís Antônio Martinez Corrêa
  • Assistente de direção: João Carlos Motta
  • Cenografia e figurinos: Maurício Sette
  • Assistência de figurinos: Rita Murtinho
  • Direção musical:John Neschling
  • Assistente de direção musical: Paulo Sauer
  • Arranjos:John Neschling, Paulo Sauer
  • Direção vocal interpretativa: Glorinha Beutenmuller
  • Direção corporal: Fernando Pinto
  • Iluminação: Jorge Carvalho
  • Programa: Maurício Arraes
Elenco (por ordem de entrada)

Ficha técnica e elenco (montagem de 2014 - SP)[5]

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No ano de 2014, vários espetáculos musicais foram montados no Rio de Janeiro e em São Paulo, com o objetivo de celebrar os 70 anos de Chico Buarque. Entre eles, uma nova montagem da Ópera do Malandro, com patrocínio do CCBB-SP e produção da Companhia da Revista.

Ficha técnica
  • Direção: Kleber Montanheiro
  • Cenografia e figurinos: Kleber Montanheiro
  • Direção musical: Adilson Rodrigues
  • Iluminação: Wagner Freire
  • Assistentes de direção: Gisele Valeri e Luísa Gouvêa
  • Programa: Patrícia Cividanes
Elenco (por ordem de entrada)
  • Duran: Gerson Steves
  • Vitória: Heloisa Maria
  • Teresinha: Erica Montanheiro
  • Max Overseas:Flávio Tolezani / Bruno Perillo
  • Lúcia: Natália Quadros
  • Geni: Kleber Montanheiro
  • Chaves: Adriano Merlini
  • Barrabaz: Pedro Henrique Carneiro
  • Johnny Walker: Paulo Vasconcellos
  • Phillip Morris: Mateus Monteiro
  • Big Ben: Pedro Bacellar
  • General Electric: Gabriel Hernandes
  • Dóris Pelanca: Daniela Flor
  • Fichinha: Bruna Longo
  • Dorinha Tubão: Alessandra Vertamatti
  • Shirley Paquete: Luíza Torres
  • Jussara Pé de Anjo: Nina Hotimsky
  • Mimi Bibelô: Gabriela Segatto

Trilha sonora[6]

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  • "O malandro (Mack The Knife)" (Bertolt Brecht eKurt Weill, trad.Chico Buarque) - João Alegre
  • "Hino de Duran" (Chico Buarque) - Chaves e elenco
  • "Viver de amor" (Chico Buarque) - Vitória
  • "Uma canção desnaturada" (Chico Buarque) - Vitória e Duran
  • "Tango do Covil" (Chico Buarque) - Barrabaz, Johnny Walker, Phillip Morris, Big Ben e General Electric
  • "Doze anos" (Chico Buarque) - Max e Chaves
  • "O casamento dos pequenos burgueses" (Chico Buarque) - Max e Teresinha
  • "Teresinha" (Chico Buarque) - Teresinha
  • "Homenagem ao malandro" (Chico Buarque) - João Alegre
  • "Folhetim" (Chico Buarque) - Fichinha
  • "Ai, se eles me pegam agora" (Chico Buarque) - Fichinha, Dorinha Tubão, Shirley Paquete, Jussara Pé de Anjo e Mimi Bibelô
  • "O Meu Amor" (Chico Buarque) - Teresinha e Lúcia
  • "Se eu fosse o teu patrão" (Chico Buarque) - Barrabaz, Johnny Walker, Phillip Morris, Big Ben, General Electric, Fichinha, Dorinha Tubão, Shirley Paquete, Jussara Pé de Anjo e Mimi Bibelô
  • "Geni e o Zepelim" (Chico Buarque) - Geni e elenco
  • "Pedaço de mim" (Chico Buarque) - Max e Teresinha
  • "Ópera do malandro" (Adapt. por Roger Henrie, trad. por Chico Buarque) (Com trechos das óperas "Rigoletto", "Aida" e "La traviata" porVerdi, da ópera "Carmen" porBizet e da ópera "Tannhäuser" porWagner) - Elenco
  • "O malandro (Reprise)" (Chico Buarque) - João Alegre
  • "Final: O malandro/Hino de Duran/Se eu fosse o teu patrão/Ópera do malandro/O malandro" (Chico Buarque) - Elenco
  • "O malandro (instrumental)" (Chico Buarque) - Instrumental

Cortes

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Acensura exigiu que a primeira montagem fosse exibida com cortes. Por exemplo, a letra cantada pela personagemTerezinha teve de ser adaptada. O texto era:Meu amor tem um jeito de me beijar o sexo, e o mundo sai rodando, e tudo vai ficando solto e desconexo, e passou a ser (como hoje é conhecida pelo grande público):O meu amor tem um jeito de me beijar o ventre e me deixar em brasa/ desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa.

Crítica

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Em geral, as fontes pesquisadas denotam uma crítica positiva, reportando um retrato da sociedade brasileira dos anos 1940–1970, com suashipocrisias.[7][8][9]

Ver também

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Referências

  1. ab«Uol Entretenimento: "Há 30 anos, era lançada a trilha sonora da "Ópera do Malandro". 2009». musica.uol.com.br. Consultado em 19 de outubro de 2013. Arquivado dooriginal em 20 de outubro de 2013 
  2. «Radio Music Service — "Chico Buarque - Ópera do malandro". 2008». radiomusicservice.com.br. Consultado em 19 de outubro de 2013. Arquivado dooriginal em 19 de outubro de 2013 
  3. Machado, Paulo (1 de janeiro de 2003).«A Ópera do Malandro de Chico Buarque de Holanda». Usina das Letras. Consultado em 2 de dezembro de 2011 
  4. Chico Buarque (1 de junho de 1978).«Ópera do Malandro». Site oficial de Chico Buarque. Consultado em 2 de dezembro de 2011 
  5. Dirceu Alves Jr.«Ópera do Malandro – Kleber Montanheiro».Veja São Paulo. Consultado em 20 de abril de 2025 
  6. «Ópera do Malandro - Trilha Sonora da Peça Teatral». Ciquemusic. Consultado em 2 de dezembro de 2011 
  7. Castro, Ruy.«Só Deus sabe até onde o Chico acertou». Site Oficial de Chico Buarque. Consultado em 2 de dezembro de 2011 
  8. «O que é a Ópera do Malandro». Universidade Estácio de Sá. 5 de setembro de 2003. Consultado em 2 de dezembro de 2011. Arquivado dooriginal em 11 de dezembro de 2011 
  9. Monteiro, Rodrigo (9 de fevereiro de 2009).«Ópera do Malandro». TeatroPoa. Consultado em 2 de dezembro de 2011 

Ligações externas

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Álbuns de estúdio
Álbuns em italiano
Álbuns em espanhol
Álbuns ao vivo
Compactos
Trilhas sonoras
Coletâneas
Vídeos
Filmografia
Televisão
Teatro
Livros
Relacionados
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