Oprimeiro-ministro de Portugal, vestido a rigor, roçadeira na mão, veio nopassado 24 de Março à Serra de São Mamede, em pré-campanha eleitoral para aslegislativas de 2019, segundo rezam as crónicas, «limpar a floresta».
Éassim, hoje, a política, a política-espectáculo, sem Princípios ou Valores,cultivando apenas a arte circense.
Durante6 minutos e 47 segundos, com pouca arte segundo as crónicas, o espectáculo, comhonras televisivas e outras, teve o impacto desejado junto do povo ordeiro.
Sensibilização,apregoou-se, e muito bem, principalmente numa Serra, num Parque Natural, com o nome Parque Natural da Serra de São Mamede, onde a limpeza que ali é feita, faz com que háanos não haja no Parque incêndios de monta. Felizmente!
Opovo do concelho de Portalegre saiu à rua para ir ver o primeiro-ministro. Epela comunicação social local ficou a saber-se que estava e ficou feliz com avisita.
Tambémnão é de estranhar, gente dócil, para quem tudo está bem, que tudo começa eacaba bem, ver o primeiro-ministro enche-lhes o coração e a alma de felicidade.
Paraquê questionar o primeiro-ministro sobre os problemas do concelho dePortalegre?
Oconcelho de Portalegre vê o IC 13 inacabado, o IP 2 jamais terá perfil deautoestrada, o comboio nunca será alternativa ao automóvel, a Barragem do Pisão não passa de miragem, os Serviços hámuito que estão em Évora, a Saúde está um caos, as valências do Hospital JoséMaria Grande cada vez são menos, o investimento público é nulo. A própriaautarquia, verdadeiro “albergue espanhol”, está ingovernável.
Emsuma, Portalegre, cidade e concelho, foi à Serra de São Mamede ver o primeiro-ministro,e de lá veio com os pulmões cheios de ar puro.