Crítica de Os Maias - Cenas da vida romântica, por Leonardo Ralha. Publicada en Correio da Manhã (Portugal). 7 de septiembre de 2014.
João Botelho não trocaria os cenários feitos com telas gigantescas do pintor João Queiroz, algumas com 40 metros de comprimento por 11 de altura, pelas imagens feitas em computador que Hollywood usaria para reconstruir a Lisboa do final do século XIX. Quando ganhou coragem para fazer a primeira adaptação cinematográfica de ‘Os Maias’, assumiu o artifício. Inspirou-se na ópera, mas cada uma das cenas retiradas das quase mil páginas do romance de Eça de Queirós tem muito de pintura, num jogo de luz e de sombra que ajuda ao resultado final sumptuoso, num filme com tantas interpretações magníficas que é um milagre como Pedro Inês sobressai como ‘João da Ega’. ‘Os Maias’ chegam ao cinema na quinta-feira e, pelo retrato de Portugal e pelo amor maldito de ‘Carlos’ e ‘Maria Eduarda’, são de visionamento obrigatório.
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